quinta-feira, 8 de março de 2018

CONSTRUÇÕES

          A vida humana é uma construção, em que os alicerces devem estar firmes, com solo que os aceite em suas fundações. Justo que é quando somos jovens que aprendemos a fincar nossa estrutura, permanecendo sólida por mais períodos para que ergamos, através do diálogo interno e com a sociedade, o edifício que seremos. Cada vida é um patrimônio, um esteio, uma raiz, a se tratar da analogia que até mesmo uma árvore é construída pela mão do Criador. Não fabricamos sementes, mas apenas as transformamos geneticamente, e há ressalvas nessas questões tão amplas, posto um ser possuir seu atma sagrado, o Espírito que consagra a mesma e nossa existência. Não somos implantados na Natureza, pois as leis que a regem são independentes da vontade dos homens… Essa Criação Suprema deve sim operar mudanças nos nossos níveis de consciência para que saibamos viver melhor em consonância com todos os que nos cercam, seja de que espécie forem. A tolerância deve prevalecer entre nós – os habitantes da Terra – para que deixemos de errar o volume de atos que temos deixado como prova irretorquível de que não estamos construindo para melhorar, ou seja, plantando alicerces e elevando prédios nefastos às leis da própria Natureza. Na verdade, esta é a nossa verdadeira casa, uma linda e eternamente promissora vertente de tudo que necessitamos, e no seu jardim podemos habitar com as vivendas e o pão. Como um grande condomínio, a nossa casa maior!
          Os insumos a nos capacitar em termos riquezas devem obedecer a um tipo de coleta racional e não cartesiana, respeitando-se qualquer naco de alimento como algo sagrado, posto nem todos já no planeta estão tendo acesso aos alimentos, ao trabalho, à terra como subsistência, ao menos. Muitos sequer escolheram bons lugares para fundear suas construções, erigir seu lar… A menos que demos ouvido a essas questões de ordem humana, não seremos mais humanos porquanto apenas entidades baseadas no egoísmo e na cobiça. Que estejamos sempre na paz do Senhor, que veio ao mundo para nos libertar, e não nos concentremos naquilo que não seja do perdão. Nos tempos de hoje, muitos creem que é na base da ofensa que se constrói algo, qual não seja o poder, o mesmo que gera tantos conflitos e a injustiça na Terra. O Deus vivo já nos disse na comunhão que nos dá a paz: “eu lhes dou a minha paz...”, modo de sabermos qual a receita que nos foi passada para o entendimento entre os povos, e há mandatários que ignoram, de maneira egoísta, como pregar a paz no planeta. Não há muitos caminhos para se entender esse ato, mas a esperança ou a Fé ajudam o suficiente. Passemos a nos preocupar com aqueles que, mais jovens, começam a construir e demandam atenção a princípio dos progenitores para alcançar boas moradas. A pobreza é uma condição, e construirmos princípios que permitam aos mais desfavorecidos ampliar seus horizontes é tarefa da grande construção humana que se chama sociedade, ou comunidade.
          Há que se reformar alicerces na grande construção, quando esta não cumpre com a sua função de permitir aos mais vulneráveis que estes possam construir suas vidas em igualdade de condições com o próximo, porquanto este queira se manter distante do “outro” por ordem de preconceitos ou sectarismo, ou modais de egotismo, puro e simples, tornando paradoxalmente complexo o desnovelar da injustiça em suas diversas frentes, na forma de muros que nos separam do bom senso. Ergamos a cabeça para que reconheçam o propósito que o Salvador nos ensinou a viver, pois Ele constrói a ciência da libertação de cada um, e o espelhamento dessa vida libertária na consciência das comunidades que se propõem a melhorar o aparente fracasso da civilização atual.

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