quarta-feira, 28 de setembro de 2022

A NOITE REMEDIADA

 

Tantos são os descansos restringidos a um quase nada
Do que não sobre da alma alopática apenas um remendo
Em psiques que vertem sobre a superfície dura de um dia
A outro que seja, um processo adaptativo a fórceps!

Não haveria de se dizer mais do que o essencial como flama
Que surge, oh, Deus, ainda como possibilidade de discursos
Quando o que se é de teimar, que seja, apenas mais uma palavra
Que encontramos debruçada sobre a alfombra do tempo…

Não que se dite a questão mais aberta no posto que sim
Ou de um talvez que não fora mais no caminho que verta um talvez.

Passadas inquietas rufam tambores em suas solas quase de amianto
Quando sobrescrevem saídas possíveis dentro do contexto de um chiste
Que não seja um brinquedo de Carnaval, ainda que não daremos voz ao chão!

Meio de se prosseguir sem pressagiar fracassos, recorrentemente na página do vento
Qual se não diria, as formigas bem pequenas estão em trabalho frente a frente
Com negras outras grandes que apenas triangulam pequenos encontros…

As rochas, enquanto isso, tecem seus planares de gaivotas que pousam
Verificando a amplitude das ondas que reverberam – ávidas – na sede
De estarem ao menos sabendo de que a escuma não vem para ficar eternamente.

Há cães que farejam o temor, com suas tatuagens no couro cru,
Mas, em não o encontrando, voltam para seus canis hirsutos
Como a pegar uma cadela no cio em que o retorno devidamente se rega.

Não que se apeteça a ferocidade dos viandantes, mas antes o que fora uma arma
Agora são conflitos contornáveis com o carinho que se reporte àqueles animais
Que sofrem o abandono algo cáustico de uma vertente que se pousa inquieta à frente!

Não é pousar inquietos rancores nos farnéis que se locupletam de provisões
Posto a vida esta mesma não está endereçada ao mais sentimento de vilania
Já que de amores se constrói um ermo que seja mais lócus do que próprio sentir!


Nenhum comentário:

Postar um comentário