quarta-feira, 31 de agosto de 2016

POR VENTURA UM ENCONTRO COM BAGAGEM

            Prabhupada, em sua bagagem, o Bhagavatam... Abrisse passagem, de Jaladuta, o barco, para o mundo, e sua esteira espiritual algo complexa a se compreender de rompante. De um santo, um verdadeiro santo do século XX. Quiçá muitos não aceitassem o fato, da remissão da renúncia, da gana com fortaleza em traduzir, aos setenta anos, os dezenove livros e seus doze Cantos. A bagagem de um mahatma, algumas rúpias em seus bolsos, uma máquina de escrever, um baú, uma deidade, mrdanga e pressupostos indizíveis de religião autêntica, vinda da mais remota Índia e seus antepassados históricos de uma civilização voltada à realização espiritual... Que não se negara o Cristo, que não se negara o Judaísmo, a religião Maometana ou quaisquer outras, mas que trouxesse Krsna à luz, a uma frente em que resguardemos tesouros e crenças, de Brahma à Visnu. Há que se ter a coragem, mas que uma coragem que transude a fé em estarmos sabendo de trajetórias como essa. Da Índia e seus templos à Nova Iorque conturbada nos anos sessenta.
            Carreguemos com simplicidade as nossas bagagens, como um tipo de substrato do nosso querer, um pouco daquilo que somos ou não, que não olhemos muito para trás, mas que saibamos da história que por vezes não nos contam, ou que não aprendemos, sem que para isso deixemos de buscar por tudo: a vida espiritual, nosso erguer na reivindicação de nossos atos, em sabermos igualmente que nada será um ultimato a não sermos, ou aqueles que nos ditem o modo de ser, não obrigatoriamente o sejamos... Desde que sejamos obedientes à Lei, saibamos que portar-se bem é sinal da paz entre irmãos ou amigos, entre aqueles que se dizem nossos inimigos por termos uma opinião filosófica, em um exemplo algo cabal, mas que tendem a recuar quando dizemos da questão do que é ser um rival, do que é uma contenda fútil, do que são energias não renováveis da competição desmedida e da disputa por poderes, muitas vezes escusos por própria e inequívoca natureza...
            A paz não há de ser um fardo, pois enquadrar algo ou alguém com pressupostos de origem preconceituosa, não apenas racialmente, mas de modo factual, apenas revela o esforço contrário para que permaneçamos em um grande litígio. Talvez saibamos que há muitos interesses no mundo, mas a paz deve ser a argumentação logicamente mais forte para fazermos ver aos olhos das sociedades e seus povos que não pode haver mais espaço para guerras, pois à atitude beligerante só surgem mais e mais conflitos. A Paz deve ser recorrente, deve ser a sombra que nos una por sob as árvores, deve ser o destino e a origem, para que o caminho se torne imantado desde seu princípio, e que leiamos nos capítulos da história onde erramos para que os diálogos sinceros e amistosos devam ser pronunciados sem o temor de que – para parafrasear estranho paradoxo – falar sobre a paz ela mesma como princípio e fim não seja compreendida por aqueles que fabricam as guerras. Estes talvez não compreendam nunca, pois a paz não os torna ricos e poderosos...

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A PEDRA CHINESA

            Talvez fosse fácil encontrá-la, a pedra de ZhongGuo. A pedra vista de dentro, como no passatempo de paciência: as sete pedras esculpidas uma a uma, uma dentro da outra, de fora para dentro, em trabalho inimaginável de período longo... Não seria isso algo de monta maior do que tudo, mas se tornaria muito raro abraçar o mito, mesmo que algo nos transportasse para um quilate indizível do mesmo tempo companheiro da habilidade, cônjuge da maestria. De um esperar-se, aliás, como no artesão que completa algo de um trabalho que aprende com seus amigos, ou que verte na tradição de antepassados o quinhão do merecimento em ser reconhecido pela estética, ou no si mesmo do uso. A se citar a China, mas como qualquer outro país, pois as vertentes da arte não abraçam fronteiras, mas outras há em que estas coabitam com a realidade de suas tradições, e a diversidade cultural talvez seja melhor com os povos que estimam e vivem coerente e humanamente no planeta. A espera com a atitude, quando vemos a inação na ação e vice e versa, na questão sábia das civilizações, no galope rápido em que a cidadania deva se impor como todas as cavalarias do mundo, mesmo que os cavalos sejam de fogo, ou mesmo que os signos sejam do leão e da libra. Ou que leiamos os que são ou desejam fazer de um país um olhar mecânico de tela, com Donner contratado para essa função, de um ícone já cansado por sua acepção de interdependência anacrônica com os tempos modernos, já que o pequeno globo não foi projetado a uma interatividade qualquer, qual não seja alicerçar os fracos de bagagem. Pudera, que fosse perdoada a crítica contumaz, mas que se prime o surgimento de alguma consciência no próprio e monolítico enganar-se às gentes. Em uma questão de verdade de fato não esperemos que retraiam intenções, mas que se exponha a mesma e – tornada por ipsum facto – inexorável verdade, naquilo que se mastiga, no que é sólido, no que alguns preferem que não se torne história, quando excluem de nossa cultura nacional a própria história: quem somos nós, para que viemos, tantos o foram, e o que se passa é uma tradução novelesca, do burlesco, do que se alicerça a que outrora quiçá tivéssemos de acompanhar a programação quase compulsoriamente... Há estruturalmente nessa temática o que ocorre, na transformação quase paulatina de humor, ou no conhecimento expresso do que não existe, posto o inequívoco latino-americano onde não se acompanha em outros rincões mundiais tamanho gigantismo, como se disse várias vezes dentro do pensamento que pertence ao povo brasileiro. Como um pensamento pertencido por direito, que a nós pertence tudo o que se produz de riqueza, nós temos a condição de sermos um país independente, no que se refira a que não tenhamos que possuir a relação que historicamente nos nublou tantas vezes o cerne de nosso progresso mais cabal, mais verdadeiro: este que logicamente versa sobre podermos nos tornar autossuficientes em que, desde história da República fabril, a começar com o nosso parque industrial e as conquistas sociais camponesas, que dão margem a que saibamos do justo enquanto o que seja por se construir na premissa do desenvolvimento.
            Enquanto a pedra chinesa construída na margem de um rio, uma casa, de um país, que o fosse de outro, cada estação revigora em sabermos que as riquezas de um mundo não sejam fruto da espoliação de outrem, posto vivermos por vezes em um outro mundo, ou aquele em que seja pertencido uma história dos que vivemos todos, cada por um lado, ou no grande ser inegavelmente coletivo... Enquanto premissa elementar não nos confundamos: somos gregários, e nossas atitudes devem nos levar àquilo que se presta como condição inequívoca a que possamos – todos – respeitar o que nos remeta a melhorar a nação como um todo, na inequívoca totalidade referida. Essas questões não devem ser pontuais, posto enquanto abraçamos uma tonalidade cromática em uma tela de pintura, devemos saber da composição do todo, da sua harmonização, visto talvez em aulas antigas, mas de um aprendizado reflexo em tudo o que pudermos fazer para avançar em nossa consciência, assim como a existência de uma simples pedra na China pode ser referência de nós mesmos, mesmo que ainda não burilada nas seis internas, que seja, apenas a existência do cinzel maestro o fosse algo de substância, uma ordem que não abraçaria totalmente a superfície de um entendimento se não fora, mas que resulta na mesma existência, em um fato, quiçá: história. Que por essas histórias contemos justamente as mais veementes, posto que não foram contadas, em todas as personalidades que mereçam relevância nos assentos escolares devemos depositar o nosso olhar, para que teçamos uma crítica que se faz necessária naqueles que despertam para o ensino. Esse é um princípio de uma educação consagradora, imantada pelo conhecimento, que dá sustentação a que pensemos mais a nação, e a que reflitamos melhor sobre os nossos papéis de atuantes no mundo. É sobre a imensa possibilidade de usufruirmos do conhecimento compartido entre os professores e seus alunos que saberemos melhor discernir sobre o que se é de repartir no nosso encontro com a soberania pátria e a nós mesmos.

COMO UM DIA DE UMA SEMANA

            Acordara cedo, teria um dia longo, como tantos, e a aproximação com essa ideia já me cansava um pouco... De outros dias, as notícias algo sinistras em um país feito um remendo em sua democracia, um todo de que convexo, a paródia quase hiperbólica da não censura daquilo admitido em escritos orwellianos. Algo inexplicável me assombrava, mas as coisas apesar de tudo não se pareciam com quase nada, e a absorção das gentes era do tamanho de cada display eletrônico, ou com essa similaridade contextual; no mais, talvez estivesse errado, mas acontecia comigo uma inquietação sui generis, de um tom adiantado, um reverso de uma moeda gasta, um quê do próprio absurdo. Lembrei-me de alguns escritores, da juta tecida, da palha indígena, dos tambores africanos, do Vedas, enfim, do gigantesco fato cultural em cada nação, e apropriei-me dessa ideia para consentir que haveria sempre uma saída em que o bom senso e a coerência existencial nos remetesse a um aprofundamento da ética internacional, que esta não se vira assim tão necessariamente, em justo nas faces daquilo que não conhecíamos mais. O país sentia uma subtração, ou propriamente uma tração de ré... Eu não seguia passos de qualquer sentimento que anunciasse algo, posto que as notícias não nos chegavam sem os seus filtros de expressão que não fossem de uma parcialidade em que o êxito do fracasso de nossas instituições democráticas ganhava uma estranha força a cada dia, e a que remontássemos acompanhávamos as tendências em uma sociedade nublada, a um tempo que fosse nascituro de algo maior, inconteste, importante: situado, afinal, em uma prerrogativa a uma saída mais ampla, que recriássemos nossos próprios costumes... Assim, de pensarmos a arte como uma questão de referência, um mote, um caudal permanente, mas que não nos distanciássemos das outras questões, quais não fossem do próprio canal em que nos encontramos, seja qual for, nas semânticas algo indiscretas: no diálogo em um ônibus, nos encontros em uma fila do pão, na pronúncia de uma vida a mais no suporte de um ombro, na emancipação do caráter que não nos rompa a própria vida silenciosa que nos surge em nossas crenças nas doutrinas, ou em hábitos saudáveis de nossa cidadania. Posto mesmo na tentativa de tema a nos solapar, porquanto gestores de nossos atos, naquilo que não compreendem alguns, em sua intrusão algo desconexa com a cidadania conquistada a duras custas, aqui e no resto do planeta.

            Os dias de uma semana, pois sim, não deixaríamos que a semana se sobrepusesse sobre os dias daquilo algo sinistro, o próprio fato que não remontaria a nada, posto a aplicação de outros dias mostrariam à semana que já desgastavam as molas da tração de nossos motores de uma estranha forma de convivência, as molas que traziam a ferrugem de muitos anos, e essas molas, deixaríamos para trás, posto que uma juventude em nosso espírito nos trouxesse um acompanhamento cabal do que era, do fato em si, da nossa consciência no refresco da limpidez, de nosso caráter ilibado, das nossas veias em que outros gostariam de estar, mas que denotavam apenas a criação de sua própria criatura, anódina em sua circunspecção turva, um viver da reação ao humano, da reação ao justo, em que a justiça nos dizia que somos mais, posto sermos razão pura: lógica e semântica. Desse inconteste e nosso papel, verteremos o conhecimento por todas as esquinas, conversaremos tudo a se conversar, apoiaremos as democracias no mundo enquanto ausentes de algum poente que surja, mas encontraremos, nós mesmos, a democracia no espírito de participação, em que nos unamos a qualquer país que estabeleça um diálogo coerente, haja vista, sem que precisemos dispensar contextos de genealogias, pois uma nação sempre é algo boa, possui suas gentes e idiossincrasias, e a nossa função social é de aprendizado, conquanto os velhos erros os deixemos de lado. Aqueles homens que erram pelo não social disputarão eternamente uma vaga na incerteza de seus atos que se aproximam sempre e apenas da velha questão do poder. Ao que, do que se pede que não se lhes conceda, posto em mãos erradas, e assim reza a prerrogativa do ser urbano, contemporâneo do novo, em que velhos livros nos tragam as luzes da cultura que não se apagam jamais, desde que tenhamos como base inequívoca essa consciência: mínimo e necessário substrato. No entanto, gostaremos de ver que a própria União do país se reflete não no que subtraem de nosso povo, mas do que este agregará no tempo de caudal relativo, pois haveremos de convir que em uma placa de silício estão os segredos de compartirmos nossos quesitos e questões na amplitude em que possamos ver uma formiga navegando na amplitude de suas convenções! Que nos encontremos com o significado de nossa ações com plenitude e esperança, mesmo que esta palavra denote a que a tenhamos sempre... Nesta esperança, mesmo que consigamos quase o ideal, mas que ela reflita que nunca a utopia será alcançada, mas que a mesma esperança é a nossa maneira de nos aproximarmos de algo melhor. Quiçá possamos melhorar o dito, que a esperança seja refletida na nossa atitude, pensamentos, ação, virtudes, acompanhamentos, reflexões, no quilate de um esforço maior, que seja, consciente. É sempre a prerrogativa ímpar que tenhamos na coerência de bem nos portarmos a ingerência da cidadania revelada aos olhos daquilo que pensemos melhor, pois que não haja a utopia, mas o pragmatismo do esforço, em conquistarmos a libertação dos povos oprimidos do mundo, ou que saibamos que os bons governos não se volatilizam pela substituição de poder, já que a história é musa que torna real o temperamento da verdade!

