sábado, 27 de agosto de 2016

A VIDA EM SI NÃO É UMA

            O tempo discorre um período, quiçá uma frase, sem todos os modais, sem mesmo os relógios, que no tempo este não há minuto, não há frações, horas, dias, ou séculos. Por assim dizer, que um ser humano neste planeta vive cerca de cem anos, outros em outro mundo vivem mais de cem mil anos, a dizer que em Brahmaloka se vive um pouco mais, bilhões de vezes mais, em um planeta do Universo material. Digamos que cem mil anos daria talvez para avançarmos a viver no novo planeta descoberto, distante cerca de dezenas de milhares de anos da Terra. Talvez por aqui não tenhamos mais o tempo relativo a nos mudarmos, e o melhor é melhorarmos o que temos ainda a melhorar, mas que a Era promete ser muito dura, incluso para os que já vivem por aqui... Kaliyuga não será fácil, mas temos cerca de vários séculos de luz que nos dá uma chance de melhoras, desde o advento da encarnação de Krishna, Caitanya Mahaprabhu. O conhecimento védico nos capacita, a ver em uma situação de quem vos escreve, a ter conhecimento da ciência espiritual. A fortaleza de um homem como Prabhupada, que trouxe esse conhecimento, essa filosofia, para o mundo ocidental, revela que a vida são muitas, quando este diz mesmo em não matar sequer um inseto. Uma planta merece nossa consideração, não egoisticamente que tenhamos que tecer algo de cima, como seres superiores, mas que aquela nos ensine como nos portarmos perante a Natureza, pois que a planta tem espírito, assim como todos os seres que conosco habitam, conjuntamente.
            Tudo bem, que não falemos em eras, em pressupostos de doutrinas religiosas, mas um fato de relevo é a questão espiritual da própria Natureza, como se esta encerrasse um grande espírito, um santificado espírito, algo de colosso, como de uma riqueza inexaurível na proporção em que não a compreendemos, enquanto ser, enquanto totalidade de seus viventes. Visto na imagem de um homem que possui a crença, posto enquanto postura, e que não demanda a que acreditem, já que não possui a jaça algo padrão das pregações, mas que em sua vida ponteia o significado de seu próprio ser, enquanto o mesmo ser que não arvora direitos sobre qualquer outro, no dizer de uma especiação mesma que deveria ser inexistente como o mito das fronteiras no planeta. A fronteira, em sua acepção, que deveria existir é a sua inexistência, haja vista tantos estrangeiros procurando pela vida em lugares melhores, haja vista um pássaro amar a um mar que ainda possua peixes e suas águas belas e cristalinas, e outros que navegam pelos ares à procura das árvores de bairros que ainda as possuam, ainda que em extrema resistência dos bons habitantes das urbes. Falo daqueles homens que possuem a preocupação existencial com relação às águas como um todo, e são capazes de reiterar sua franca opinião com validade baseada na lucidez nas saídas coerentes em se melhorar a qualidade de vida não apenas dos seres humanos. A visão holística ainda é o direito das cidades, posto arejarmos nossas superfícies de vida no que de não necessário da construção, no não necessário esgotamento sanitário sem o tratamento ideal das águas, a despoluição assaz necessária dos rios, o aproveitamento racional do lixo e o evitar das contaminações do solo, e a segurança em poder falar e expor e executar a planificação para se tornar isso possível, sem retirar da população carente seu direito à moradia, sem a exclusão social. São prerrogativas que esperamos de todos aqueles que agora aparecem no país com seus projetos de vida, cada instituição, cada vetor político, ou mesmo naqueles que abrilhantam mais a espiritualidade tão necessária às mudanças, sem o cabresto de se pensar que apenas uma religião ou crença ou espiritualidade, ou senda é aquela correta. Incluso a se respeitar doutrinas econômicas, dentro da aura daqueles que professam a sua não crença ou dogmatismo religioso, no intuito de primarmos por uma sociedade livre e não sectária. As ideias têm seu valor quando sempre estão presentes na mente daqueles que exercem sua cidadania com seus valores de direitos internacionais consagrados, e quanto mais pensarmos – intelectuais ou não – nas sementes que germinem o progresso social, humano e natural da sociedade, seja na cidade ou no campo, seja no mar ou na montanha, estaremos mantendo o sentido humanitário de um tipo de construção solidária para um mundo melhor, e aí sim estaremos alcançando a paz decorrente entre os litígios e interesses mesquinhos que estão se tornando lugar comum cada vez mais em muitos rincões do mundo.
            Quando citarem o argumento com base não na segregação sectária de uma doutrina ou um dogma, mas na ideia de buscarmos a diplomacia e a mesma construção social, material e espiritual na face da terra, estaremos consignando para sempre a manutenção do espírito da paz no planeta, que nasce do amor entre a humanidade e o devido respeito irrestrito a tudo o que diz respeito à Natureza, com a comunhão necessária e eterna. Aí sim, poderemos ver mais luz entre os seres. Aí sim, aprenderemos com uma planta ou com um inseto, sem precisarmos arrancá-los da vida, para a prospecção fria de uma ciência analítica. Que não se verta no contexto de uma exploração sistêmica a vertente quase antropofágica e contemporânea de tendências errôneas do processo em que a civilização se encontra no nosso mundo.

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