Soubéssemos de tudo o que nos atrai, e teríamos uma visão mais completa, talvez. O novo é uma palavra fundamental na sociedade de consumo: um novo carro, um novo smartphone, um novo companheiro/a. O novo talvez traga a beleza para perto, e por vezes é mais caro, no sentido de vermos o objeto, a aquisição, o veio proprietário. Mas na fabricação de peças para o consumo, veremos também que quanto mais novo, mais o descarte é previsível. Os carros antigos, por exemplo, duravam mais, assim como as geladeiras e fogões, não havia muitas peças de plástico, as baterias não se desgastavam muito, e os telefones funcionavam mesmo quando se faltasse a luz. Tudo isso, essa sistematização de uma sociedade do descarte acaba resultando como falta nas relações humanas. Obviamente, os homens chauvinistas largam suas mulheres mais idosas para privar com moças mais jovens, especialmente aqueles que possuem fama, riqueza ou poder.
A
atração que temos por algo deve ser sempre pela conscientização,
através do desapego material, quando soubermos que a antiga receita
de fazer o bolo crescer para depois de distribuir já não deu certo
antes em nossa história, e que não será o novo em termos de novas
empresas que se distribuirá a força de trabalho, em que muitos
estão com os braços aptos, ágeis, fortes, e esperando por
colocação. A visão deve ser patriota, onde temos que creditar ao
povo brasileiro uma realidade de maior esperança, de maiores luzes,
da certeza que devemos ter sobre a importância da educação
estendida a todo o nosso povo, principalmente aqueles que vivem em
favelas ou quaisquer áreas onde talvez a solução viesse de
pequenas escolas dentro desses lugares. Como uma aplicação do modal
de democracia participativa, e não através do embate que gera mais
e mais violência. Assim como unidades de ambulatórios de saúde
pública, atendimentos em lócus, pontuais, na construção da
melhoria dos espaços, e não na redução destes na sistematização
do opróbrio.
No que concerne à humanidade, parece que a maldade se torna o fator
novo no comportamento em que muitos defendem a guerra sob variados
motivos e, por incrível que pareça, sob o cunho da religião, onde
quer que esteja o pressuposto, ou os gatilhos em que muitos incitam a
rebeldia e a diáspora entre os povos, a troco muitas vezes de
riquezas em processo de exaustão. Isso não é novo na humanidade,
pois esta conta a sua história muitas e muitas vezes com o sangue de
inocentes, com a truculência e a covardia, não apenas em um plano
geopolítico como nas ofensas ou brutalidades que ocorrem com o
indivíduo, por conta do gênero, da raça, da ideologia, ou de
enfermidade psíquica, esta que vem colocando cada vez mais gente na
vulnerabilidade. Pois sim, haveremos de separar o novo modo de viver
“criativo” enquanto trabalhadores emprestam sua força de
trabalho a preço irrisório?
Não
é buscando rotular ou convencionar esquerda e direita, apenas a
aceitação de que há um contexto inevitável que as nações
controlem as suas gestões internas para que todo o seu povo possa
ter oportunidades na mesma medida, e cresçam para o consumo, pois
quando as sociedades começam a separar crenças, a perseguir
doutrinas, a ferir a filosofia, ou ignorar os espaços das cidades
com maior vulnerabilidade, as coisas certamente não irão bem, e
talvez pequenas guerras comerciais se tornem uma guerra fria sem
precedentes históricos: sem ideologia, apenas apostando na podridão
dos serviços secretos que alimentam as burras dos países que se
dizem donos do planeta.