domingo, 14 de agosto de 2022

POESIA DO ALVOR

 

Quem se diz o que não for
Ao for enquanto rotina erra
Porquanto o pássaro fira
A um bico serrado na fileira
Que não se tenta mas se tente
Não que se tenha mais o dó
Do si que vem por detrás na escala
Diretamente em um rápido semitom
No que a orquestra agradeça
Ao negro que jamais morre
E ao branco que se ressente
De mais negros que jamais morrem
Em uma algibeira cristalina
Chega uma ordem de algo
Que se pareça com alguém
Não de um morticínio imaginativo
Que de se imaginar um carro perde
Uma direção qualquer a um toque
De um sinete eletrônico e pára
Onde infelizmente não devia
Qual não seja um táxi que se confia
Ao parâmetro de um motor solidário
Que leva um homem à montanha
E trás de volta na vertente do troco
Ao pago heroico e merecido de um homem
Que sabe navegar pelo asfalto
Sendo alguém de estatura ou não
Que a força não se mede pela radial muscular
Qual não fosse, voga-se a que sejamos
De uma inteligência independente
Afim de respirarmos sobre cartilhas
Como a formação das bases
Em estruturas de poder que não são verazes
Quando um líder passa a ter que dizer mais
E tomar cuidado com as messalinas
Que de companhia tem estranhos circuitos
Ao que se parece que são sensuais
Mas não passam de máquinas de construção
Na obsolescência de escrutinar poder inverso
E terminar pondo uma pá de cal no merecer
Algo de estranho fato intrujão
Posto a medalha não se dê na próxima
Quando não se revisar estruturas nas quais
O poder de outrem: fórceps que estão na espreita
De estreitar laços com a tirania
Se espelhando na interpretação histórica
Em um passado onde agora é aurora
E não se fakem para maquilar o incoercível
Na cidadania plena de um jogar-se
Quando a rainha global se torna maior
Do que a fraqueza de achar dos espaços
A única ilusão ilusionista da filosofia passada
Que infelizmente não serve tal como flocos
De um algodão que não foi embebido pelo óleo
E passa a queimar sem ser lanterna
De uma embarcação túrgida que acaba
Por soçobrar em penedos sinistros
Antes mesmo que os antigos do acesso
Deem assessoria aos duplos esses de gatinhas
Qual não seja, derrotados pelos vermes
Em que a seminal necropsia já deixou suas marcas!

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