segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O É QI QUE NÃO SEJA SEMPRE QUAL SEJA

 

Não é o que seja
Sempre do não, razão quase jocosa
Na frialdade de sua superfície
Qual impensável na vera onda
Onde por vezes a amplitude verga
Mesmo no recrudescer do que seja
A partir do que o arbítrio não liberte
Posto arbitrar por vezes que julga
Por ser livre por vezes, achacando o próximo
Na vertente de ser maior do que não possuir certezas
Na cabeça do outro ser qual, ser livre por ser!

Na versão de palavras melífluas de ocasião
Mesmo a ótica da suprema ignorância
Jacta-se das letras latas, de uma cartilha que ajude
Na questão da ignorância etílica, soe mente
Na mente de que vive a poesia de Cervantes saiba
Que Quixote parodia o sonho, o sonho de mudar algo
Por um amor impossível, posto tão platônico
Quanto no viés tomar uma pílula azul
E afundar-se naquele alargamento de dentro dos lóbulos
Onde um orifício escuro esconde o excremento para dar espaço a um prazer...

Mas que não seja a vida esse aspecto excremental
O exemplo que não seja a vida não seja o carnal
Que padeça da carne, posto na vida que veja um som
Se veja a querência de um farol soturno no cravar da pedra.

E são as pedras que estejam no meio do caminho, mais uma
Que se sustenta na sua inviolabilidade cativa
Na ordem afetiva a vertente de uma incerta que seja
O que seja final de uma vida de vertentes da razão inglória!

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