O tempo discorre um período, quiçá
uma frase, sem todos os modais, sem mesmo os relógios, que no tempo este não há
minuto, não há frações, horas, dias, ou séculos. Por assim dizer, que um ser
humano neste planeta vive cerca de cem anos, outros em outro mundo vivem mais
de cem mil anos, a dizer que em Brahmaloka se vive um pouco mais, bilhões de
vezes mais, em um planeta do Universo material. Digamos que cem mil anos daria
talvez para avançarmos a viver no novo planeta descoberto, distante cerca de
dezenas de milhares de anos da Terra. Talvez por aqui não tenhamos mais o tempo
relativo a nos mudarmos, e o melhor é melhorarmos o que temos ainda a melhorar,
mas que a Era promete ser muito dura, incluso para os que já vivem por aqui...
Kaliyuga não será fácil, mas temos cerca de vários séculos de luz que nos dá
uma chance de melhoras, desde o advento da encarnação de Krishna, Caitanya
Mahaprabhu. O conhecimento védico nos capacita, a ver em uma situação de quem
vos escreve, a ter conhecimento da ciência espiritual. A fortaleza de um homem
como Prabhupada, que trouxe esse conhecimento, essa filosofia, para o mundo
ocidental, revela que a vida são muitas, quando este diz mesmo em não matar
sequer um inseto. Uma planta merece nossa consideração, não egoisticamente que
tenhamos que tecer algo de cima, como seres superiores, mas que aquela nos
ensine como nos portarmos perante a Natureza, pois que a planta tem espírito, assim
como todos os seres que conosco habitam, conjuntamente.
Tudo bem, que não falemos em eras,
em pressupostos de doutrinas religiosas, mas um fato de relevo é a questão
espiritual da própria Natureza, como se esta encerrasse um grande espírito, um
santificado espírito, algo de colosso, como de uma riqueza inexaurível na
proporção em que não a compreendemos, enquanto ser, enquanto totalidade de seus
viventes. Visto na imagem de um homem que possui a crença, posto enquanto
postura, e que não demanda a que acreditem, já que não possui a jaça algo
padrão das pregações, mas que em sua vida ponteia o significado de seu próprio
ser, enquanto o mesmo ser que não arvora direitos sobre qualquer outro, no
dizer de uma especiação mesma que deveria ser inexistente como o mito das
fronteiras no planeta. A fronteira, em sua acepção, que deveria existir é a sua
inexistência, haja vista tantos estrangeiros procurando pela vida em lugares
melhores, haja vista um pássaro amar a um mar que ainda possua peixes e suas
águas belas e cristalinas, e outros que navegam pelos ares à procura das
árvores de bairros que ainda as possuam, ainda que em extrema resistência dos bons
habitantes das urbes. Falo daqueles homens que possuem a preocupação
existencial com relação às águas como um todo, e são capazes de reiterar sua
franca opinião com validade baseada na lucidez nas saídas coerentes em se
melhorar a qualidade de vida não apenas dos seres humanos. A visão holística
ainda é o direito das cidades, posto arejarmos nossas superfícies de vida no
que de não necessário da construção, no não necessário esgotamento sanitário
sem o tratamento ideal das águas, a despoluição assaz necessária dos rios, o
aproveitamento racional do lixo e o evitar das contaminações do solo, e a
segurança em poder falar e expor e executar a planificação para se tornar isso
possível, sem retirar da população carente seu direito à moradia, sem a
exclusão social. São prerrogativas que esperamos de todos aqueles que agora
aparecem no país com seus projetos de vida, cada instituição, cada vetor
político, ou mesmo naqueles que abrilhantam mais a espiritualidade tão
necessária às mudanças, sem o cabresto de se pensar que apenas uma religião ou
crença ou espiritualidade, ou senda é aquela correta. Incluso a se respeitar
doutrinas econômicas, dentro da aura daqueles que professam a sua não crença ou
dogmatismo religioso, no intuito de primarmos por uma sociedade livre e não
sectária. As ideias têm seu valor quando sempre estão presentes na mente
daqueles que exercem sua cidadania com seus valores de direitos internacionais
consagrados, e quanto mais pensarmos – intelectuais ou não – nas sementes que
germinem o progresso social, humano e natural da sociedade, seja na cidade ou
no campo, seja no mar ou na montanha, estaremos mantendo o sentido humanitário
de um tipo de construção solidária para um mundo melhor, e aí sim estaremos
alcançando a paz decorrente entre os litígios e interesses mesquinhos que estão
se tornando lugar comum cada vez mais em muitos rincões do mundo.
Quando citarem o argumento com base
não na segregação sectária de uma doutrina ou um dogma, mas na ideia de
buscarmos a diplomacia e a mesma construção social, material e espiritual na
face da terra, estaremos consignando para sempre a manutenção do espírito da
paz no planeta, que nasce do amor entre a humanidade e o devido respeito
irrestrito a tudo o que diz respeito à Natureza, com a comunhão necessária e
eterna. Aí sim, poderemos ver mais luz entre os seres. Aí sim, aprenderemos com
uma planta ou com um inseto, sem precisarmos arrancá-los da vida, para a
prospecção fria de uma ciência analítica. Que não se verta no contexto de uma
exploração sistêmica a vertente quase antropofágica e contemporânea de
tendências errôneas do processo em que a civilização se encontra no nosso mundo.
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