domingo, 14 de agosto de 2016

INSTALANDO O OFÍCIO DE INSTALAR

Quantos são nossos ofícios que os tenhamos em dia, em que, no suposto
Saibamos que não merecemos muito mais do que aquilo que não somos
Quando nos esquecemos que é do merecer o verbo amar a que se destina
Uma palavra de conforto àquele que não suprime o verbo conhecer…

Posto de merecimento que nos mereçamos, com clareza ímpar quando
Sabemos de saber sinceramente de nossos atos, com os quais somos sérios
Quando claramente vemos naquilo que julgamos de atrás na história
Com o poder que não temos, pois nunca deveriam permitir poder para isso.

A se instalar critérios nas cabeças vulneráveis é técnica antiga de persuasão
Quando não buscamos concretamente fincar o fraco em sua realidade
Dando as esperanças e prerrogativas a que se torne forte não em outra instância
Que não seja a própria tomada de consciência, e não alfarrábios fajutos…

Cada qual age em conformidade com seus interesses no mundo do capital,
Nada se dá se não for pela matéria crua da selvageria da espoliação
Em que os mais duros e cruéis com as suas ganâncias extremas criam
Obviamente os óbices a que todos quase sem exceção não sejam verdades.

Uma brincadeira tece o novo comentário do blog da mãe terra alguma outra:
Que sejamos mais complacentes com as misérias do próximo, mas que não
Permitamos que estes galguem mais do que permite a sua ignorância
Posto nosso verniz e nossa educação esmerada nos faz distintos da rude plebe!

Basta com isso de dizermos que somos superiores, pois na escola que estudamos
Não sabíamos sequer que era muito mais ínfima do que os países que nos exploram
E que as nossas salas de jantar possuíam certos candelabros de prata noventa
Que formaram restos da vida burguesa em que nos metemos na jaça de nossa joia.

Tece-se comentário, porque não urdir antiga trama circunflexa
Em que a pátria silencia os covardes a título de serem circunspectos
Na tíbia auréola de que estamos galgando o espírito, quiçá das Leis
Em que os homens partilham o jantar sem saber ao menos do sagrado!

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