sábado, 27 de agosto de 2016

A VIDA EM SI NÃO É UMA

            O tempo discorre um período, quiçá uma frase, sem todos os modais, sem mesmo os relógios, que no tempo este não há minuto, não há frações, horas, dias, ou séculos. Por assim dizer, que um ser humano neste planeta vive cerca de cem anos, outros em outro mundo vivem mais de cem mil anos, a dizer que em Brahmaloka se vive um pouco mais, bilhões de vezes mais, em um planeta do Universo material. Digamos que cem mil anos daria talvez para avançarmos a viver no novo planeta descoberto, distante cerca de dezenas de milhares de anos da Terra. Talvez por aqui não tenhamos mais o tempo relativo a nos mudarmos, e o melhor é melhorarmos o que temos ainda a melhorar, mas que a Era promete ser muito dura, incluso para os que já vivem por aqui... Kaliyuga não será fácil, mas temos cerca de vários séculos de luz que nos dá uma chance de melhoras, desde o advento da encarnação de Krishna, Caitanya Mahaprabhu. O conhecimento védico nos capacita, a ver em uma situação de quem vos escreve, a ter conhecimento da ciência espiritual. A fortaleza de um homem como Prabhupada, que trouxe esse conhecimento, essa filosofia, para o mundo ocidental, revela que a vida são muitas, quando este diz mesmo em não matar sequer um inseto. Uma planta merece nossa consideração, não egoisticamente que tenhamos que tecer algo de cima, como seres superiores, mas que aquela nos ensine como nos portarmos perante a Natureza, pois que a planta tem espírito, assim como todos os seres que conosco habitam, conjuntamente.
            Tudo bem, que não falemos em eras, em pressupostos de doutrinas religiosas, mas um fato de relevo é a questão espiritual da própria Natureza, como se esta encerrasse um grande espírito, um santificado espírito, algo de colosso, como de uma riqueza inexaurível na proporção em que não a compreendemos, enquanto ser, enquanto totalidade de seus viventes. Visto na imagem de um homem que possui a crença, posto enquanto postura, e que não demanda a que acreditem, já que não possui a jaça algo padrão das pregações, mas que em sua vida ponteia o significado de seu próprio ser, enquanto o mesmo ser que não arvora direitos sobre qualquer outro, no dizer de uma especiação mesma que deveria ser inexistente como o mito das fronteiras no planeta. A fronteira, em sua acepção, que deveria existir é a sua inexistência, haja vista tantos estrangeiros procurando pela vida em lugares melhores, haja vista um pássaro amar a um mar que ainda possua peixes e suas águas belas e cristalinas, e outros que navegam pelos ares à procura das árvores de bairros que ainda as possuam, ainda que em extrema resistência dos bons habitantes das urbes. Falo daqueles homens que possuem a preocupação existencial com relação às águas como um todo, e são capazes de reiterar sua franca opinião com validade baseada na lucidez nas saídas coerentes em se melhorar a qualidade de vida não apenas dos seres humanos. A visão holística ainda é o direito das cidades, posto arejarmos nossas superfícies de vida no que de não necessário da construção, no não necessário esgotamento sanitário sem o tratamento ideal das águas, a despoluição assaz necessária dos rios, o aproveitamento racional do lixo e o evitar das contaminações do solo, e a segurança em poder falar e expor e executar a planificação para se tornar isso possível, sem retirar da população carente seu direito à moradia, sem a exclusão social. São prerrogativas que esperamos de todos aqueles que agora aparecem no país com seus projetos de vida, cada instituição, cada vetor político, ou mesmo naqueles que abrilhantam mais a espiritualidade tão necessária às mudanças, sem o cabresto de se pensar que apenas uma religião ou crença ou espiritualidade, ou senda é aquela correta. Incluso a se respeitar doutrinas econômicas, dentro da aura daqueles que professam a sua não crença ou dogmatismo religioso, no intuito de primarmos por uma sociedade livre e não sectária. As ideias têm seu valor quando sempre estão presentes na mente daqueles que exercem sua cidadania com seus valores de direitos internacionais consagrados, e quanto mais pensarmos – intelectuais ou não – nas sementes que germinem o progresso social, humano e natural da sociedade, seja na cidade ou no campo, seja no mar ou na montanha, estaremos mantendo o sentido humanitário de um tipo de construção solidária para um mundo melhor, e aí sim estaremos alcançando a paz decorrente entre os litígios e interesses mesquinhos que estão se tornando lugar comum cada vez mais em muitos rincões do mundo.
            Quando citarem o argumento com base não na segregação sectária de uma doutrina ou um dogma, mas na ideia de buscarmos a diplomacia e a mesma construção social, material e espiritual na face da terra, estaremos consignando para sempre a manutenção do espírito da paz no planeta, que nasce do amor entre a humanidade e o devido respeito irrestrito a tudo o que diz respeito à Natureza, com a comunhão necessária e eterna. Aí sim, poderemos ver mais luz entre os seres. Aí sim, aprenderemos com uma planta ou com um inseto, sem precisarmos arrancá-los da vida, para a prospecção fria de uma ciência analítica. Que não se verta no contexto de uma exploração sistêmica a vertente quase antropofágica e contemporânea de tendências errôneas do processo em que a civilização se encontra no nosso mundo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

GALILEU MONTANHÊS


            Pérfida montanha, mas de longe era maravilhosa... Galileu passava perto de uma pedra, certa manhã, sempre observando a montanha. Aliás, uma serra grande, como se um tipo de cordilheira apontasse mais quente naquela Terra de qualquer século em milênio quase incerto, pois a velocidade era pausada, ou tremenda. Não que Galileu meditasse, mas que era um ser que amava a montanha, qualquer montanha, com seus verdes em que talvez um pintor desse mais os seus ares. Perto da pedra sem nome, quiçá ita no guarani ele encontrou uma planta de haste com uma única folha. Pediu a si mesmo uma argúcia cabal e voltou a se perguntar de onde sairia esse mistério. Ao lado da planta encontrou um pedaço pequeno de plástico, uns tantos de galhos pisados, uma touceira de bambus intactos, outras pedras, e outras pedras. E o plástico lhe sinalizava mais conforto de compreender, mas a planta com a única folha o desconhecera no olhar, quando de sua mirada quase de montanha mínima, subjacente, quase ínfima no real da floresta de um pequeno jardim entre rochas. Saberia dizer algo mais, mas que era um homem da montanha, enamorado perdidamente por ela, não poderia haver dúvidas. No entanto, a montanha o sacrificava, pois nunca envelhecia a sua posição, de sabermos que o antes está diante, e o diante do depois se reserva atrás de nossos tempos, haja vista que somos no tempo em que já o dissemos do que se está.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

CHIFLON E A INSURRETA FLOR

            Paradisíaca era a forma do inferno... Um calor dissonante que subia pelos peitos de Chiflon, metade cavalo, chifres de touro e uma coluna díspare dos espinhos solenes da rosa. Que esta fosse distinta, mas era outra, de chumbo, incrustrada na carne de Chiflon. Pescava algas o Chiflon sem sexo, mas de um sexo cheirando a almíscar apodrecido, de um sebo ausente das sinapses do pelo, de um suor de trabalho em vão, de transudar o próprio neurônio sem saber de suas próprias veias, salutares ou não. Notívago inferno, e era melhor que se falasse assim, pois a criatura seria criada por mãos de tecnologia ímpar, e ainda seria tempo de outra flor, qual não fora chumbo. Pois de um chumbo que se espalha, evanesce, fura, dilacera, mata. Chiflon era a encarnação da guerra, de uma guerra sem guerra, não criada, sumiticada, irresponsabilizada pelas mãos que retinham seus cornos de amianto recém descobertos em uma mina africana: de uma amianto negro, como negra é a cor que muitos negavam em ter, ou naquele que possuía. A bem dizer, outros chiflons, colegas da flor de chumbo andavam pelas áfricas, pelos orientes medianos, espalhando chiflons por todos os lados. Não era como os tamagushis, ou mesmo poketons de outras diagonais, pois o RPG já deixara seus rastros antes do inferno se instalar nas calotas do norte. O ser em si, era próprio que não era, mas muitos já confundiam a abstração do bem como a superfície do mal. Já não era tempo de revisões interdisciplinares nas organizações unidas, mas justamente a separação da parte dos infernos mais salutares, enquanto seres claudicantes nas entressafras ozônicas, e seus remotos controles... Pássaros de metal de prata já desfilavam pela terra de uyticons, pois o emoticons este não passara na insânia e seus testes. O teste era: livre expressão no mundo, mas o ticon dizia onde estava o sentimento, por análises combinatórias de incidência no positivo negativo do binário.
            Nada, ninguém falaria, pois as letras coincidentes e não interpretadas por incompetência do mesmo código binário não seriam apostadas como ticons verdade, ou ticons false, no >= de outra lógica onde Boole IV havia deixado sua rainha descoberta pelos anatômicos anais da história algo recente, de 3 e quarto para diante. A simplificação da letra, mais um país debaixo do tapete, mais um quesito adiante de uma modorra a pretender que o Chiflon como modal de genética sana prosperasse na venda de uma família ou outra que se perdesse fora do clã de ultimato. Não haveria mais razão no tempo que se cercava, e Borges mostrava ao mundo suas veias de profeta gigantesco! Não haveria mais perdas de tempo, as palavras seriam como rochas imantadas por suis magnéticos, e em outras escalas a tenda do milagre seria um acorde na vista de mais um dia parafraseado em outra vertente daria espaço para um motivacional de fazer crescer tremendamente a indústria do abate genearial dígito 42.50.76.8990. A esmo, por assim dizer: a senda do imagination place free, de flores plutônicas nas peles de um tsunami mais frequente perante litorais cavados em outras pedras já submersas nas cascas de mexilhões fósseis, sem carnação, as cascas, as casas que já não eram, uma câmera em um museu, outra, que fosse de cristal de prata, duraria a resistência de um século, a mais do que a tecnologia da destruição de todos os chips, encapsulada pela existência original de uma inteligência pontual e crônica na sua demência sistêmica... Apenas começara o mundo, mais atual, porretamente confuso...

URTIS E GRECONS

           Na orla de Usbes se encontravam respirando os urtis, com suas representações simbólicas em tendas de pedra, no si mesmo da arquitetura em que as colunas mesclavam-se com árvores de prata. Em cada respiração de um ser ordinariamente  formatado as vias se tornavam mais e mais transudadas por um sentimento em que não havia mais idiomas naqueles tempos quase atemporais, por se dizer, de pelos que possuíam a sua história nas estranhas carapaças dos seres Urtis e Grecons... O olho – quase de cetáceo extinto – aparecia em outras órbitas gigantescas, em uma parabólica feito taturana de ossos exímios em abarcar quase os significados, igualmente extintos. Cada eixo com o seu ramal, em um tipo de integração desconexa entre os mananciais. Os urtis navegavam com o estranho sorriso caudal, no ramo bifurcado de seus maxilares de quase primatas futuros, onde certos sapiens davam a volta por encima de outras maravilhas enegrecidas por fumaças eternas. Ainda havia vida na Usbes de mar cor do chumbo, que fervia com calotas plásticas nos borbulhantes algo sinistros, quando vistos de um reitor ingenuamente fraco para tanto. No tanto que havia algum arremedo de um tipo de diplomacia, onde o algo mutante se transformara em algo vertebral. Havia os cerebelos de organelas circunspectas em cada célula gigantesca, em que o mesmo cerebelo por vezes assumia a função de um tipo de núcleo. Por camadas androgênicas se ouvia escutar no fundo de um espaço serpentino o rugir um tanto sincronizado da sirene do estertor eterno em que o antigo retorno dera mostras de acontecer no sítio naqueles instantes de falta de gerenciamento de áudio táctil.  
            No turvo se encontrava um pouco de um tipo anacrônico de limo, mas a Grande Boca não sustinha seus dentes para as antigas modernidades. O contemporâneo era como um subtérreo de andares quase paralelos onde o infinito tinha feito seus ensaios nos textos que sucederam as epístolas do fim do mundo, em eras genéricas o suficiente para aclamar pequenos títeres de magnésio em seu exoesqueleto repleto de tecidos embrionários quase pensantes nas curvas de suas articulações. Uma tipologia modal, ultra biológica, anacrônica do sintomático recurso em veias renitentes no transporte, a iluminação magnética de neurônios encapsulados, e a veemência da patologia necessária ao andamento de um quase estofo de planeta. A reconstrução houvera, não muito além de um diálogo entre fontes emurchecidas em seus olhos quase à sombra de águas, no que o cristal o soubera dialogar nos armazenamentos em pontes que significavam algo de uma realidade em gênero, e não mais em espécies. De tanto que as paisagens atomizavam vísceras no sincero apanágio de uma atitude de pedra. E que as pedras haviam entronizado estruturas de uma semântica quase estável, mas que de estranhas formas que mais lembravam pontos esquecidos dos desertos mumificados por estações coloidais. Do que mais seria, a uma análise sem futuro, o que do não presente, um dito booleano à sombra do falso versus verdadeiro, este último num crescente de uma igualdade sem sinal de proposições... Algo de comportar o confortamento de três caudais. A comporta aberta, sinal de veiculares orgânicos, o dique que se sobressaía por um dentro literabundo e uma terceira lacuna entre o quesito modal de um afortunado ente-objeto nas permissões escatológicas da mesma vida ressurgida no caos.
            Fora, sem registros modais, a esperança, substituída, no paradigma da grande revolução anatológica, por saudades inventadas, no surgimento do grande plugue da terceira encomenda objetada por alguns que prosseguiam nos avatares telados. As câmaras gasosas reprimiam o próprio gás no inseticídio descomunal do abate sincrônico velado por carpideiras como flores de amianto: na pré-fabricação motora do desconforme inexistente como indexação do liberus mercatum. Deu-se a corda, muitos nela patibularam, resignaram a patibular simplesmente, ignorando que nada seria mais convexo no descalabro da insurreta questão que nada mais houvera, apenas a prerrogativa de que houvesse tempos, naquele planeta que mudara o nome para Usbestortaspa, que outrora forthas, no radical algo anglo seria terra, ou haveria dúvida se houvera havido algum idioma, no tanto que se predisse que Kali era redescoberta todos os dias por algo que pressupunha a existência de um quase universo, mas as mantas de verdades sobrespaçavam a angústia dos gravetos, que ainda teimavam em fazer ressurgir na calota imensa da esfera pequenas ervas...

domingo, 21 de agosto de 2016

QUEM VIVE MAIS E MELHOR SÃO AQUELES QUE MATERIALMENTE PODEM NÃO ESTAR MUITO CONFORTÁVEIS, MAS CONSCIENTEMENTE NÃO CARREGAM AS PEDRAS DA GANÂNCIA E DA MALDADE.

