A quem deseja o regresso por ira
contra a esquerda ou direita, torna-se reptílico o saber da consciência para
termos acesso a sermos ou não da direita ou da esquerda, quando não sabemos
sequer a história da Europa, um quanto de filosofia, a saber, quando queremos
exercer a liderança intelectual de movimentos libertários. A participação na
democracia é o único modo de nos situarmos e entrarmos em consonância com o que
acontece em nosso entorno, a saber, que sai das ruas o protesto – mesmo enquanto
reptílico em sua impotente ira – mas que se torna importante pontuarmos a
cooperação e a diplomacia para situar na presença da ordem a consciência tão
necessária no plano de sociabilizarmos nossa inteligência para preservar a vida
e agremiar a inquietação na busca de saudáveis lutas pela emancipação de nossos
direitos, não apenas no combate ao racismo e uma infinidade de outros
preconceitos, mas igualmente na reivindicação justa das diversas categorias que
compõem o escopo social. Resta-nos vivenciarmos – mesmo com as limitações de
nosso tempo – os aspectos do espaço que nos circunda, ampliando as suas vertentes
de atuação, e é essa a participação que se torna urgente, não apenas naqueles
que estão em seu trabalho, mas na União máxima de sermos um país continental,
onde devemos pensar que é na riqueza e na pobreza o nosso casamento pelas
prerrogativas dos movimentos sociais, onde se torna importante dedicar esforços
a que a indústria como um todo se viabilize, e o diálogo entre as categorias se
amplie mais e mais, no que seja de justo valor, no que queiramos esclarecer não
apenas às massas das quais igualmente somos parte – que o somos todos o povo
brasileiro – a que se apresente mesmo dos que residem sob o véu de seus
pareceres sectários o mesmo debate a que aclarem uma vida na transparência
cotidiana da justiça e empatia com o viver e sentir do “outro”... Nem que não
possuamos as pernas que nos ensinem a contento o caminho, mas em se prosseguir
que não temamos nossas ideias, pois é a partir de nossos ideais que tateamos à
procura de nossas veredas, irmanados com companheiros de jornada, mesmo que a
distância pontual nos encerre em nossas limitações.
Essa é a grande questão existencial
desse outro que somos nós, o que reverbera do sentimento imenso que possuímos
dentro de nossas esperanças! Não poderá jamais passar por nossas cabeças a
impressão que um grupelho que se chama ala conservadora do Congresso Nacional
seja a última palavra do que realmente acontece em nossa nação. Nem será
separando sul e norte que teremos mais um ponto na bússola, mesmos que por
vezes esta faz-nos lembrar da imantada relação que aponta para seu mesmo norte
magnético. Muitos se magnetizam por essa situação toda, da nossa relação com o
continental norte, histórica relação não apenas imantada pela tirania passada,
mas com continuidades sinistras que sempre devemos conhecer, e fazer-nos
conhecer a si mesmo dentro de cada paradoxo, mesmo que para isso tenhamos que errar
a concordância... A mais, que se deseje o desejado, hoje é um grande dia para o
país, remete a um pleito fundamental. E, àqueles que não possam participar de
forma mais contundente com a sua presença, que ao menos se tente compreender
seu verbo, pois a continuidade das mudanças não para no estamento dos poderes
falsamente constituídos, mas na continuidade das forças populares de
transformação não apenas da matéria, mas na maestria da mudança consciente de
seus atos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário