terça-feira, 30 de agosto de 2016

COMO UM DIA DE UMA SEMANA

            Acordara cedo, teria um dia longo, como tantos, e a aproximação com essa ideia já me cansava um pouco... De outros dias, as notícias algo sinistras em um país feito um remendo em sua democracia, um todo de que convexo, a paródia quase hiperbólica da não censura daquilo admitido em escritos orwellianos. Algo inexplicável me assombrava, mas as coisas apesar de tudo não se pareciam com quase nada, e a absorção das gentes era do tamanho de cada display eletrônico, ou com essa similaridade contextual; no mais, talvez estivesse errado, mas acontecia comigo uma inquietação sui generis, de um tom adiantado, um reverso de uma moeda gasta, um quê do próprio absurdo. Lembrei-me de alguns escritores, da juta tecida, da palha indígena, dos tambores africanos, do Vedas, enfim, do gigantesco fato cultural em cada nação, e apropriei-me dessa ideia para consentir que haveria sempre uma saída em que o bom senso e a coerência existencial nos remetesse a um aprofundamento da ética internacional, que esta não se vira assim tão necessariamente, em justo nas faces daquilo que não conhecíamos mais. O país sentia uma subtração, ou propriamente uma tração de ré... Eu não seguia passos de qualquer sentimento que anunciasse algo, posto que as notícias não nos chegavam sem os seus filtros de expressão que não fossem de uma parcialidade em que o êxito do fracasso de nossas instituições democráticas ganhava uma estranha força a cada dia, e a que remontássemos acompanhávamos as tendências em uma sociedade nublada, a um tempo que fosse nascituro de algo maior, inconteste, importante: situado, afinal, em uma prerrogativa a uma saída mais ampla, que recriássemos nossos próprios costumes... Assim, de pensarmos a arte como uma questão de referência, um mote, um caudal permanente, mas que não nos distanciássemos das outras questões, quais não fossem do próprio canal em que nos encontramos, seja qual for, nas semânticas algo indiscretas: no diálogo em um ônibus, nos encontros em uma fila do pão, na pronúncia de uma vida a mais no suporte de um ombro, na emancipação do caráter que não nos rompa a própria vida silenciosa que nos surge em nossas crenças nas doutrinas, ou em hábitos saudáveis de nossa cidadania. Posto mesmo na tentativa de tema a nos solapar, porquanto gestores de nossos atos, naquilo que não compreendem alguns, em sua intrusão algo desconexa com a cidadania conquistada a duras custas, aqui e no resto do planeta.

            Os dias de uma semana, pois sim, não deixaríamos que a semana se sobrepusesse sobre os dias daquilo algo sinistro, o próprio fato que não remontaria a nada, posto a aplicação de outros dias mostrariam à semana que já desgastavam as molas da tração de nossos motores de uma estranha forma de convivência, as molas que traziam a ferrugem de muitos anos, e essas molas, deixaríamos para trás, posto que uma juventude em nosso espírito nos trouxesse um acompanhamento cabal do que era, do fato em si, da nossa consciência no refresco da limpidez, de nosso caráter ilibado, das nossas veias em que outros gostariam de estar, mas que denotavam apenas a criação de sua própria criatura, anódina em sua circunspecção turva, um viver da reação ao humano, da reação ao justo, em que a justiça nos dizia que somos mais, posto sermos razão pura: lógica e semântica. Desse inconteste e nosso papel, verteremos o conhecimento por todas as esquinas, conversaremos tudo a se conversar, apoiaremos as democracias no mundo enquanto ausentes de algum poente que surja, mas encontraremos, nós mesmos, a democracia no espírito de participação, em que nos unamos a qualquer país que estabeleça um diálogo coerente, haja vista, sem que precisemos dispensar contextos de genealogias, pois uma nação sempre é algo boa, possui suas gentes e idiossincrasias, e a nossa função social é de aprendizado, conquanto os velhos erros os deixemos de lado. Aqueles homens que erram pelo não social disputarão eternamente uma vaga na incerteza de seus atos que se aproximam sempre e apenas da velha questão do poder. Ao que, do que se pede que não se lhes conceda, posto em mãos erradas, e assim reza a prerrogativa do ser urbano, contemporâneo do novo, em que velhos livros nos tragam as luzes da cultura que não se apagam jamais, desde que tenhamos como base inequívoca essa consciência: mínimo e necessário substrato. No entanto, gostaremos de ver que a própria União do país se reflete não no que subtraem de nosso povo, mas do que este agregará no tempo de caudal relativo, pois haveremos de convir que em uma placa de silício estão os segredos de compartirmos nossos quesitos e questões na amplitude em que possamos ver uma formiga navegando na amplitude de suas convenções! Que nos encontremos com o significado de nossa ações com plenitude e esperança, mesmo que esta palavra denote a que a tenhamos sempre... Nesta esperança, mesmo que consigamos quase o ideal, mas que ela reflita que nunca a utopia será alcançada, mas que a mesma esperança é a nossa maneira de nos aproximarmos de algo melhor. Quiçá possamos melhorar o dito, que a esperança seja refletida na nossa atitude, pensamentos, ação, virtudes, acompanhamentos, reflexões, no quilate de um esforço maior, que seja, consciente. É sempre a prerrogativa ímpar que tenhamos na coerência de bem nos portarmos a ingerência da cidadania revelada aos olhos daquilo que pensemos melhor, pois que não haja a utopia, mas o pragmatismo do esforço, em conquistarmos a libertação dos povos oprimidos do mundo, ou que saibamos que os bons governos não se volatilizam pela substituição de poder, já que a história é musa que torna real o temperamento da verdade!

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