VIVER VALE SEMPRE A PENA, NEM QUE A PENA SEJA DURA E O VIVER SURJA TERNO COMO A TERNURA.

A BEM DIZER, UNS NÃO POSSUEM MAIS OPINIÃO PORQUE NUNCA SE DERAM A CHANCE DE PARTICIPAR COMO AGENTES DE MUDANÇA NOS PAÍSES EM QUE AS VOZES SÃO CADA VEZ MAIS RARAS.

RESTA SABERMOS DE UMA VEZ POR TODAS POR QUE NÃO NOS PERMITIMOS A UM AMPLO DEBATE, E QUE O FOSSE MESMO UM PLEBISCITO EM QUE O POVO DECIDISSE SUAS PRÓPRIAS RAZÕES, E NÃO A VONTADE DE MEIA DÚZIA DE IMPOSTORES...

VIVER COM A DIGNIDADE EXPROPRIADA ENQUANTO PRIVACIDADE CIDADÃ É COMO ENSAIARMOS PARA UM TEATRO DE FANTOCHES ONDE APENAS AS MÃOS IMÓVEIS APARECEM.

A VIDA NOS REVELA TANTO QUE O FILME EM QUE ESTAMOS NOS SHOWS DA REALIDADE APENAS NOS MOSTRA QUE AS IMAGENS SÃO O CONTEÚDO EM QUE NOS TORNAMOS OBSERVADORES DE NOSSAS PRÓPRIAS AÇÕES.

A TÉCNICA DE GERAR O NOVO NOS PARECE A MESMA EM QUE NOS TORNEMOS POR UMA OPÇÃO INCONSEQUENTE DE RECRIAR O QUE JÁ ESTÁ, EM CIMA DE OBJETOS COMO EMBALAGENS DE SEDUÇÃO.

A SEMÂNTICA DE UM VERBO

           Há em uma palavra talvez o modo do sujeito, ao qual predicamos. Por ventura um sujeito e mais predicados, mas não era esse o ponto de um período, em que nos encontramos agora tergiversando sobre um aspecto do pensamento quem sabe mais próximo da especulação do que nunca... Como um aspecto de um livre mercado e suas leis. Em um básico silogismo construído agora como a sílaba de um mantra: o homem prega a parede, mas não percebe o olhar de um sofrimento; ainda assim, possui – o homem – as ferramentas que não lhes dispensem o trabalho. Especula-se. É trivial. Um texto maior revela uma sombra que não traduz, mas revive algo, por mais que estejamos contrários ou mesmo desacordados em que não nos pegamos com o pensamento. Qual gigantesca ave de metal nos mostre que somos tais que não temamos a nada que não se pareça com uma taturana com suas estranhas sinapses... Olhar da sociedade se vê no prego que o homem prega em seu trabalho solitário, em que a pregação pode ausentar-se do martelo, da madeira e seus veios. Haverá sempre algo sólido no ar, mesmo em chuvas renitentes em que a madeira sobreleva os mesmos veios que transcendem a que fora tronco, disto de não vermos que o mesmo objeto em nossas mesas é fruto de uma selva. Parece algo estático, e o é no seu termo, o objeto em si, mesclado, no que não vire nossa ideia descartável como outro objeto, posto não seremos fábricas de insights, mas arquitetos consonantes com a prerrogativa de fazermos nossos cérebros de uma valia maior do que o que esperávamos tem apenas como seres humanos a faculdade de pensar. O pensamento em si é plataforma, e não precisamos nos distanciar desta, desde que a estamos guarnecendo sempre, tal a utilidade da possível inteligência em estarmos cientes da realidade. Visto que sejamos também algo de uma religião em que nos situemos maiores, se por escolha convier ao nosso psique que abrigamos como um mito indecifrável, por vezes, e que por vezes retorna a outros mitos que recriamos na esfera atômica de nossos destinos que não podem ser traçados aleatoriamente. Quiçá o verbo seja duro surpreendentemente, quiçá queiramos algo de repetição histórica, um tempo em que a leitura mítica é realizada hoje em frações de segundo, a um histórico, a uma definição de perfil, a toda uma téchne suposta de artes anteriores, mas que abriga contextos algo mais complexos do que simples releituras.
            Um panorama não se torna algo que se veja apenas na superfície de uma foto, no contexto rápido de uma postagem de foto ou filme, mescla de textos, ou mais, pois o conteúdo passa a se tornar mais vulnerável enquanto conteúdos que também lutam individualmente em direção a uma cidadania. O conteúdo que geramos sobre o nosso selfie psíquico vira o próprio mito criado: algo de história sobre nós mesmos, algo que não somos e que gostamos de ser no outro que nos ressalta nossa história inventada. Do mesmo modo o espelhamento da vigília das imagens gravadas, das câmeras de segurança, dos resguardos patrimoniais, das prisões maravilhosas em formato condominiais. Há muito da babélica transformação das vidas em transformar-se, mantendo o mesmo lócus, mas ausentando-se das mudanças, o que passa a refletir a realidade do êxtase contraproducente da virtualidade. Não que se passe a borracha sobre, mas usos e usos abrem para discussão não apenas atávica, mas meramente normativa, pois o comportamento humano pode ser vida igualmente sem qualquer conexão necessariamente eletrônica com o mundo, onde a cédula ainda é o maior símbolo abstrato de riqueza, e o zinco, manganês, chumbo, ouro, selênio, titânio, urânio, ou mesmo o petróleo são os aspectos concretos que partem de qualquer abstração e se consolidam como riqueza igualmente... Posto que o operário usa as mãos para pregar os pregos, e a nós nos falta a regularidade de movimentos nos quais usamos uma mão para o mouse, por vezes que estamos tão ensimesmados com o perfil tecnocrático em que a sociedade se pauta e jacta de estar desenvolvendo algo. A velocidade dos pixels é grande, mas nada se compara com uma mirada em torno de nós mesmo, a nos aprofundarmos no céu, se quisermos mergulhar os nossos físicos olhos no infinito!

sábado, 20 de agosto de 2016

O MODO COMO O SISTEMA É COLOCADO INIBE ATÉ MESMO POR VEZES INTERPRETAÇÕES HUMANITÁRIAS, NESSE SILOGISMO ONDE A FARSA DE UM GOLPE VIRA FATO, MAS CHEGA A TER ADEPTOS QUE APOSTAM NA JUSTIFICAÇÃO LEGAL DO ATO.

A LÓGICA DA EXCLUSÃO É FALSA, ASSIM COMO É VERDADEIRA AQUELA QUE INIBE O PROCESSO SOLIDÁRIO NA CONSTRUÇÃO LÓGICA DE ESTRUTURAS SOCIAIS QUE PERMITAM O DESENVOLVIMENTO A PARTIR DAS BASES. VISTO FRIAMENTE COMO UM PROBLEMA LÓGICO, ESSA ACEPÇÃO É FALSA POR NÃO SER VERDADEIRAMENTE JUSTA, PORTANTO A VERDADE SOBREPÕE-SE A QUALQUER FUNDAMENTO LÓGICO.

A VERDADE EM SI NÃO POSSUI A ARGUMENTAÇÃO, POSTO CONCRETA, MAS OS SEUS NÍVEIS DIFERENCIAM-SE CONFORME OS GRAUS DE CONSCIÊNCIA.

A BHAKTI YOGA É O ÚNICO CAMINHO PARA A VERDADEIRA REALIZAÇÃO ESPIRITUAL, MESMO QUE PARA ISSO TENHAMOS VÁRIOS NOMES, COMO MANUFATURAR UMA PEÇA COM CONSCIÊNCIA DE ALGO SAGRADO, ENQUANTO CONSECUÇÃO DE UMA OBRA, OU SEJA, UM OPERÁRIO PODE SER UM HOMEM SANTIFICADO...

A QUESTÃO NÃO É PROPRIAMENTE MEDITARMOS ANTES DE COMEÇAR UM TRABALHO, MAS FAZÊ-LO ENQUANTO TRABALHAMOS E, NO FIM DO DIA, DEDICAR ESTE SERVIÇO SUPREMO A DEUS.

TODO ENXADRISTA INVICTO E INSUPERÁVEL TEM COMO REI O JUÍZO E A RAINHA COMO VERDADE. NÃO HÁ NENHUMA MANOBRA QUE POSSA DESTRONÁ-LOS DE SUAS IMUTABILIDADES DE MOVIMENTO... MESMO INATIVOS E SEM OUTRAS PEÇAS, VENCEM SEMPRE.

NO QUE É FINITO HÁ INFINITUDE, NO QUE É INFINITO HÁ O PRINCÍPIO DE SABERMOS O INÍCIO DE UMA DIMENSÃO QUE DÁ OS SEUS ARES COM A MÃE LIBERTÁRIA QUE SE CHAMA NATUREZA!

HÁ MISTÉRIOS ENTRE O CÉU E A TERRA, MAS A PRÓPRIA FILOSOFIA É UM MISTÉRIO INSONDÁVEL QUANDO BEIJA A AREIA DE UM MAR SEM TAMANHO, SABENDO IGUALMENTE QUE DEBAIXO DESSE MESMO MAR RESIDEM PRECIPÍCIOS SEM CONTA.

A RELATIVIDADE E SUA TEORIA SUPLANTA ALGO GRANDIOSO QUANDO PASSA DA LÓGICA MATEMÁTICA PARA O DOMÍNIO DA ESCRITA E SUAS PALAVRAS INFINITAMENTE PARALELAS, QUANDO POR SUPOSIÇÃO UM DIA PODERIAM SE ENCONTRAR...

POSTO QUANDO A VERDADE É SUBJETIVA, AÍ SIM PASSA A TER MAIS CONSISTÊNCIA, POIS O MESMO ESPAÇO INFINITO EM SEUS MOVIMENTOS NEGA A PROPOSIÇÃO IMEDIATA DE QUE ESTA AFIRMAÇÃO POSSA SER VIOLADA EM QUALQUER PRESSUPOSTO LÓGICO.

A VERDADE DEVE SER ALCANÇADA, POR FIM, COMO UM FIM EM SI MESMA, MESMO QUE O INDIVÍDUO A TENHA EM SEUS SEGREDOS JAMAIS A OUTROS REVELADOS...

A VARIÁVEL NUNCA ASSUME A MEMÓRIA DO QUE ESTÁ FORA DE SEU FLUXO NO ALGORITMO, MAS CEDE SEMPRE SEU LUGAR A OUTRAS INFORMAÇÕES QUE NELA SE ACUMULAM: UMA POR VEZ, COMO UM INDICATIVO OU REFERÊNCIA DO QUE SE QUER PROPOR.

QUANDO UMA ÁRVORE CEDE ESPAÇO À FORÇA DE SEU AMIGO VENTO, TALVEZ SEJA UM CIÚME DE QUE ESTA ESTEJA ENAMORADA DO MAR, MAS DEPOIS DA TEMPESTADE OS TRÊS SE QUEDAM TRANQUILOS...

A LÓGICA BOOLEANA FALA QUE FALSO E FALSO RESULTA FALSO, MAS PASSA-SE A COMPREENDER QUANDO PENSAMOS QUE ZERO E ZERO RESULTA ZERO, O MESMO RESULTADO DE ZERO OU ZERO, O QUE TORNA QUASE IMPROVÁVEL, MAS INEVITÁVEL PENSARMOS A RESPEITO.

SE QUISERMOS ABDICAR DA ARTE E DA CIÊNCIA COMO ESTA DEVA SER PROPOSTA: NUA E SIMPLES, NÃO NAVEGAREMOS JAMAIS NA PROFUNDIDADE EM TENTARMOS COMPREENDER A NATUREZA FEMININA DO CONHECIMENTO.

A ARTE REVELA À HUMANIDADE QUE NEM TODOS OS CAMINHOS LEVAM À ROMA, MAS HÁ EM ROMA VÁRIOS CAMINHOS QUE LEVAM À ARTE!

NÃO PODEMOS COMPREENDER O QUE VAI DO ABSTRATO AO CONCRETO E MUITO MENOS O INVERSO DISSO, POSTO O SURREALISMO JÁ TER ENUNCIADO MAIS DE UM BILHÃO DE SINAPSES HÁ VÁRIAS DÉCADAS OU MILÊNIOS ATRÁS DE NÓS MESMOS...

RESTA SABERMOS QUE NA INFÂNCIA DE NOSSOS ENSINAMENTOS UMA CRIANÇA DEVE SABER MATEMÁTICA LÓGICA, MAS NÃO ESQUEÇAMOS QUE A ARTE É UM BOM CAMINHO PARA A COMPREENSÃO DESSA MESMA VERTENTE FILOSÓFICA...

UM LINGUISTA É COMO UM ECONOMISTA, POSSUI UM LABIRINTO QUE VAI DESDE O COMEÇO A UM NÃO TER FIM, ENQUANTO TODOS SE APERCEBEM DO DITO.

O ATRIBUTO PSÍQUICO DA LINGUAGEM TRANSCENDE, ATRAVÉS DE UM CAMPO SUBJETIVO E NÃO LÓGICO, QUALQUER SIMPLIFICAÇÃO INEVITÁVEL DAS FERRAMENTAS NEUROLINGUÍSTICAS.

NA LITERATURA O SUJEITO COM MUITOS PREDICADOS VENCE A MANTER UM COMO ESSENCIAL, DO PARTICULAR COMO PARTICULAR, PORTANTO COMUM, A SE DIZER, INEXTINGUÍVEL EM SIMPLES INTERPRETAÇÕES DO PENSAMENTO EXPRESSO: ISSO É A ARTE!

EM UMA EXPRESSÃO DO ESPAÇO RELATIVO HÁ UMA INFINIDADE DE SILOGISMOS INTRADUZÍVEIS A QUALQUER SUBLIMAÇÃO DA PRÓPRIA LÓGICA, VALENDO-SE A SEMIÓTICA EM SUA FALSA INDEPENDÊNCIA EXPRESSA.

PASSA-SE UM CRITÉRIO NA ALMA

Fazer um propósito da alma não requer experiência ímpar de algo
Que se faz em buscar na questão da existência uma premissa inviolável
Quando sabemos que tudo aquilo que gostamos na juventude
É uma afirmação quase efêmera em nossos versos mais maturados…

Assim que se dite algo do espírito, mas em vereda de luzes nada tíbias
Em que nos encontramos sólidos nos alicerces mesmos da vida!

Passa-se por vezes um critério na alma do encontro com nós mesmos
A que fossem outros quiçá em que no suposto do que estamos sempre
Nos tornamos quem nunca esperaríamos no nosso ser do mesmo encontro…

Quem dera fossemos adiante por um ritmo de andante caminhando,
Como em uma música sutil em que vemos a idiossincrasia de alguém
Nos lugares ermos de certas latitudes em que o próximo nos aproxima
Daquilo que queremos em plataformas da bondade, em que esta não feneça.

Pois que se faça algum verbo, que um olhar se cruze sem contendas,
Que lutar seja apenas tentar ver o amor com os olhos dignos em conceder
À força bruta aquilo que não queremos deitar no chão em complacências
Mas que se torne concreto o realizar, assim como erigir um sorriso sem sombras.

Uma arquitetura que se torne balcão de se repartir, um quinhão a mais na Terra
Do que supomos seja algo mais lindo nas fronteiras de uma querência
A ver que no diálogo de dois brilhe muito do que gostaríamos de um diálogo
Que seja algo a mais do que o brilhante sorriso de uma esmeralda no olhar!

Sabermos da humanidade, sabermos de uma febre em retocar um erro crasso
Em que nos vertamos da humildade pungente na esteira de um mundo convulso
É mais do que pensarmos que não gostamos de algo por isto ser claudicante
Na mesma certeza que enobrece a falta, na mesma razão que exalta o espírito!

Que palavras surjam com a intenção ipsum facto de enobrecermos a vivência
Do cotidiano de nosso caráter, a nos permitirmos a solidariedade gigante
Ausente dos sectarismos que por vezes nos inundam com os vinhos da orgia.

Pensar é pensar algo, pensar é mesmo a pena que escreve sem penar a vida
Pois que esta se apresenta dentro de inúmeros quadrantes de luzes
Em que porventura se possa apresentar uma questão sem limites
Mesmo àqueles que não acreditem na Verdade em surgirmos mais vivos…

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

OS ASSUNTOS E AS GENTES

          Abrir um espaço de texto para nos redimir às palavras talvez fosse um bom assunto enquanto parágrafo que comece a existência de uma ideia… Tantos são os assuntos da civilização, tantos são os conhecimentos que não pararíamos em um breve ensaio de dizer o que nos importa, mesmo que isso realmente o seja de vital importância. Talvez fosse melhor dizer que o digamos sempre, quando nos vier à cabeça algo de pertinência, dentro de qualquer espectro, visto as linhas se sucederem justamente quando clamam por seus espaços, nem que estes sejam nas claves de sol em que as andorinhas nos pousem entre os postes, nas fiações em que as árvores cedem seus outros espaços para que chegue a luz ao berço de viventes humanos. O espaço como assunto das gentes, um espaço que nos congregue, que nos admita, que não haja fórceps, e que sejamos aceitos como cidadãos, a quem quer que se nos apresentemos. Haja vista, somos pernas que caminham, somos braços que tecem a vida como ela é, nem que para isso tenhamos que admitir as nossas fraquezas, de humanas que são, posto não sermos heróis como admitem as versões sobre como seríamos com as faces mitificadas por vezes em erros históricos… A partir do momento em que atravessemos as nossas veredas por signos imantados da luz e o conhecimento de que por vezes caminhamos sem ela, nem que seja por ínfimos momentos, por cruciais que sejam, ou por uma vida quase inteira em que finalmente nos encontremos mais seres quando adultos idosos, meio que se descubra a vida, como um pano em que se levante o último ato para um recomeço, no teatro continuado e indelével do recomeço. Nisso que se diste o erro, ou que o ampliemos com uma lupa, para que o reconheçamos e possamos até reincidir ocasionalmente, mas com a gana de aprendermos finalmente que não é o caminho que nos leve a uma verdade mais consonante.
          Muitas são as questões de se viver em dignidade, e a associação com pessoas deste porte só vem a creditar mais acertos em nossas vidas, nem que tenhamos que admitir que certas veredas em diagonal se perdem quando não encontram mais o norte de nossas vidas. A integridade de um homem se dá no diálogo por vezes pontual que este encontra em suas referências, mesmos que o seja em partes algo ocultas, algo de segredo, quando aquelas nos envolva na plataforma da bondade, com bem diz o Gita: Bhagavad-Gita, a bem dizer, um livro assaz sagrado. É apenas uma referência do que se possa predizer de uma religião antiga, da Índia, do Oriente. Neste pequeno excerto, teço considerações a uma cultura que revela um conhecimento tão amplo da humanidade, dos planetas celestiais, que vira um ponto de vista algo contemporâneo mesmo, com a miríade de sons e imagens que possuímos de ciência sobre tal assunto. O grande livro Bhagavatam se revela imenso dentro do espectro em que nos apoiamos agora sobre uma sociedade que necessita de maiores luzes em suas compreensões da Natureza Divina. Um homem como Prabhupada sabia da necessidade atávica da inquietude do Ocidente, da urgência de uma vida mais espiritualizada, da importante senda em contemplação e atitude, uma confluência de vida mais condizente com os ditames espirituais, posto quiçá de escolhas dos indivíduos, mas de assunto igualmente relevante a quem busca por esse que é um dos aspectos existenciais relevantes no panorama de nossas sociedades. Aspecto único que sobreleva a existência do ser caminhante de nossas vidas… Haveríamos que saber de muito, de tudo o que nos cerca, realmente, de natureza dinâmica do próprio conhecimento: as técnicas que movem a sociedade, as relações humanas, etc. Dito isso, o espaço que se abre, mesmo dentro da natureza material, há de ser amplo, pois não que se dite o que há de se ser, mas que se amplie o leque da compreensão mútua dos seres, pois nós humanos não estamos isolados das outras espécies, e não é através de um tipo anacrônico de especiação que descobriremos o nosso entorno, em uma relação de maiores e mais importantes respeitos. Há inevitavelmente que sabermos de muito, caros amigos, há que se saber inclusive sobre o poder nas sociedades, algo além do conhecimento empírico, algo muito de ciência e, igualmente, o que a transcenda no mesmo modo, como ciência espiritual. Se nos abraçarmos em uma grande mescla de atitudes, assim de se dizer, como um tipo de comunhão e compreensão das idiossincrasias do próximo, teremos condições de diálogo com as frentes que nos inibem, por vezes com seus silogismos do caos e da agressividade sectária. Não nos tornemos sectários pelos parágrafos que se enumeram, pela análise fria de espelhamentos históricos, pois as coisas hoje são tão graves quanto a rapidez em que nada muda, mas em que muito de tudo se transforma, mantendo originalmente a mesma energia, mas mudando por vezes seu rumo a um andamento social destrutivo, que só supõe violência, facilitando os poderes beligerantes.
          Estamos em guerra no mundo, ou em muitas partes dele, e seus reflexos se sentem em muitos lugares dele, a ponto de perdermos noções elementares de direitos adquiridos pela humanidade depois de eras bárbaras, que tendem a retornar globalmente se não pensarmos sobre o assunto com mais atenção e discernimento, mais ternura e menos frieza lógica, pois a robótica no pensamento já vai virando com gerações futuras apenas de estímulos e respostas, a um condicionamento atávico e tão desconexo que dificultará muito o diálogo mais inteligente entre partes antagônicas, tornando cada vez mais complexa a possibilidade de tolerância entre os países do planeta. Posto que sejamos pela paz. Pela paz na Terra. Isto é uma premissa, em que os conflitos não sejam marcados por conflitos, mas que um debate entre os países e seus povos deem continuidade a que os que lutam por essa causa já não precisem se desgastar a uma exaustão, o tipo de situação em que aqueles que estimam pelo ato pacífico acabam por se contradizer com o ódio inflamado pela ação irresponsável de muitos segmentos da sociedade, tais como representantes, parlamento, governos, etc. Não se trata de um problema pontual, brasileiro, estadunidense, argentino, libanês, sírio, ou em síntese da simplificação de nações, algumas em convulsão extrema e outras em um tipo de vitimização de outros processos. Trata-se de uma energia que se expande no mundo, e que destrói, e outra de contemporização, cada vez mais rara entre trabalhadores e governos, amigos, nações, cônjuges, pais e filhos. A questão de nos apropriarmos de uma coerência no sentido de convivermos melhor entre todos, sejam as instituições, relações familiares, entre nações, etc, é deixarmos expandir a energia que construa no sentido de progresso real entre as forças que se debatem no sentido positivo para isso, mesmo em algumas dialéticas conservadoras, que emperram… Quando estivermos aptos a discutir a paz no diálogo interno de cada qual, independente de qualquer interação, compreenderemos melhor que ainda é possível que as forças da bondade entre os seres do planeta se dignem a saber que não é através da exclusão dos setores humanitários que estaremos avançando para uma situação melhor e mais apaziguada, com o respeito devido à Natureza, que apenas observa os caminhos da raça humana sobre ela...

domingo, 14 de agosto de 2016

EM SÍNTESE, A UM SISTEMA COM RETARDO, SERÃO CRIADOS CADA VEZ MAIS MONSTROS QUE SE REVELAM NO DECORRER DO OCASO DAS DEMOCRACIAS DO MUNDO QUE QUER EMERGIR, AO MENOS.

RESTA SABER SE O NÚMERO DE UMA PLATAFORMA LIBERTÁRIA VALE MENOS DO NÚMERO DE INFORMAÇÕES EM QUE NOS TORNAMOS POKEMONS NA CABEÇA DAS CRIANÇAS CRIADA PARA ELIMINAR SERES: ISSO SE CHAMA RETARDO DO SISTEMA!

AS GRANDES TELEVISÕES AGEM COM DOLO DE MANIPULAÇÃO SISTEMÁTICA DESDE A ORIGEM, DESDE A HISTÓRIA MESMA DAS EMPRESAS QUE AS SUSTENTARAM.

SE AQUELE QUE SE CALA NÃO FIZER O MEA CULPA DE QUEM ESTÁ AGORA NO PODER, SE É A FAVOR OU CONTRA, QUE SE REVELE A CRIATURA ANTES QUE O DEIXEM SAIR O MONSTRO DO LAGO NESS.

SABER QUE UM HOMEM CAVALHEIRO NÃO SIGNIFICA MAIS NADA À UMA SOCIEDADE, É PROVAR QUE A DECREPITUDE GENERALIZADA ALCANÇA ATÉ MESMO QUEM CUIDA DA ORDEM DESSES ESTRANHOS FATORES.

A VIDA EM ILUSÃO DA BURGUESIA QUE SE ACHA ESPECIAL RESIDE NAS FLATULÊNCIAS DE SEUS SEGREDOS MAIS ESCONDIDOS.

NÃO COMEMOREMOS O TÉRMINO DE NADA, NEM A CRIAÇÃO DE ALGO, POSTO MUITO JÁ TER SIDO CRIADO ANTES POR ALGUÉM DESCONHECIDO E O INÍCIO MANDA QUE TERMINEMOS COM AS ILUSÕES A PARTIR DE AGORA...

INSTALANDO O OFÍCIO DE INSTALAR

Quantos são nossos ofícios que os tenhamos em dia, em que, no suposto
Saibamos que não merecemos muito mais do que aquilo que não somos
Quando nos esquecemos que é do merecer o verbo amar a que se destina
Uma palavra de conforto àquele que não suprime o verbo conhecer…

Posto de merecimento que nos mereçamos, com clareza ímpar quando
Sabemos de saber sinceramente de nossos atos, com os quais somos sérios
Quando claramente vemos naquilo que julgamos de atrás na história
Com o poder que não temos, pois nunca deveriam permitir poder para isso.

A se instalar critérios nas cabeças vulneráveis é técnica antiga de persuasão
Quando não buscamos concretamente fincar o fraco em sua realidade
Dando as esperanças e prerrogativas a que se torne forte não em outra instância
Que não seja a própria tomada de consciência, e não alfarrábios fajutos…

Cada qual age em conformidade com seus interesses no mundo do capital,
Nada se dá se não for pela matéria crua da selvageria da espoliação
Em que os mais duros e cruéis com as suas ganâncias extremas criam
Obviamente os óbices a que todos quase sem exceção não sejam verdades.

