O
universo reside em cada um de nós, mesmo que saibamos que os nossos
pés gravitacionalmente estão unidos à terra, e mesmo que tomemos
ciência de que não será a latitude de riquezas tão acumulativas
que vão propor a que saibamos visitar alguns “paraísos” no
planeta. Esse universo de que estamos falando é um infinito
porquanto não sabemos profundamente sequer a infinitude das letras,
e a comunicação dá mostras que trabalhamos em tentar perceber a
dimensão de nós mesmos em virtude de uma existência expressiva
mais plena. Quando pensamos que Krsna se expande a ficar maior do que
a Terra, saibamos que este é mais um passatempo Dele, apenas. Na
colina de Govardhana, se passa o mesmo, em Vrndávana e seus lugares
sagrados Ele esteve consagrando com seus amigos vaqueirinhos e
vaqueirinhas o andamento do infinito que, nesse mesmo rebatimento da
religião, um ser humano devoto pode compreender seu Universo… O
sol é uma estrela tão refulgente que se passa a compreendermos
outras latitudes de um sistema cravado no altíssimo céu. Como diria
um grande cientista, a dimensão quase infinita pode estar
concentrada gravitacionalmente dentro de uma noz. A matemática e seu
maravilhoso engenho já nos revela que no cálculo de áreas o valor
é aproximado, tanto que as curvas de certos gráficos talvez remonte
a tradução de nossos sentidos imperfeitos. A virtude da superação
humana traz luzes a que muitos encontrem na filosofia seu próprio
modo de ser, assim como quando pensamos bastante, e o respeito à
filosofia, à arte e à poesia nos traça caminhos alternativos a uma
sociedade tecnicizante.
De
uma concepção do trabalho, temos sempre uma lógica de forças que
se torna já bem estudada, em que Carlos Marx disseca historicamente
essas relações, montando o grande quebra cabeça dos conceitos
inegáveis de seu estudo. Outros, como Shopenhauer, traçavam o
caminho do que são os desejos humanos, mas este humilde autor só
conhece muito pouco da filosofia, em que a religião tenha sido o
mote principal. Um pouco de sociologia talvez tivesse dado mais
guarida intelectual, mas do encontro com a Natureza em si já lhe
basta o suficiente, posto que individualmente em uma gramínea
podemos ver a manifestação do Universo, na sua própria
sistematização e relativização em átomos. Se formos olhar para
dentro até o infinito de um nada, de uma vibração dos elétrons,
do núcleo onde reside o Paramatma do Ser. Como na água, onde
existem bilhões de seres, e as encarnações de Krsna vêm ao
Universo manifesto como as pequenas ondulações do oceano: no
imensurável, no projeto divino, na qualidade do Supremo Todo
Atrativo.
Tudo
bem que nem todos tenham religião, mas a Natureza encerra muitos
mistérios, e a atitude perante ela deve ser no mínimo algo de
sacralidade, de código, de ética boa, de conduta. Que essa mesma
boa ética surja no caminho dos homens de bem: que deixem fluir de
boa vontade o infinito do individual rebatido no coletivo, e que as
escolhas de uma sociedade que paute pela maioria não desdiga o
andamento crucial do entendimento humano, sem cumplicidade com o fel.
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