quarta-feira, 3 de agosto de 2022

ACERTAR-SE NA AMPLITUDE

 

Não que se deva cobrar, a cobrança questionadora
No afã leve da conduta quase equidistante
Do que antes fora ébrio e quase renitente
Em suas acepções de pérolas quentes
No chá remoto de uma condição obsoleta
Quando o caminho se torne mais fremente…

Na vereda de cristais diamantinos no ofuscar de lentes
Quais não sejam estas de estiramentos quase torpes
E, no entanto, leves como a estação da vida em guias
Como alabastros colunares em que as rosáceas incrustadas
Revelam a sumidade da arte em seus padrões indeléveis!

A revelação de um dia a outro nos diz por vezes o oposto
Do que seja outro e outro que nos diga igualmente o mesmo
Daquilo que não seja contrário, ou que diste no si mesmo.

A distorção em que um equalizado projetante ruído no diapositivo
Mantém a via em viés de vida, que se esvai no restante dos tapetes
Daquelas relvas concupiscentes onde o espelho nos retrai divórcios
Na estima do que o par se ressente ao olhar-se por entre colunas
Ou nas frinchas onde reside o espaço quase nulo e oculto onde se coloca
Um pequeno pássaro que a terra cede para que possa fornecer o ninho!

Uma voz de um quesito indiferente, nos reflua o próprio vento
Onde se perscruta o endereço mental mais renitente
No que o mental necessariamente se vista de recordações
Onde não se revista de conheceres que não nos receba recomendações
Na impropriedade do não ser, quando do desconhecimento cabal do fato.

Horas se passam diferentemente das horas que não passam sempre
Quando sequer pensamos nas horas que já estiveram presentes que, a cada segundo,
Apenas faziam parte do segundo do décimo de sessenta do um minuto
Que não esqueçamos, passemos ao vintém do esquadro não traçado na loja
Em que a meia serve pés e o samba toca com canção.

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