Uma brincadeira tece o novo comentário do blog da mãe terra alguma outra:
Que sejamos mais complacentes com as misérias do próximo, mas que não
Permitamos que estes galguem mais do que permite a sua ignorância
Posto nosso verniz e nossa educação esmerada nos faz distintos da rude plebe!

Basta com isso de dizermos que somos superiores, pois na escola que estudamos
Não sabíamos sequer que era muito mais ínfima do que os países que nos exploram
E que as nossas salas de jantar possuíam certos candelabros de prata noventa
Que formaram restos da vida burguesa em que nos metemos na jaça de nossa joia.

Tece-se comentário, porque não urdir antiga trama circunflexa
Em que a pátria silencia os covardes a título de serem circunspectos
Na tíbia auréola de que estamos galgando o espírito, quiçá das Leis
Em que os homens partilham o jantar sem saber ao menos do sagrado!

ROTEIRO PARA 6 QUADROS

            Quadro primeiro, que aparecemos tantos nos quadros nas únicas vezes em que podemos quase nos conformar com algo, quando nem sabemos a que. Diversos quadros surgem da pintura ou de um roteiro, historieta, uma criação sem precedentes que nos preencha aqueles quadros vazios imantados do golpe nefasto. Os golpes que nos dão todos os dias, naqueles que os varões nem se situam, as fêmeas claudicam certezas, os pais querem apenas o melhor, mesmo que de dentro de suas máfias. A situação é algo jamais visto na história deste país, assim do tanto de um ridículo que nos faz falta um Chaplin. No roteiro, pessoas que passeiam, bem observado que não são as mesmas que passeavam, são outras, outras gentes. Ao fundo um mar imutável na sua mutabilidade eterna: que saibam que cresce nas marés, e os governos se sucedem a quesitos sem história como passistas de Napoleões meramente argutos na sua covardia. O roteiro quebra para outra cena, uma cena de um bar onde a cor vermelha é vista com desconfiança, no que se possa crer que haja oficialmente quase o veto a que se vista. Todos reunidos, um balcão, a corte de sobre plumas das gentes que se pressupõem retaguarda, mas segue uma outra cena de fundo como um olho de metal sintético em que não se cansam de se escorar, na sineta dupla de seus reflexos condicionados. A tudo vemos, a tudo sentimos, e a escora se baseia no fundamento convexo de uma relação de filho com o pai exterior: um mapa grande, um mapa de nosso país, mais encima, depois de uma tripa de terra pequena, passando pelo golfo, adernando em mais nortes, da ida e volta, do leste a oeste, mas que o roteiro não abraça, pois o roteirista não manja bem o idioma que querem tornar pátrio de um mundo já falho na sua decadência imperial. Aceitamos certos fatos assim que não nos atingem diretamente, mas esperamos talvez os pequenos golpes que seriam como atos que firam as instituições trabalhistas. Seria algo a se predizer, talvez seja esse o desejo, mas a maioria já finca mais a bandeira no bom senso, e muitos gostam da bandeira brasileira hasteada, não a meio pau para ver passar por cima a listrada. Se gostam do que ocorre no país, haverá um troco meio ingênuo de se pensar, pois os mesmos coadjuvantes do erro agora se empossam em fazer de corretas iniciativas a incorreção fraudulenta da imposição de meios de comunicação. Podem crer que o roteiro continua, mesmo que a partir do título já se encontraram mais sete em cada quadro, e antes de terminar a soma na calculadora dos condomínios, viram sete na proporção de 1,7 vezes mais sete, em que a vírgula esta, proporciona... Suficiente é a programação inteligente, outrora aproveitassem melhor, e claro está que a escola de economia retrógrada consegue ser conservada na mediocridade de sua incompetência.
            Vemos nações que convivem com os sistemas, ou outros que quase convivem bem com as nações. Há de ser um tudo? Côncavo? Convexo? Nada mais, pois que na compreensão da latitude esta do mesmo trabalho em que o povo brasileiro se propôs na tomada de sua consciência para melhorar – incluso – as suas relações com os colegas de categorias e compreensão das diferenças classistas, leva até mesmo o fascismo a observar melhor e igualmente compreender o que foi a Itália de Mussolini, e como um freio obscurece as visões quando transforma o que era no que jamais há de novo no antigo, posto a revolução tecnológica já fazer parte do cotidiano não apenas das estruturas de dominação, mas nas brechas salutares da livre expressão, em que a filosofia pode agora brotar sem fronteiras pelos mundos, em que uma mensagem não iniba, mas acrescente no mensageiro e no coletor dos sinais dos tempos a função máxima que possuímos enquanto missionários internacionais que é trazermos ao nosso cenário latino-americano a questão dos direitos humanos como sustentação inequívoca da segurança de nossas instituições democráticas e a sua manutenção enquanto obra de seres humanos cônscios dessa nobreza de caráter. A partir disso saberemos escutar o próximo, saberemos e teremos estruturas para combater preconceitos, lutaremos por uma saúde cada vez melhor, ampliaremos a visão dos estudantes e sua compreensão que não se veta, posto universalizada pela tecnologia e presença dos nossos heróis: os professores. Tantas e tantas vertentes seriam válidas para elucidar melhor as questões sociais, que a divisão da sociedade entre o ódio e a camaradagem, só resta optarmos pela segunda opção, pois é camarada quem pensa em um país melhor para todos, e enquanto nele existirmos com essa predisposição de espírito, seremos mais e seremos melhores: ao nosso entorno e em nós mesmos! A troco de sabermos o que é resistir a essa enferrujada e gelatinosa lesma em que se encontram os nossos parlamentares resta sermos mais rápidos, não vamos jogar sal encima, vamos deixar entupir as janelas, espremida em seus toscos contextos... Preparar uma sólida eleição de bons representantes populares, traçar na arte o que há de se prosseguir enquanto artistas, na confluência das ideias, nas mesclas filosóficas, sabermos diferenciar quais são as ferramentas das quais dispomos, os espaços que teremos que criar, mesmo em relativas áreas, a comunicação como emblema do diálogo e da abertura ideológica: a resistência em si, não se chama resistência, chama-se descer de nossos pedestais enquanto líderes de algo, enquanto portadores de um talento, enquanto velhos com experiência e ainda fôlego, enquanto estudantes com sua capacidade vital de entusiasmo por algo decente, será um modo de parecermos mais com um país, a se recuperar as relações internas que possuímos com nós mesmos e com qualquer quadrante que se nos apresente...
            A princípio, se preenche o roteiro. Algo maior desponta. Algo de classe. Algo de gente. Não são algumas décadas de meses que derrotam as conquistas já adormecidas e sedimentadas de anos e anos de boa atuação democrática. A questão do poder sempre é relativa nos países do Cone Sul. Pensemos como diversos cones: um mais fino, outro mais leve, outro de chumbo, o de borracha que delimita o trânsito, ou seja, pensemos no agora, como na praça grega – Ágora – em que se discutia o andamento da democracia a partir dos pressupostos filosóficos e poéticos dos mitos que se tornavam reais. Somos muitos aqueles que despendemos esforços em nossa bondade na luta pela maioria. A emancipação de um Estado se faz também na ação horizontal, na rua, na escola, na fábrica, na construção, na terra e na esperança.

sábado, 13 de agosto de 2016

ARTE MONUMENTA

Arte que move, algo futuro, de non sense, não pátria que não dista
Mas que pretende algo, se não for de nenhum interesse é melhor
Posto que não transcenda o hólos, mas que pretende sim sempre
De qualquer modo ser vista na compreensão dos olhos que veem...

Arte que movimenta o ser simpático de seus neurônios
A um cerebelo motor de robótica japonesa em seus pokemóns
Que versam a busca de buscar, frente a que não vejamos a arte
Que não claudica posto ser, de fronte que ilumina as gentes...

De um manifestar futuro que não se manifeste tanto, posto um Dadá
Que não suplanta o fumo de um fumar do tabaco legítimo
Em que o artista escaneia seus versos no patibular engano social
De estar a parte de quase tudo, a depender que conquiste o equilíbrio...

E a arte substabelece rigores, plantifica, planeia, semeia quiçá verbos
Quando nos dispomos a exercer uma planilha algo delicada
Em que o artista se mescla com números, a saber, de um algo que não diste
Do que antes não fosse informação, mas que em seu traço traduz luz!

A ver, que não dispomos de todo o tempo se pensarmos na arte útil
Mas que o tempo é eterno quando encontramos nada a fazer de arte
Em si, que esta gera o recrudescer de uma sombra em suspensão
Quando de coloidal somos viventes reclusos em uma mesma poça.

Quando se dita uma arte, que esta seja profunda a si mesma de dizer
Que a semelhança com outra se prediz no tempo, e algo de novo
Verte não a significância do novo, mas prediz que seremos de novo
Os partícipes de uma quebra nas estruturas acomodadas dos conceitos!

Seremos algo gigantes se fizermos uma lição de casa valiosa
Em que não suprimamos ajuda a quem necessita, valia essa de estima
No pressuposto de rimarmos a própria semântica dos versos preciosos
Com os tercetos existenciais de um homem, ou duetos de uma mulher...

A se dizer que se possa que a arte seja imensa enquanto seja no contentar
De um palavra que seja, de um objeto sem valor, de uma pedra no mar
Da vida imensa que é navegarmos sabendo que temos por companhia
Os sentires de nossos poros, a predominância inequívoca do criar...

Algures faríamos talvez distinto, mas é no conveniente o se permitir
E que o seja no convir do convier, pois é no convés que vemos
Que a nau trafega no mar em que as tintas e o nanquim sobrenadam
Sobre os traços inquietos de um anônimo expressar de um artista.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

POR VENTURA UM ENCONTRO COM BAGAGEM

            Prabhupada, em sua bagagem, o Bhagavatam... Abrisse passagem, de Jaladuta, o barco, para o mundo, e sua esteira espiritual algo complexa a se compreender de rompante. De um santo, um verdadeiro santo do século XX. Quiçá muitos não aceitassem o fato, da remissão da renúncia, da gana com fortaleza em traduzir, aos setenta anos, os dezenove livros e seus doze Cantos. A bagagem de um mahatma, algumas rúpias em seus bolsos, uma máquina de escrever, um baú, uma deidade, mrdanga e pressupostos indizíveis de religião autêntica, vinda da mais remota Índia e seus antepassados históricos de uma civilização voltada à realização espiritual... Que não se negara o Cristo, que não se negara o Judaísmo, a religião Maometana ou quaisquer outras, mas que trouxesse Krsna à luz, a uma frente em que resguardemos tesouros e crenças, de Brahma à Visnu. Há que se ter a coragem, mas que uma coragem que transude a fé em estarmos sabendo de trajetórias como essa. Da Índia e seus templos à Nova Iorque conturbada nos anos sessenta.
            Carreguemos com simplicidade as nossas bagagens, como um tipo de substrato do nosso querer, um pouco daquilo que somos ou não, que não olhemos muito para trás, mas que saibamos da história que por vezes não nos contam, ou que não aprendemos, sem que para isso deixemos de buscar por tudo: a vida espiritual, nosso erguer na reivindicação de nossos atos, em sabermos igualmente que nada será um ultimato a não sermos, ou aqueles que nos ditem o modo de ser, não obrigatoriamente o sejamos... Desde que sejamos obedientes à Lei, saibamos que portar-se bem é sinal da paz entre irmãos ou amigos, entre aqueles que se dizem nossos inimigos por termos uma opinião filosófica, em um exemplo algo cabal, mas que tendem a recuar quando dizemos da questão do que é ser um rival, do que é uma contenda fútil, do que são energias não renováveis da competição desmedida e da disputa por poderes, muitas vezes escusos por própria e inequívoca natureza...
            A paz não há de ser um fardo, pois enquadrar algo ou alguém com pressupostos de origem preconceituosa, não apenas racialmente, mas de modo factual, apenas revela o esforço contrário para que permaneçamos em um grande litígio. Talvez saibamos que há muitos interesses no mundo, mas a paz deve ser a argumentação logicamente mais forte para fazermos ver aos olhos das sociedades e seus povos que não pode haver mais espaço para guerras, pois à atitude beligerante só surgem mais e mais conflitos. A Paz deve ser recorrente, deve ser a sombra que nos una por sob as árvores, deve ser o destino e a origem, para que o caminho se torne imantado desde seu princípio, e que leiamos nos capítulos da história onde erramos para que os diálogos sinceros e amistosos devam ser pronunciados sem o temor de que – para parafrasear estranho paradoxo – falar sobre a paz ela mesma como princípio e fim não seja compreendida por aqueles que fabricam as guerras. Estes talvez não compreendam nunca, pois a paz não os torna ricos e poderosos...

domingo, 7 de agosto de 2016

O MUNDO SÓ PASSARÁ A SER MAIS JUSTO SE HOUVER EFETIVAMENTE UMA MELHOR DISTRIBUIÇÃO DE RENDAS, SE OS BANCOS FOREM ESTATIZADOS, POR EXEMPLO, E O DINHEIRO REVERTIDO PARA A POPULAÇÃO DO PAÍS EM QUESTÃO.

CAROS, SE VOCÊS ESTÃO COM ALGUÉM, UMA FELICITAÇÃO PELA NOTÍCIA QUE ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO, SOLITÁRIOS OU ACOMPANHADOS, POIS QUE VIVA O AMOR.

QUEM DERA CONHECERMOS ALGUÉM QUE NÃO NOS CONHEÇA E PASSE A CONHECER A PARTIR DO ZERO, NA HISTÓRIA SINCERA DE UM RELACIONAMENTO SEM TABUS DE COMPARAÇÃO HISTÓRICOS...

DE PASSAGEM PODEMOS ESTAR POR AQUI, MAS QUE UMA PASSAGEM DE ÔNIBUS DE UM PONTO A OUTRO PODE SIGNIFICAR APENAS UM PASSEIO QUE NOS FAZ BEM ENQUANTO CIDADÃOS PRESENTES NA CIDADE.

