quarta-feira, 7 de março de 2018

O DESDÉM DO INFINITO

          Pois sim, que agora a informação vale, mesmo sendo intangível. Tão intangível que muitos a abraçam de forma caudalosa, parecendo a si mesmos que possuem a sua pátria nos lugares mais ricos. O infinito não olha muito para isso. O infinito é um mergulho: da Terra em cada gesto, sem escrituras que a rejam, haja vista a lassidão humana. A reação de muitos devem nos parecer uma chuvinha de granizos inquietos que se derretem na nesga do sol. E se não houver o sol, um prejuízo ou outro em uma pequena safra. Que muitos apostam, mas não negam a sua ignorância frente aos mais cultos que já aprenderam da humanidade todos os seus fracassos passados… Mas ainda não estamos na Sibéria ou em uma Era glacial. Pode vir, será essa a tendência, conforme estatísticas já historiadas e verificadas cientificamente. Em termos de matéria, nada pode contra a ciência. Falamos a reza ao ar audível e este propaga as suas frequências. À vista da tecnologia febril, não devem usar deste poder aqueles que pregam a espiritualidade, pois esta sim abraça o infinito e transcende até mesmo a filosofia, em que possa vir de uma poesia sincera, ou de uma prática alicerçada no que é, no que foi e no que será, à visão religiosa. No entanto, nos parece que o desdém está partindo do infinito, carregando nossas vestes terrenas no pó incomensurável, à própria terra, ao pó que seremos, nós os que não tivemos filhos, pois estes podem virar robôs se me perdoem tamanha fantasia! Risos dissidentes. Não, não é por opção e nem foi a fraqueza em copular tão facilmente que os filmes ensaiam a pirotecnia sexual como o grande orgasmo nuclear.
         Deixem o Homem em paz, que sua paz ninguém pode tirar, e é a partir de nossos erros que vamos – não podemos nos evadir disso – cumprir com os ensinamentos que a furiosa Natureza já prepara para a humanidade: uma Era longa e tenebrosa, a Era de Kali. As mutações gênicas talvez fabriquem estranhos seres, e se não nos acautelarmos proporcionando a justiça no plano social veremos a ilusão se transformar cada vez mais em realidade, ao menos na insanidade mental coletivizada. Se não ampliarmos nessa coletividade a consciência dos habitantes de nosso planeta veremos a dissenção, as guerras comerciais, as guerras de fato, a criminalidade, o avanço do terrorismo e outras coisas que só servirão para tomarmos ciência da grande premissa: melhor distribuição de renda e conscientização que não devem existir fronteiras beligerantes jamais! É conveniente que um chefe de nação coloque termos quando radicaliza algo no sentido de prejudicar outra nação. Claro, a posição é confortável, possui toda a proteção disponível. No entanto, é um equívoco pensar de forma egoísta na sua posição de estadista, aventando-se um poder que acredita ser supremo.
         Só há um Ser Supremo, este é Krsna, como queiram que tenha outros nomes, como Alá, Jeová e Deus. E ponto final. Se seguíssemos os preceitos védicos e parássemos com a matança de animais veríamos mais ternura no mundo. Se parássemos de investir nos transgênicos veríamos muito menos incidência do câncer. Igualmente com relação aos pesticidas nas lavouras. Igualmente, uma sociedade sem ganância não seria essa competição inglória onde os fortes devoram os mais desprovidos, onde os grandes montantes tendem a migrar para as maiores fortunas do mundo. A corrida espacial por buscas de planetas habitáveis só tende a ampliar o leque de territórios cáusticos à nossa existência. E a busca pelo poder em si e por si, por questões de ordem egocêntrica tende a ser cauterizada por diversos sistemas do mundo que permitem – ou não – governos mais populares e – portanto – mais humanos. O intangível como a informação enquanto entidade de fato, e no entanto oculta, é finito. Quanto a sabermos utilizar a sociedade tecnológica das informações, temos que partir do pressuposto que quando a informação está in box está processando ao seu modo, e quando igualmente estiver on the street será tão procedural quanto. O estudar na rua talvez seja tão importante quando curtir uma cela – quando somos anacoretas solitários – e possuímos os livros em que toda a biblioteca passa a ter importância, incluso para aqueles que cumprem pena em uma instituição prisional, e quando através da arte erradicarmos o ódio de qualquer natureza, principalmente a comportamental, ou behaviorística.
         Não temos que viver sob o paradigma de Pavlov e suas leis de condicionamento. Não somos máquinas de ganhar e gozar ou o consumo de coisas exageradamente rebuscadas ou buscar nas variantes sexuais os prêmios que consideramos recebidos por missões, a partir do momento em pesarmos que nem toda essa engrenagem funciona do modo como um ser humano pretendia em tempos passados, haja vista que conhecer a história passa a ser tarefa principal de aculturamento dos seres – que aí sim – pretendemos existir em consonância e equilíbrio com os outros seres do planeta, nação, estado, município, aldeia ou lar… Não demonizemos a classe política que luta por uma democracia participativa e mais igualitária, e não endeusemos a classe militar enquanto solução política, e nem tentemos criar antagonismos entre as duas, pois existe uma coisa que deve ser reiterada sempre e que consta em nossa Constituição de 1988 e em todas as Cartas de Leis de países mais civilizados: a cidadania que garante os direitos de todos os habitantes de nosso país. A partir dessa premissa teremos infinitas possibilidades – criativas ou não – de externarmos e espelharmos justiça por poros que por vezes julgamos inexistentes. Partindo-se da premissa que será através da União por todos que reaprenderemos a construir melhores democracias, aqui e no mundo.

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