domingo, 25 de setembro de 2022

A FELICIDADE NÃO SE PODE TOCAR SEMPRE

 

Algures vivendo na ordem monástica
Deveras clausurante, de ordem tal
Que as presenças da latitude do encontro
Encontrem no que antes fora folha
Um tapete seguro de fé, sem anestesiar
Uma mente que não soçobre, alicerçada
Pela coragem de manter espírito e carne
Unidos pelo ventre da mãe santíssima
Seja a própria progenitora de cada qual
Ou uma Madre Superiora no corredor
De um átrio, na circunspecção de que um templo
Guarneça a força de estarmos despertando
Mesmo que a um homem cesse por vez de antanho
A crueza do efêmero gesto do gozo sensual
E o que vem por detrás de uma posse inevitável
Neste mundo onde as relações conjugais embarcam rótulos!

Não, por que um homem não é feliz dentro de seu imo
Quando redescobre sem ter jamais ter descoberto
Que em uma escritura de Deus o velho e o novo
Se completam sem contestações de ordem messiânica.

Aí sim, a casa lota, o vento empuxa,
A embarcação navega enfunada,
As veias túrgidas da fé nos entranham modulares tempos
E a circunscrição canônica vira motivação tentacular!

Não, que se nos inscreva o agente mais distante e próximo
Quanto da permissão de um funcionário, ou quaisquer frentes
Onde a motivação não seja meramente nobre ou clerical
Mas que vogue na existência de um sentimento onde se turge
De um velcro a anuência daquilo que pressupõe um códice
Refeito na refeição outra em outro lócus
Onde porventura se conteste, a que a guarida de um domingo
Tece a modorra quente dos movimentos quase quadriláteros
De um trabalho divinal onde o gesto de uma mulher linda
Sobrescreve por vezes a cristalina forma de suas diamantinas lágrimas!

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