PASSA SEMPRE PELO ARREPENDIMENTO DE UM MORTAL ALGO QUE NÃO SE PASSA NA CABEÇA DAQUELES QUE SE CREEM MAIORES DO QUE O PRÓPRIO TEMPO QUE TUDO DEVORA.

AQUELES QUE SÃO ANALFABETOS E RECITAM DANTE OU HORÁCIO PODEM SER MÉDIUNS, MAS TODO AQUELE QUE ESTUDOU EM TODA A SUA VIDA PODE SER ALGUÉM COM UMA OPINIÃO ALGO SATISFATÓRIA, NOS TEMPOS DE HOJE, ONDE A GENIALIDADE PASSA POR UM INSIGHT DE ORQUESTRA DE 10 SEGUNDOS.

UMA IDEIA QUE É REFERENCIADA POR OUTRA NUNCA SERÁ AUTÊNTICA COMO ALGO REVOLUCIONÁRIO... NÃO HÁ MAIS DARWIN, MARX, OU EDSON.

SAIBAMOS QUE TUDO O QUE GIRA NA REDE, MESMO EM SE POSSUIR TECNOLOGIA PRÁTICA DE UM BLOGGER, SE TORNA VISÍVEL A QUEM QUER QUE SEJA, MESMO QUE NOS TORNEMOS INVISÍVEIS PARA VIGIAR O PRÓXIMO...

MUITO DO CONHECIMENTO VEM DO CRIADOR, MAS HÁ HOMENS QUE CRIARAM MUITO SEM PENSAR NECESSARIAMENTE NESSA QUESTÃO.

NAS AMOSTRAGENS DE UM FILME SAIBAMOS QUE TUDO O QUE VEICULA QUE A INTERNET É SUPERIOR AOS LIVROS DEMANDA QUE NOS TIREM O CONHECIMENTO QUE SERÁ LIVRE, A SABER, DAS FONTES QUE AINDA GUARDAMOS NA HISTÓRIA QUE TEIMAM EM OCULTAR.

RESTA SABER A NÓS MESMOS QUE SE FICAMOS EM SILÊNCIO PARA PRESERVAR O QUE CHAMAMOS DE CONHECIMENTO, EM CONTRA PARTES PODERÍAMOS SAIR DO SILÊNCIO PARA SOCIALIZAR O QUE SABEMOS ÀQUELES QUE SE DISPÕE A CONHECER, DISTO INCLUSA A SOCIEDADE COMO UM TODO.

EGO FALSO É DEIXAR DE LUTAR PARA DEFENDER A CLAUSURA DE INTERESSES QUE SE TORNAM HOSTIS A SI MESMOS QUANDO TEMOS QUE ESTABELECER CERTOS MOMENTOS FECHADOS PARA SOBREVIVERMOS AO STRESS EM QUE SE TORNA O COTIDIANO DE NOSSAS VIDAS.

POR QUE NÃO TIRAMOS A PROVA DOS NOVE E CONSAGREMOS AOS MOVIMENTOS LIBERTÁRIOS REAIS E FACTUAIS NA HISTÓRIA DAS NAÇÕES AS PÁGINAS QUE DEIXARAM EM BRANCO NO DECORRER DAS FARSAS?

RESTA SABER QUAL É A MELHOR TIRADA DA HISTÓRIA: AQUELA EM QUE NOS OCULTAMOS DOS OUTROS, OU AS QUE OCULTAM DE SI MESMOS...?

sábado, 6 de agosto de 2016

HÁ UM VELHO NA MINHA ALMA QUE BRINCA COM UM GURI DESCALÇO QUE TATEIA A INCERTEZA... QUANDO OS DOIS SE ENCONTRAM, UM DIZ AO OUTRO PARA NÃO IREM AO MAR, POIS SE TORNA MAIS SEGURO CONSTRUIR UM CASTELO NAS AREIAS...

NÃO É MAIS QUESTÃO DE DIREITA OU DE ESQUERDA, MAS DE SER PATRIOTA OU NÃO, POIS A PROVA DISSO SÃO OS EUA QUE DEFENDEM SEUS INTERESSES E JAMAIS PERMITIRIAM SER COLÔNIA DE OUTRO PAÍS!!

POIS QUE HAJA GUARNECIMENTO DE NOSSO ESPÍRITO, MAS O CERTO É QUE NEM TODOS OS QUE LEVANTAM ÀS QUATRO PARA PEGAR UM ÔNIBUS LOTADO, TRABALHAR 10 HORAS E DORMIR, PARA DEPOIS TRABALHAR, E DORMIR, ENCONTRARÃO TEMPO PARA FAZER UM RELAXAMENTO OU QUALQUER TIPO DE MEDITAÇÃO, POIS ALÉM DE TUDO RECEBEM APENAS PARA CONTINUAR A SUA LUTA SEM TRÉGUAS...

FINALMENTE, O QUE A POESIA DESEJA É QUE AS CASAS SE TORNEM IRMANADAS, QUE O PAÍS COMO O NOSSO SE MANTENHA EM PAZ, MAS PARA QUE HAJA A PAZ TEMOS QUE NOS APROXIMAR DA REALIDADE, DO QUE ESTÁ CERTO E DENUNCIAR PARA TODOS OS AMIGOS DE OUTRAS NAÇÕES O QUE SE PASSA INJUSTAMENTE COM A NOSSA DEMOCRACIA, POIS ESSES OBSERVADORES EXTERNOS TÊM POR OBRIGAÇÃO ÉTICA LEVAR ADIANTE A QUESTÃO DO POVO BRASILEIRO!

NÃO SE ASSUSTEM, COLEGAS DOS OBSERVATÓRIOS, SÃO APENAS CONFISSÕES DE ADOLESCENTE DE 50 E PICO ANOS...RS

ARTE POPULAR, DO NOSSO CHÃO, É O POVO... QUE DÁ A DIREÇÃO. (BETH CARVALHO)

POR VEZES UM MARAVILHOSO VARAL DE CORDEL É MUITO MAIS RICO EM ARTE DO QUE A BIENAL.

SE UM HOMEM TEM O PAPEL DA VISIBILIDADE, QUE O FAÇA, QUE NÃO BUSQUE MENTIR, NÃO BUSQUE TRAZER À TONA OS FANTASMAS QUE ASSOMBRAM A VIDA PACATA, BLINDADA E SEGURA DE TODOS, MAS QUE MOSTRE QUE UM CIDADÃO MAIS POBRE TEM O DIREITO DE FREQUENTAR O SHOPPING E VIAJAR DE AVIÃO, COISAS QUE SÓ ACONTECERAM GRAÇAS AO GOVERNO ANTERIOR.

INFELIZMENTE, QUANDO TOMAMOS O PARTIDO DA PAZ MUNDIAL, SOMOS VULNERÁVEIS QUANDO DENUNCIAMOS OS CONFLITOS, DE ONDE SURGEM E PARA ONDE PRETENDEM IR OU CONTINUAR.

O ÚNICO MOMENTO EM QUE A POESIA SE TORNA FELIZ É QUANDO SABE QUE OS HORRORES QUE A OTAN COMETE EM OUTROS PAÍSES AINDA NÃO CHEGOU NA AMÉRICA LATINA, MAS COMO PREDISSE HEGEL, UM CONFLITO ENTRE O NORTE E O SUL SE AVIZINHA, NEM QUE O SEJA NOS GOLPES QUE DEFLAGRAM EM NOSSAS FRÁGEIS DEMOCRACIAS.

SE ALGUÉM SELECIONA ALGUM SER, SAIBA QUE NAS MAÇÃS PODRES ESTÃO PARTES MAIS DOCES E DELICADAS...

A REALIDADE É QUE NÃO AUSENTEMO-NOS DESTA, QUE OFERECE O CAMINHO DAS PEDRAS PARA POUCOS, ENQUANTO AOS MENOS FAVORECIDOS OS ALCUNHA DE MASSA IGNÓBIL.

NÃO SOMOS MELHORES POR SERMOS MAIS INTELIGENTES DO QUE OUTROS, POIS ESTES POR VEZES NÃO DESENVOLVERAM NA ESCOLA PORQUE ESTA FALTA COM RECURSOS QUE O MUNDO CAPITALISTA CRIOU APENAS PARA OS RICOS E PRIVILEGIADOS.

A VIDA DE UM SER EM SI PODE SER MAIS FECUNDA DO QUE OUTRA, NEM QUE ESTE SER SEJA UM CAMPONÊS RUDE, OU QUE O OUTRO SEJA UM GÊNIO DAS FINANÇAS.

NENHUMA OBRA DE FICÇÃO SE APROXIMA DA FILOSOFIA COMO ESTA É, MESMO QUE ESTA SE APROFUNDE EM QUESTÕES RELIGIOSAS, QUE PASSAM A SER CONCRETAS NA FÉ DE CADA QUAL, SEJA UM CRISTÃO, HEBREU OU MAOMETANO.

NEM UM FILME É REAL, MESMO UM DOCUMENTÁRIO MOSTRA A REALIDADE NA VISÃO DE SEU DIRETOR, COMO PEÇA DE PUBLICIDADE VERTE NO ESPAÇO DA MÍDIA SEMPRE ALGUMA MENTIRA QUASE INEVITÁVEL: NADA DISSO É FATO.

POR VEZES OS CAMINHOS QUE ESCOLHEMOS NOS COLOCAM FRENTE A FRENTE COM O PARADOXO DE COMPREENDERMOS, MESMO DENTRO DE NOSSAS CRIADAS RETAGUARDAS, QUE ESTAMOS EM ERRO...

TABU E PRECONCEITO

Que se distancie a palavra que não tecemos de uma juta ou linho cru
Em que o sentido de nossos destinos não esqueça a vírgula de mapas
Quando nos ressentimos, em serviço, que não queiramos enxergar
A falta de humanidade cravada na soberba quiçá então ancestral...

A ver que o mundo revela por vezes na competência humana o vil,
De uma incompetência revelada no humano, qual seja, sejamos decentes
Ao olhar para os erros a fim de que não os cometamos repetidamente
Quando de uma moralidade cabal e necessária tem que sobressair no espírito!

Temos em mente tabus, condições, comportamentos retos, a íntegra
De certos princípios que naveguem nas mesmas condições de outros
Que largamente se empenham em desenvolver de suas práticas e intenções
O comedimento assaz importante na esfera do que prometemos em infância...

Prejulgamentos não nos cabem em nossas assertivas mais leais à ordem
De fatores que em reflexos somos tentados a cometer, mas que isso leve
A uma plataforma mais complexa de sabermos que os mesmos atos reflexos
Significam por vezes a mesma condição de estarmos em ampla e justa defesa.

Resta sabermos de táticas outras que surpreendam a nós mesmos pela verve
Que pulsa em pensamento veloz, na inteligência que nos blinde do preconceito,
Que nos faça ver com olhos transparentes da arguição máxima a que um superior
Mostrará por vezes que aprende com o aprendiz a técnica do se bem portar no solo.

Assim nos verão como atores consubstanciados no padrão de bem cometimento
Quando nos tornamos seres em respeito mútuo e mesclarmos as certezas que pensemos
Naquilo que de mais interessar possa com relação ao entorno mais claudicante por vezes
Ou finalmente no maior pensamento em ação que podemos manifestar, o da sinceridade.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

HÁ QUE SE INVESTIGAR AS ORIGENS DE UM PROBLEMA, CASO A CASO, E ENCONTRAR SIMILARIDADES ONDE ANTES NÃO PROVARÍAMOS QUE A TREMENDA IGUALDADE DOS FATOS NOS FAZ TITUBEAR PERANTE EVIDÊNCIAS CABAIS.

SE NEM TUDO RELUZ, QUE ENCONTREMOS NA PLATAFORMA DE VIDA DE UM SOLITÁRIO ALGUNS MODOS DE SE ESTABELECER A VERDADE.

UM TALO DO COQUEIRO PASSA AO LARGO, FREMINDO EM SUA POSIÇÃO, A UMA TOUÇA DE BAMBU, NA ESPERA QUE SE PASSE ALGUÉM COM UM CELULAR QUE VERTA LUZ AO MENOS NA FACE ESPELHADA EM QUE SE VÊ, ENQUANTO NA PRAIA OS PEIXES PIPOCAM NA LUZ NOTURNA DA LUA, NOS SEUS CARDUMES DE CONTENTAMENTO.

A TÍTULO DE INTERESSE, QUE NOS REMONTEMOS A DIAS QUE FORAM MELHORES EM ALGUNS ASPECTOS, E QUE HOJE BUSQUEMOS POSITIVAMENTE OUTROS ASPECTOS QUE MELHORARAM, QUE SEJA, UMA TOMADA DE CONSCIÊNCIA, UM FAROL NOTURNO, O SIGNO DE LUZ, A VEREDA DIAMANTINA DA PAZ!

A VERTENTE QUE NÃO PASSA EM NOSSOS NÓS EXISTENCIAIS REVELA MUITAS VEZES UMA INDIFERENÇA INDIGESTA, MAS O DIÁLOGO QUE NOS IRMANA PASSA AO LARGO DE OBSTÁCULOS ONDE APARENTEMENTE CIRCUNDAMOS PARA CONSAGRAR UMA ATITUDE DE PAZ.

TEÇO CONSIDERAÇÕES A TODOS OS COMPANHEIROS QUE ESTÃO EM DURA EMPREITADA PARA RESISTIR A UM GOLPE NO NOSSO PAÍS, GOLPE ESSE EM QUE MUITOS SE CALAM POR NÃO SE PERMITIREM EXISTIR ENQUANTO CIDADÃOS EXPRESSAMENTE LIVRES.

