Amuado olhar quando do principiar da serra
Quando
principia a cortar o tronco, e a gente espera
A não concludente
vitória da brutalidade
A gente não quer ver o tombo, meu
Deus,
Um tombo secular, um tombo de seiva sangue
De cor
indefesa, as folhas secarão
Os projetos da Natureza
enfraquecem, nem que o broto
Que reside ao menos perto da grande
planta não sucumba
Aos impactos da proximidade na lascívia do
lucro.
A um índio que teve desde tenra infância a
amizade com o ser
Daquele ser que lhe dava o amparo em seus
galhos, seja de sementes,
Seja de seus caminhos, aninhado no
descanso da superfície nua do madeiro
Por Deus, se Éreis
clemente com os homens teça uma serpente com veneno
Sobre o
resfolegar furioso dos pulsos dos que apenas ligam a moto-serra
Com
aquele anódino cheiro de gasolina onde até mesmo os fósseis se
surpreendem!
Não, que não há fronteiras, posto em uma
pista para uma aeronave do tráfico
As árvores possuem o
desatino de existirem como obstáculo no rompante
De ser do ermo
do Norte o mesmo desatino de uma pó esbranquecido
Carregado
para fronteiras outras que não hão de existir, posto o céu
Não
delimita bandeiras, e nem há tracejamentos aéreos na selva!
Por
efetividade, se por armas há caminhos que o sejam
Equipem os
indígenas que conhecem os caminhos da libertação
Em gentes
multifárias a verem que no coração da sua contemplação
Estão
projetando um ódio vociferado pelo mesmo Lúcifer
Que está
presente na alfombra da destruição pungente, e seus agentes
Que
não pertencem à primeira letra, e nem são gente, que não se
pressuponha
Não haver escapes condignos, qual, se faz a guerra
em situação desmedida
Onde uma simples criança testemunha a
morte do progenitor
E essa moda pega no extremo sul, em
estranhas caravanas
Onde a prioridade é persecução indelével
de possíveis lideranças
Que ainda acreditam que o negócio de
Deus definitivamente não é o agro atual!
Mas quem dera,
quem somos, apenas fagulhas no infinito
Que sequer somos
expectadores de uma produção em frangalhos
Em uma realidade
aumentada em que a familiar posse possa dirimir
Que sendo em
família nada se prende à preservação do enriquecimento sem
limites
Por de poder que seja, e que os coronéis sejam
respeitados até o último do esquecer
Que a crueldade ao
processo natural seja natural, e que demande afastar qualquer chico
mendes.
Envidar esforços
para que não haja a devastação criacionista e compulsória
Ao
ódio a uma população indígena que não seja de modo ingenuamente
pura
Na ótica da maldade personificada por grupos que mantém
suas habilidades na selva
Onde certas forças já mapearam
nossas maiores riquezas, e que distam do extrativismo
Que
demande sustentação aos biomas e núcleos da Natureza mantendo-a em
xeques
Com peões e mandantes escalavrados no intuito de forçar
o impensável do merecer forcas.
E os gatos são por vezes
pardos, e o próprio agreste se aproxima do seu papel por vezes
ofensor
Quando não denota suas culpas em esquecer que a bondade
não é apenas levar um filho ao parque,
Mas resolver bravamente
a questão preservacionista como a única palavra de ordem no
planeta!
Essa plêiade de intencionares onde por fora a
tortura vira banal
E por dentro a bondade é manifestada entre
os seus
Não há de vigorar mais na amplitude daqueles outros,
veniais, que intercedem ao Criador
Que destrua e participe da
vinda de algo parecido com uma redenção que, pensam, vai tornar
Um
mundo onde o paraíso nos espere na Terra, depois de renascermos da
putrefação
Quais zumbis na esteira de um filme barato onde se
mistura horror com maquilagem
Na ótica consonante e lógica de
se referenciar todo um imaginário
Co produzido na indústria do
entretenimento, e co relacionado na introspecção analítica...
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