sexta-feira, 9 de setembro de 2022

UM HOMEM QUE É

 

Do homem que sabe um qualquer do que seja
Ao que pareça não saber nem um pequeno grão
Mas que o livro pende de seu escapulário
Onde se espera o ônibus de uma via
Quase regressa de uma saída na tangente
Com a anuência de uma simples veia
Onde esteja a via que não sai da vivenda
Onde se creia que não seremos maiores
Do que um vento que outrora tempestivo
Serena trazendo gotas de orvalho nu na relva!

Quando o lugar de um homem é propriamente
Um tipo de um oceano causal de sua inquietação
Desse oceano onde a consequência de sua posição
É aplainar intenções que armam os fetiches preocupantes
Da própria recorrência de atitudes quase meditativas
Na anuência de outras recorrências que não se resguardem!

Posto qual não fosse um tempo em que, na esfera da latitude
Meio incerta dos quereres não saibamos sequer
A quantas anda  escrutinar de um saber-se de cidadania
Quando a novela seja sempre a profícua moda de sermos
Um avental de recordações de quitutes do dia a dia
Meio que nas sobras que não subtraímos à mesa…

Não, posto que na esfera do poder não transijamos
Com o querer-se inquieto de uma totalidade reversa
De caudais de um rumor sonante como uma chuva quase tímida
Em sua preocupação de se tornar a tempestade de uma goteira.

Seremos a salada que transparece o frescor das folhas frescas
Com espaçamentos rubros de tomates italianos
E algumas claras que compõem os ovos salpicados de salsinhas.

Não fora a ordem de fatores consonantes, seríamos mais leais
A atitudes que não fossem regressas, mas de atitudes mais íntimas
Quando escutamos a bel prazer uma música pop e relembramos
Os tempos antigos do fusca que descia em sampa a rua Augusta!

Tergiversar com lembranças nos faz lembrar os lábios femininos
Quando com aqueles nos encontrávamos no prazer da juventude
Ao beijar sedento de amores consagradores, nem que o fosse
No ardor de sabermos que a balada se chamava boate.

Seríamos mais jovens ainda quando de sonhares acadêmicos
Haveríamos de passar pelo ritual de sonhar com uma faculdade
E, efetivamente, víramos nas listas de aprovação nossos nomes
Na mesma sampa onde a felicidade nos esperava quase despidos e inocentes
O padrão de sermos apenas os estudantes que mais tarde descobriríamos!

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