quarta-feira, 7 de setembro de 2022

QUANDO O DISCURSO É IRRISÓRIO

 

A falta da consonância que reverbera diante de uma tonalidade
Que recrudesce sentimentos outros quais não sejam as cores
Que, paulatinamente, vertem em chãos profundos os motes
Mais variados dentro do escopo de um escarcéu
Na voz notívaga da outra medida em que não se escondem
Os agentes da afasia recorrente em que não se revelam
Nem ao menos a importância missionária da revelação da alma.

Não nos remeta a falta que pareça de viés redondo ou quadrático
No superestimar salvo condutos de pedra
No que falem rochas com o verbo do guano
Ainda que sejamos menores do que algum continente sequer...

A parecença da poesia sóbria é como o vernáculo de uma contra ilusão
Naquelas vertentes em que um andante mote se resguarde
Da loucura incrível que acometa seus verdes discursos
Sem empáfia, mas com neotrantrismos neológicos
Na fusão entre o cartesiano ocidente e o mundo oriental onde os polos
Sejam daqui a pouco a certeza da supracitada consciente veia
Onde o violão de Santana capitaneie a verdade em que o poeta louco
Diga ao corvo de Poe, never more, nobody someone, que farài far-se-á
Ao andamento de uma literatura onde a primavera esteja presente
Em letras pespontadas sem o rigor de uma falsa rebeldia
Mas onde os dedos inquietos façam o amor com a poesia...

Sem a sílaba prolixa de um tempo contumaz de desditas
Encontraremos não a compreensão do contêiner das falas quase abertas
Ao sentido onde o palavrear incontinente não encontre o que
Acreditar que seja concreto, onde uma coluna seja apenas o encontro de linhas
Onde alicerces sejam dados em topos náufragos
Pespontados pela reverberação de cardumes
E a música de um rock psicodélico traduza
A vida mesma entre o ser ou não ser redondamente politizado em sua haste crua!

Não, que a poesia apenas se preocupa em não levar o tambor de óleo
Para adiante longe do curral de sua pretensa prospecção
Onde, arregalados os devidos olhos do mundo, a riqueza de alguns seres
Quase humanos sabem arregaçar os bolsos vazios
Para o querer-se distributivo, qual ábaco de quatro ventos fora.

E o contexto da moeda se nos pareça o louco parecer da loucura
E villages são reconstruídos nos paraísos do norte
Onde os brancos iates redescobrem a temperatura do hedonismo
Posto muitos trabalharem por dentro dos porões do inferno
Apenas sentindo uma aragem morna com seres que não sejam iguais
Ao que seria o mundo sem a ferrugem de nossas máculas.

Algo de distinção notória é a reprogramação de peças da publicidade
Que anuncia em velocidade de tartarugas
A performance reverenciada no aleatório ruminar de timelines
Onde a montagem das trilhas possuem cortes internos
Ou repetições inequívocas dentro do pipocar dos fogos em Copacabana.

E a modalidade dos inconformes surpreende a questão mínima de alcunha
Quando presenciamos um líder ser adorado como um emblema mítico
Na falta de um messias que não chega jamais a seu matar o mote
Onde se encontra a razão mesma que se entorpece da novidade
E não reconstrói constâncias mentais na profundez
De que talvez se pense mais um pouco na presença
Que realoca a não orientação, mas um pouco da querência
De um detonar sentimental na profusão em que a palavra ganância
É o que move um mundo em um país que já é a bola da vez.

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