AQUI TEÇO UMA CONSIDERAÇÃO A UM NEGRO CHAMADO ZUMBI QUE CONSAGROU A TODOS O PERFIL DA RESISTÊNCIA AO HOLOCAUSTO ESCRAVAGISTA, MOSTRANDO AO MUNDO QUE OS MELHORES E MAIS AUTÊNTICOS RESISTENTES SÃO AQUELES QUE NÃO TEMEM JAMAIS, POSTO A LUTA SER MAIOR DO QUE TUDO ISSO.

AQUI TEÇO UMA HOMENAGEM A CHICO MENDES, O HEROICO SERINGUEIRO REVOLUCIONÁRIO ASSASSINADO POR SEQUAZES PAGOS PELO LATIFÚNDIO!

AQUI TEÇO UMA HOMENAGEM A DILMA ROUSSEFF, UMA OUTRA RARA MULHER DE CORAGEM, BARBARAMENTE TORTURADA POR HOMENS MONSTRUOSOS E QUE RESISTIU AO CÂNCER BRAVAMENTE, NUNCA ENTREGOU UM COMPANHEIRO E MOSTROU SER UMA GRANDE ESTADISTA. ESSAS MULHERES, ASSIM COMO MUITOS HOMENS, FAZEM PARTE DO QUE É SER REALMENTE RESISTENTE A UM REGIME NEFASTO. QUALQUER CONTESTAÇÃO A RESPEITO É OBRA DE FASCISTAS.

AQUI TEÇO UMA HOMENAGEM A OLGA BENÁRIO PRESTES, ENTREGUE AO NAZISMO DE HITLER NO GOVERNO VARGAS, A SABERMOS QUE HÁ PRATICAMENTE NENHUMA MULHER COM TANTA CORAGEM HISTÓRICA E REVOLUCIONÁRIA COMO ESSA DEUSA O FOI EM SEU TEMPO. QUALQUER CONTESTAÇÃO A RESPEITO DE SUAS VIRTUDES É UMA REEDIÇÃO DO FATALISMO E SECTARISMO POLÍTICO FASCISTA.

HÁ QUE SE VER NA PLATAFORMA DA BONDADE A DIMENSÃO ESPIRITUAL DE UM SER, QUE TODOS ELES SÃO ESSENCIALMENTE BONS, E É NESSA BONDADE QUE ALGO FRUTIFICA...

NÃO SE TRATA DE DIZER ALGO COMO SE PODERIA UM DIA AMAR, OU PLANEJAR COMO UM HOMEM SE ENCONTRA COM UMA MULHER, MAS AS GUERREIRAS QUE MOSTRAM SEUS SENTIMENTOS POSSUEM A VIRTUDE DAS HEROICAS MULHERES DO MUNDO.

AO FALARMOS DE REDES QUE ALIMENTAM OS OLIGOPÓLIOS MIDIÁTICOS SEM SABEREM SE QUEM TECLA UMA VEZ JÁ PENSOU EM REVER SEUS MUNDOS ONDE A PISCINA FICA SEMPRE COBERTA PELO CIMENTO.

NÃO HÁ COMO MOVER A RODA DA HISTÓRIA, POIS VÃO DAR AS NOVE DA NOITE E A AUDIÊNCIA TENDE A CLAUDICAR, MAS QUE SE MOVIMENTEM OS QUE ESTÃO REUNIDOS NA PAZ DA CONCRETUDE, POIS NESTA NÃO HÁ PSEUDO REDES QUE RESISTAM...

SE A COISA PEGA, QUE SE PEGA A COISA QUE PEGA, E COISADA FICA ESPERANDO SAIR DE SUA PRÓPRIA JAULA DESCONEXA QUANDO OUTRA COISA QUE SE CAPTURA FICA AO LADO DE SEU IGUAL.

A VER QUE DO SONHO DA POESIA SURGE UMA PALAVRA, E FALAR SOBRE ALGO, CRIANÇAS, É DIZER MUITO DO QUE VOCÊS JAMAIS ACREDITARAM EM APRENDER EM SUAS INFÂNCIAS.

QUE SIGA A AMOSTRAGEM COMPLETAMENTE CORRETA DA IMPOSIÇÃO DE UMA REDE QUE NÃO CONDIZ COM ALGO DE REDE QUE SUPLANTA A REDE DESCONEXA DO PROGRAMADO HISTÓRICO DE ANTE MÃO.

QUEM VÊ A BELEZA DO NÃO VISTO JAMAIS SABERÁ MAIS DO QUE AQUILO QUE NUNCA VIU PORQUE NÃO QUIS FAZÊ-LO POR RECEIO DE QUEBRAR SEUS PRÓPRIOS CONCEITOS.

UMA MEGALÓPOLE DA CHINA POSSUI MAIS POTÊNCIA DO QUE DEZ NOVA IORQUES.

QUE A ÍNDIA NOS REMETA, QUE NOS REMETA O JAPÃO E A CHINA, A INDONÉSIA E O PAQUISTÃO, QUE SEREMOS SEM FATOR NEM CAUSA A ORIGEM DO DESTINO.

COMO RECUSAR A QUE TODO UM ORIENTE ORIENTE A ORIENTAÇÃO DE QUE SOMOS TODOS OS MESMOS NO PLANETA, POIS QUE BASTA A QUESTÃO NUMÉRICA, E NÃO A QUESTÃO CARTESIANA DO BEHAVIORISMO TÃO PUNGENTE NA OCASIÃO DE NOSSOS PSEUDO SENTIMENTOS!

PRABHUPADA DIZ A ALGUÉM QUE CANTE O MAHAMANTRA, A QUE KRSNA SEJA ALGO MAIOR DO QUE O ESTÍMULO E RESPOSTA CIENTÍFICO.

A TÍTULO DE AMOSTRAGEM, TODOS AQUELES QUE LUTAM POR MAIORES INSERÇÕES INCLUSIVAS NO PANORAMA SOCIAL MERECEM O RESPEITO DOS CONCEITOS QUE REGEM A QUESTÃO DA DEMOCRACIA NO MUNDO.

INFELIZMENTE NA GRAMÁTICA DO GOLPE HÁ INÚMERAS LETRAS QUE NÃO SE ENCONTRAM MAIS EM SEUS PRÓPRIOS SIGNIFICADOS, SEM CONCATENAÇÃO E SEM SINTAXE, APENAS O MODO DE TEREM SIDO COADJUVANTES DA MESMA FARSA QUE TORNA-SE EMBLEMA DE VERGONHA NA HISTÓRIA DE NOSSO PAÍS.

A GRAMÁTICA DO GOLPE MANDA QUE HÁ APENAS UM SUJEITO COMPOSTO, ENTRE MÍDIA E CONGRESSO, UM ADJETIVO QUE NÃO PRECISAMOS CITAR, E A FARSA, COMO A PARÓDIA DO PRÓPRIO VERBO.

SABEREMOS DA IMPORTÂNCIA DA VIDA QUANDO NOS APERCEBERMOS QUE É DELA QUE SURGE ESTA...

O ENGAJAMENTO PODE SER PERTINENTE SE PEGAMOS UMA GRIPE E NÃO CONSEGUIMOS, DEPOIS DE UMA FILA DE TRÊS HORAS NO FRIO, ENCONTRAR OS MEDICAMENTOS NECESSÁRIOS: HÁ QUE SE DIZER AFORA, A HEMODIÁLISE E ETC...

CANTAR UMA FRASE PODE SER ALGO QUASE PROFÉTICO, MAS QUE O MESSIAS JÁ VEIO E REITEREMOS ESSA QUESTÃO, POIS DOS HOMENS QUE SOFREM MUITOS CARREGAM A CRUZ DA DOR DO PRÓXIMO, E ESSES SÃO GRANDIOSOS POR SABEREM QUE NEM TUDO NO MUNDO EM QUE VIVEMOS SÃO FLORES, E É NA RUA QUE SABEREMOS ENCONTRAR UMA FACE HUMANA, MESMO COM TANTOS OS LITÍGIOS E EQUAÇÕES DIFÍCEIS EM NOSSAS VIDAS.

O ATIVISMO PELA PAZ PASSA OBRIGATORIAMENTE PELA DENÚNCIA DAS GUERRAS DEFLAGRADAS INJUSTAMENTE.

NÃO HOUVE DOLO, TODOS OS OBSERVADORES NACIONAIS E INTERNACIONAIS O SABEM, HOUVE O GOLPE BRANDO - COMO DIZEM - E AS TELEVISÕES AGORA TENTAM MOSTRAR UM PANORAMA ATRAENTE DO FRACASSO EM QUE SE METERAM, EM MAIS UMA PÁGINA EM BRANCO VIRADA NA NOSSA HISTÓRIA, ONDE OS PROTAGONISTAS DESSE ATRASO SE ESCONDEM ATRÁS DO CHOUVINISMO DE SUAS HIPOCRISIAS E IRONIAS.

NÃO HÁ QUE FICAR FELIZ EM RETIRAR UM PROFISSIONAL DA SAÚDE DE SUA FUNÇÃO, PRINCIPALMENTE QUANDO ESTA É EXERCIDA EXEMPLARMENTE, HÁ QUE SE FICAR TRISTE EM SE VER UMA POPULAÇÃO SEM ESSA MEDICINA.

O SUS HÁ QUE PEDIR PASSAGEM, POIS AINDA É O TRUNFO DO ATENDIMENTO UNIVERSAL DA SAÚDE NO BRASIL. AFORA SEUS CUIDADOS E REFORÇOS E APORTES FINANCEIROS É ATRASO DAS AUTORIDADES QUANDO IGORAM SUA VERDADEIRA IMPORTÂNCIA.

FREUD É O TRONCO, OS RAMOS SÃO OS PSIQUIATRAS E AS FOLHAS SÃO OS PACIENTES.

A PSIQUIATRIA UNE A CURA ESPIRITUAL COM O HUMANISMO DA CIÊNCIA DOS MEDICAMENTOS, E QUANDO DE COMPETÊNCIA CABAL RESSURGE POR VEZES DE UM HOMEM A ESPERANÇA DE VÁRIOS...

DEVEMOS TER UMA SAÚDE REVITALIZADA EM TODOS OS GRAUS, PREENCHIDA EM TODAS AS LACUNAS, GUARNECIDA EM TODOS OS MEDICAMENTOS, REFEITA EM TODO O SEU HUMANISMO, CONCRETA EM TODA A SUA ARTE DA CURA!

QUANDO SOUBERMOS QUE UM ENFERMO NÃO CAI EM VIRTUDE DE SUA ENFERMIDADE, SABEMOS QUE A BOA MEDICINA SE ERGUE E TRATA DESTE, SEJA POBRE OU RICO...

É VIVO O CAMINHO DAS ROCHAS, TANTO DE TANTOS CAMINHOS QUE O MAR INFINITO SE DEBRUÇA EM SUAS AREIAS QUANDO BEIJA OS PÉS DAQUELAS...

O TEMPO EM QUE JOGAMOS UMA SEMENTE EM UM MAR CALMO DEPENDE, A QUE JOGUEMOS OUTRA, DO ESPAÇO E TEMPO INFINITO A QUE AS ONDAS SE PROPAGUEM.

A SE AGREMIAR NASCEM OS SONHOS, A SE PARTIR NASCE A SAUDADE, E PORQUE POSSUÍMOS A SAUDADE QUEREMOS MUITAS VEZES SONHAR...

POR VEZES NÃO POSSO ESTAR ONDE GOSTARIA, MAS COMO EM UMA CHUVA EM QUE NÃO CARREGAMOS NOSSAS SOMBRAS, NÃO NOS ATENHAMOS À VERTICALIZAÇÃO EXATA DO QUE CHAMAM ÁGUA, OU DE UMA REALIDADE ONDE NEM MESMO O INVERNO SE CHAMA NESSES TERMOS CLARAMENTE ORTODOXO.

DE UMA LANTERNA VIVA QUE SE FAÇA A POESIA, POIS NO DESPERTAR DE UM HOMEM PODE RESIDIR SEU NECESSÁRIO SONO!

MIRÍADE DE PÁSSAROS SAEM HOJE DE SEUS NINHOS, E SE ANINHAM POR VEZES NA SUPERFÍCIE CRUA DE SUAS PLATAFORMAS, ENQUANTO OUTROS SERES MAIS CIRCUNSPECTOS ESPERAM SEUS CARROS A DESFILAR, NA CRUEZA DE OUTRAS PROPOSTAS.

A TÍTULO DE CONHECERMOS A POLÍTICA, BASTA QUE JOGUEMOS, NA PRAIA, UMA GARRAFA PLÁSTICA NO LIXO E ACENEMOS PARA UM VARREDOR QUE UM CIDADÃO FAZ A SUA PARTE IGUALMENTE, E PARTICIPA COM ELE DESSE GESTO-DIÁLOGO.

DE UM GOVERNO LIMPO, HAVIA UMA OPOSIÇÃO SUJA, QUE SE TORNA GOVERNO SUJO, COM UMA OPOSIÇÃO JUSTA, E MAIS LIMPA DO QUE ANTES.

SE - NA DEMOCRACIA - O PODER EMANA DO POVO, NADA É MAIS DEMOCRÁTICO DO QUE UMA EFETIVA PARTICIPAÇÃO POPULAR, DESDE AS SUAS BASES, DESDE AS SUAS ORIGENS.

ASSIM COMO A LÓGICA PODE SER CONSIDERADA FRIA, UM PENSAMENTO MAIS HUMANO PRESSUPÕE, NA SUA LÓGICA SIMPLES DO ENTENDIMENTO EM SE EXPRESSAR, A CONQUISTA DO AQUECIMENTO DE UMA FORMA DE MELHORAR A EXISTÊNCIA.

