segunda-feira, 19 de setembro de 2022

COMO SENDO VIVER UM IGUAL

 

Apesar de desfechos compulsórios
Não peremptoriamente declarados
Emergem de pressuposições autoritárias
Onde o totalitarismo fecha todas as portas
De uma percepção onde a liberdade exaure
Até mesmo os seus subterfúgios exangues
Que a vida não aceite que nos travem de dores
Pelos caminhos omissos de se querer libertação
Onde o povo possa caminhar mais solene
Do que a sua condição de enfermidade financeira
Reserva a que não sejamos sequer mais sinceros
Do que a racionalização do bem com o mal nas entrelinhas…

Passear na rua, that’s the question, isso de querermos ao menos ver
Que um casal esteja sem medo de se beijar, fato quase impossível
Nesta era em que a libido é coisa de performáticos instrumentos
Onde, dentro do planejamento da crueldade, o lunático
Lembra que as rosas do carinho não sejam o direito do amor!

Viver e amar, quem sabe, quando os rótulos que não empunhamos
Pela covardia em não aparecermos mais sequer em grupos enjaulados
Dentro de um contexto daquilo que não seja a vida em si e em um si mesmo.

E que o contexto do que se escreva seja a participação quase corretiva
No fator da enumeração anunciativa de uma palavra que seja e fora
Algo além da compreensão do que maravilha do que seja a vida
Do que além da vida não seja maior do que apenas dizer abertamente o que é!

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