Há
poderes que divulgam o não próprio, que prestam um desserviço às
populações omitindo fatos, há jornalismos tendenciosos que são
alimentados por empresas para que noticiem apenas o que passa pelos
seus filtros comunicacionais. Talvez seja uma previsibilidade em que
o mesmo fato que corrobora esse tipo de ato, facilita a que saibamos
quem é quem no tipo de fonte a que possamos filtrar nós mesmos do
lado inverso, ou seja, de um serviço bem prestado e realmente
noticioso e imparcial. Esse purismo não há na mídia brasileira,
pois a manipulação é igualmente um dos frutos do poder mensurado
em infligir a ignorância aos povos mais ou menos cultos do mundo.
Veremos
com o tempo o vaticínio falso de profecias reinterpretadas, no que
se alcunha de poder baseado em religiões que encontram nas suas
palavras a tentativa de arrebanhar um coletivo cada vez maior, não
consentindo estar de acordo com a diversidade das crenças e atitudes
anímicas, mesmo que a filosofia reitere e mostre logicamente a fé
nas palavras de cada qual, habitante ou não, residente de países
onde as fronteiras em tese não deveriam existir… O fato do poder
também habitar esse vaticínio de Juízo Final acaba por sedar em
espera uma multidão que não age por melhorar, mas paradoxalmente
fica nesse anestésico estado de esperar por mais “sinais”. Não
podemos jamais pensar que a vida se torne restrita a algo tão
simplificado, pois o rebatimento do diálogo em progresso nos trará
certezas que mesmo que sejam apenas pontuais, vertendo luzes sobre o
conhecimento de nosso povo, seja ele operário, camponês, ou ainda
aqueles que prezam por uma indústria nacional.
Se
há na prerrogativa de vivermos a observar apenas o chamado desmonte,
resta que sejamos autênticos nas nossas afirmações, e que possamos
preencher os espaços, mesmo que alguns não aceitem que dentro do
escopo espiritual reside um país multifário, um país com uma
diversidade tal de costumes que permite que tenhamos ao menos uma
humildade de saber que o conhecimento vêm da experiência, e que o
diálogo nos trará sempre uma assertiva de quem somos no plano
individual e como poderemos alçar maiores voos em pequenos mas
acertados agrupamentos, dentro ou – principalmente – fora de uma
rede, pois esta às vezes se torna tão complexa que vira um
substituto regresso do que imaginávamos fosse positiva de fato.
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