Sem
o tudo que nos encerre nas horas, mas que a nós também versem
Que
somos quase os de sempre, no infinito que nos dure algum minuto.
Respiro
imantações de qualquer coisa a que chamem coragem, bobagem
É
esta denominação imprópria da crise das contendas fracassadas...
Que
chamem a paz, que esta vem ao menos em um coração selvagem,
Pois
que aquela realmente liberta, é distinta do vulgo que se conecta
Com
o dito opressor ou com o dito oprimido que parte de nós mesmos...
Não
que a poesia fale muito, mas está distante de uma voz que escute
E
de uma mulher que fale algo de amor, sem estar com o olhar postado
Na
insegurança de se perder a dor de não amar ninguém ao próximo!
Que
hoje nos perdoem as paredes erigidas no concreto, dos pilares em que
Constituímos
heranças do construir, a minúcia de um braço que erga.
Na
betoneira vemos o ronronar de uma máquina latino-americana:
O
cimento que parte o continente a sorrir de outras máquinas despertas
Como
um computador que alberga o sonho de um mero e cru escritor...
Dos
escritos que não seja desta poesia, pois a humildade de certo artista
Manda
que este saiba que a arte não passa de uma simples sombra
Daquilo
que a Natureza encerra como mandatária e escrutinadora da vida.
As
vezes de uma poesia remetem apenas ao fragor de um prazer de um homem
Que
desperta todas as noites ao seu estado original da arte quanto de expectar.
Veem-se
estações sucedâneas, o tempo mostra um sem tempo em que creem
Ou
em um futuro dilúvio, ou no final dos tempos, ou em um tempo tão forte
Quanto
da fraqueza humana em não suportar tamanhas doses de tecnologia.
Não
percamos a fé, entrementes, a fé que desperta uma montanha a ver que,
Sob
seu manto sagrado de esperanças, o gesto de um bebê pode salvar algo
De
alguém que nem mesmo em sua progenitura evita convalescer tristezas...
No
véu de uma musa que nos espere no caminho estariam rindo os fantoches
Que
a encobrem com medo de vê-la despertar como uma deusa da Índia antiga.
A
que tanto nos propomos chegar, a que referir-se do propósito em si na luta
Que
se trava em um olhar de desespero de um mendigo, à procura da compaixão
Que
muitos negam na escravidão que sopra em suas vidas de beligerâncias...
Vestimos
o caráter de outros gestos, sentimos o calor de estarmos acompanhados
Na
vicissitude de sabermos antes que não nos interessa mais o calor das mãos
Se
estas empunham dedos de fogo quando a cristalizarem suas próprias memórias.
Naveguemos
sobre as pedras que as mãos ocas não alcancem o timão, colegas,
Pois
na vereda marinha ainda há o mistério de que sob o asfalto existe vida!
Sim,
e por que não estaríamos a navegar em silêncio sobre as pérolas de sorrisos
Ou
sobre a superfície bronzina de uma negra, em seu silêncio de Deusa
Nas
vestes em que uma África inteira mostra ao mundo o silêncio das belezas!
Ou
nas armas que Kali tão bem carrega por sobre seu leão, na fúria indivisível
Que
parte a elucidar a muitos que não há o futuro tão nobre quanto uma realeza
Queira
que apeteça ao mundo o complexo limiar das fronteiras da ciência.
Que
somos de passagem, e brotamos os devotos, a pureza de sabermos da fé
Em
que Indra manifesta a Natureza conforme predisse nas escrituras Vaishnavas.
Talvez
aproximemos mais da justiça terrena o trabalho de muitos valorosos
A
saber que quanto mais tornarmos as sociedades igualitárias em ganhos
Ainda
podemos girar a roda da história sem precisar elucidar a não práxis.
Pois
sim, que partirmos a praticar o bom senso não denota que tenhamos
Apenas
uma receita que por milagre venha a dar conta de tudo que vivemos,
Mas
a ação continuada a serviço da justiça social reverbera como uma joia.
É
nesse instante que basta a síntese para redimir fracassos em que pensamos
Que
haviam apenas caminhos já traçados, mas que agora já se tornam previsíveis...
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