TODO AQUELE QUE VÊ COM A RETIDÃO MORAL DO COMBATE VERDADEIRO A SEMEADURA DA PAZ SABE QUE O CRISTO COMBATEU PARA QUE DELE FOSSE IRMANADO O DESEJO DA VERDADE.

SE CONSIDERARMOS QUE A MÃO DE UM CAMPONÊS FAZ A OBRA EM UM JARDIM, SABERÁ QUE O CAMPONÊS CUIDA DE SUAS PLANTAS ASSIM COMO A MEDICINA PARTICIPA COM A CIÊNCIA DE NOSSAS CURAS...

O NACIONALISMO E A DEMOCRACIA

            Obviamente um Estado patriota é aquele que protege seus interesses e hegemonia política em relação ao contexto de sua própria existência enquanto máxima instituição ao respeito e controle necessário de uma Constituição soberana e irmanada em todos os aspectos funcionais com os direitos humanos internacionais, nisso incluso o respeito à democracia, esta condição sine qua non a uma decência de Estado plural e livre, soberano, nacional, no que não nos diste de tudo o que a ciência nos permite, todos os nossos avanços, mas que sempre pensemos que podemos aprender com a tecnologia. Básica e surpreendente é a concepção de que o know how é algo em que devemos supor o nosso desenvolvimento, o mesmo conhecimento em que devamos botar fé, para sairmos da ideia de que nossas exportações tenham que valer por tonelada, já que a soja por vezes não nos paga um bom chip. A soja é cheap, barata, o chip é expensive, caro, conforme um dito inglês quiçá mal parafraseado no improviso que possa se fazer entender no mundo do comércio exterior. Essa é uma premissa, pois quem dera todos os países resolvessem os seus problemas de alimentação, com suas hortas comunitárias, seu uso apropriado da terra, orgânica, sem os pesticidas que nos impõe a indústria do petróleo, e os contrapontos que nos sobrevêm nas ondas que por vezes em nossa história – em maior parte delas – a ausência de um Governo nacionalista abre mão de nossas riquezas, e quem é rico não reclama, e quem é pobre se torna mais ignorante, dessa ignorância que é investida maciçamente por aqueles que desejam manipular as massas. No entanto, é assaz perigoso fazermos com base no conceito de um Estado Nacional um anátema de progresso, quando por vezes o que alcançamos é um tipo de plutocracia fascista que nos lota o falso insumo de sangrar da União seu pressuposto existencial mais importante, que é a liberdade de imprensa efetiva, por exemplo, e não a concessão eterna para um grupo de privilegiados que manipula a opinião pública e a faz refém do contexto do poder para si, engendrando um tipo de regime em que a população sequer passa a ter tempo de se manifestar contra os golpes de pequena envergadura, ou aqueles que totalizam a quebra de forma sistêmica de toda a estrutura democrática do país.
            A quem deseja o regresso por ira contra a esquerda ou direita, torna-se reptílico o saber da consciência para termos acesso a sermos ou não da direita ou da esquerda, quando não sabemos sequer a história da Europa, um quanto de filosofia, a saber, quando queremos exercer a liderança intelectual de movimentos libertários. A participação na democracia é o único modo de nos situarmos e entrarmos em consonância com o que acontece em nosso entorno, a saber, que sai das ruas o protesto – mesmo enquanto reptílico em sua impotente ira – mas que se torna importante pontuarmos a cooperação e a diplomacia para situar na presença da ordem a consciência tão necessária no plano de sociabilizarmos nossa inteligência para preservar a vida e agremiar a inquietação na busca de saudáveis lutas pela emancipação de nossos direitos, não apenas no combate ao racismo e uma infinidade de outros preconceitos, mas igualmente na reivindicação justa das diversas categorias que compõem o escopo social. Resta-nos vivenciarmos – mesmo com as limitações de nosso tempo – os aspectos do espaço que nos circunda, ampliando as suas vertentes de atuação, e é essa a participação que se torna urgente, não apenas naqueles que estão em seu trabalho, mas na União máxima de sermos um país continental, onde devemos pensar que é na riqueza e na pobreza o nosso casamento pelas prerrogativas dos movimentos sociais, onde se torna importante dedicar esforços a que a indústria como um todo se viabilize, e o diálogo entre as categorias se amplie mais e mais, no que seja de justo valor, no que queiramos esclarecer não apenas às massas das quais igualmente somos parte – que o somos todos o povo brasileiro – a que se apresente mesmo dos que residem sob o véu de seus pareceres sectários o mesmo debate a que aclarem uma vida na transparência cotidiana da justiça e empatia com o viver e sentir do “outro”... Nem que não possuamos as pernas que nos ensinem a contento o caminho, mas em se prosseguir que não temamos nossas ideias, pois é a partir de nossos ideais que tateamos à procura de nossas veredas, irmanados com companheiros de jornada, mesmo que a distância pontual nos encerre em nossas limitações.
            Essa é a grande questão existencial desse outro que somos nós, o que reverbera do sentimento imenso que possuímos dentro de nossas esperanças! Não poderá jamais passar por nossas cabeças a impressão que um grupelho que se chama ala conservadora do Congresso Nacional seja a última palavra do que realmente acontece em nossa nação. Nem será separando sul e norte que teremos mais um ponto na bússola, mesmos que por vezes esta faz-nos lembrar da imantada relação que aponta para seu mesmo norte magnético. Muitos se magnetizam por essa situação toda, da nossa relação com o continental norte, histórica relação não apenas imantada pela tirania passada, mas com continuidades sinistras que sempre devemos conhecer, e fazer-nos conhecer a si mesmo dentro de cada paradoxo, mesmo que para isso tenhamos que errar a concordância... A mais, que se deseje o desejado, hoje é um grande dia para o país, remete a um pleito fundamental. E, àqueles que não possam participar de forma mais contundente com a sua presença, que ao menos se tente compreender seu verbo, pois a continuidade das mudanças não para no estamento dos poderes falsamente constituídos, mas na continuidade das forças populares de transformação não apenas da matéria, mas na maestria da mudança consciente de seus atos!

terça-feira, 2 de agosto de 2016

A BREVE HISTÓRIA

            Como em algo de narrativa, Adaílton saíra de casa para conversar, quem sabe, com uma alma viva que encontrasse. Passou pela rua, esteve na frente de um bar – ainda fechado – e caminhou em direção à praia, com afã de uma curiosidade em ver o mar, seu status, sua expressão de águas, naqueles ventos algo de um inverno meio indefinido... Na praia via os nichos das rochas, quase ninhos donde podia enxergar, com os olhos já meio cansados de estudos, pesquisas e algo de informática que lhe assombrava sempre seu espírito mais inibido que os demais. Encontrasse com Adele, quem sabe, seria mais simples, ela com suas manias e trejeitos no andar, sua conversa que fluía sem os ensaios tão presentes até aqueles dias, que talvez efetivamente seria melhor encontrá-la. Seu cão apareceu, o cão de Adele, que sempre a acompanhava, e a que Adaílton não sabia bem o nome, pois parecia uma ovelha, em um desgarre proposital, visto o caminhar do cão ser meio temeroso, talvez pelo frio. Fez um carinho no animal, perguntou pela dona deste, meio que falando a si mesmo, como um caráter de se encontrar com o ser... Se fosse dono de algo, mas não via a propriedade na Natureza, pois o que se criou, na sua concepção, não se concebia que tivesse dono, pois a existência até mesmo do plástico remontava os fósseis de milhões de anos, e a terra era mais antiga do que as convenções. Mas esse pensamento era de um pensar, apenas, pois justamente eram as convenções que delimitavam não apenas uma embalagem plástica como as fronteiras em torno do mundo. Eis que do concreto, da matéria, se plasmava um edifício, mas essa mesma matéria era combinação de um muito que já existe, nada que transformasse, afora as ilusões humanas, algo de novo, algo proprietário.
            Adele não aparecia, e seu sentimento por ela se revelava intenso, por saudade, por ausência, por algo que não traduzia, por sim que fosse algo, já era um pouco, quiçá! De sentirmos muito a presença, uma vida, duas, um fogo no olhar, uma serenidade igualmente no espelho esse da alma, um toque do porquê de prosseguirmos em uma vereda diamantina, e assim se perscrutava o mistério da existência, numa concepção algo de quase tríade, de um acorde, de um contraponto melódico. Pois sim que essa mulher o encantasse, pois era verdadeiramente encantadora, de um timbre suave, de uma bondade encantadora, a que o nosso herói não dispusesse muito de si para ela, ela era maior do que sua existência, e o que antes passava a ser um tipo de solidão tornava-se preenchimento, amor, ternura, nem que os fatos fossem do fraterno gesto, de uma relação irmanada. A vida de Adaílton seria mítica? Será que ele não combatia de frente com as convenções, apenas se imaginando algo que não existia? Talvez fosse verdadeiro esse paradoxo existencial... Talvez em suas passadas pelas ruas lembrasse da prática budista da recordação, em que um passo nunca poderia ser o mesmo do anterior, pois não buscava ganhar os metros, mas vivenciar o caminho. E isso poderia destoar, mas a medicina que igualmente o encantava mostrava que a mente seria quase infinita, na sua própria descoberta enquanto ciência. Que fosse, no íntimo, e por que não, se o que gostava era da expressão nem que o fosse no caminhar, no modo sereno em que não se distraía, pois os motores passavam ao seu lado com seus outros projetos: um senão, um porque, um motivo qualquer de estarem todos funcionando, em povoado decente, destarte fossem todos eles assim... Suas questões eram tão íntimas e sobretudo ínfimas no seu pressuposto de ser ou não ativo enquanto homem que, para muitos, que esperavam, que o suportavam, que não o notavam, e era essa a sua plataforma de querer, um não poder o assoberbava, lhe inflava quase uma ponta de ego, de tal modo que parecia ver a poesia quase estancada quando ia às compras, nas suas relações de mercado, mas voltava a si, e a poesia retornava ao seu quadrante, ao seu leito, às suas linhas. Um intervalo de tempo talvez o separasse de um mundo, mas que o mundo não o separava, ele estava imerso, fazendo brotar não a produtividade laboral, mas a arte em si, circunspecta, rejeitada quiçá, mas verdadeira enquanto necessidade intrínseca do ser e do fazer daquela. Sabia que o tempo o segurava em ondas, um tempo relativo, um espaço tempo, a ver, quando via as coisas marinhas, seus seres, os cães e os gatos, um rato na areia, um grupo de formigas, um besouro maravilhosamente rico de cores com as asas em suas carapaças que se abriam, uma erva rente a uma pedra, um caco de vestígio de um vidro humano, uma lavra na obra, um garçon, uma atendente, um gole de café... Isso via, sentia, como uma generosidade de Deus, por saber, mas que o mendicante quebrava, existia, e eram tantos, que pensava em não pensar mais em Adele, na ponta de angústia que naturalmente um homem ou uma mulher sentem ao ver uma carestia, ao ver um sofrimento, seja de quaisquer lados. Como um agente da saúde vê quando um serviço que atende a toda uma população sofre com más administrações ou falta de insumos. O não saber lidar com isso fragmentava o querer mudar, pois não há como saber lidar com certos fatos.
            Mas Adele apontava na praia, estava de rosa como uma pequena rosinha, linda, um pouco fortinha, pois fazia musculação em uma academia e esboçava sua ternura desde sempre, desde então que Adaílton a conhecia. Era uma eterna estudante de gramáticas latinas, e escrevia correntemente o idioma italiano. Professora na Universidade Federal da província, conhecia a cultura de Roma como ninguém, da Roma antiga, da Roma atual, Firenze, Veneza e tantas outras cidades. Mas era brasileira nascida em São Paulo, que abandonara com onze anos, depois do falecimento de seu pai. Gostava de ver o mundo de modo abrangente, cosmopolita, na vanguarda de seu tempo. Tinha parentes que negociavam moda com Milão e, não que ensombrecesse o fato, mas sua família tinha as posses dos mercadores.
            Avistou Adaílton de longe e acenou para ele. Seu cão desceu uma escada que dava para a praia, latindo, e a foi buscar com uma saraivada de latidos, num estrépito bem ruidoso. De qualquer modo, interagiam com as distâncias, com as posições, o cão, o mar, os postes, carros, tudo sempre distinto, como é distinta a vida que se destina para cada qual. Cada quadrante inumerável, cada abóbada celeste, cada espaço infinito, cada pensar: os gestos, um olhar, um encontro, uma passada, um texto qualquer caído no chão, um rótulo, um refrigerante, um carinho... Não importasse, ali era um país, como são tantos os países com suas idiossincrasias, seus modos, seus portares, seu sul, seu norte, as montanhas, os plantios, as feiras e a urbe. Como em uma descrição anacrônica assim nascia o novo do velho, assim uma geração entrava em contato com outra, assim se conheciam os modos da vida de uma comunidade de uma rua ou de um bairro, em começos sinceros quando da intenção de compartir. E assim, nesta pequena história haverá um encontro, e que o leitor teça o seu próprio, a começar consigo mesmo, com seu entorno, que comece a ver o que está ao lado, quiçá, aquele próximo que dista dele, um evento sem rótulos, um caminhar de lembranças, um ausentar-se do litígio, uma força que brote de um bom rumo, um aprumar-se o leme, que o encontro de bem é importante, até para que vejamos com o olhar alheio de uma hipocrisia em que não precisemos que se torne um modus vivendi, pois que se faça a tríade e que nela espelhemos ao próximo que basta um poste que nos distanciamos ou nos aproximamos, a nos termos referências concretas, como a existência de um banco em uma praça nos faz refletir que pode haver algo de descanso, algo de reflexão, algo em se meditar... E lutemos, portanto, a que as cidades possuam cada vez mais parques, pois a rua é lugar comum, público, a uso de quem quer que seja!