Verter certezas dentro de um
cadinho de amianto é como deixar crescerem flores de chumbo em nossos regaços.
Esta é uma premissa quase lógica, posto o cidadão há que ter em mente que a
mesma lógica em que nos apresentamos frente à amurada quase inconclusa – porém nefasta
– da incompreensão nos revela e faz refletir, obviamente dentro de um processo
de sobriedade contínua que nos alicerça de uma razão de progresso, um tipo de
equação que se resolve rapidamente dentro da consciência individual, espelhada
na coletividade e no recuperar-se prontamente dos reveses diários que nos
acometem as faltas e ausência de reparações maiores... Nisso em que Bill W. construíra
no pressuposto de sua lucidez frente aos problemas recorrentes ao alcoolismo,
traz na conduta de uma esperança a retórica digamos verdadeiramente humana no
acolhimento sem par desses enfermos que dependem de uma relação atávica com o
álcool. Esses exemplos de nossa história falam mais alto do que um prosseguir apenas
sereno do ser em si, do ser que se doa per si e para outrem, em um tipo de
carro amplamente democrático onde quem entra seja o mesmo que retorna, com mais
coragem, mesmo em meio às vicissitudes de toda uma vida pregressa, inconsútil
dentro da ordem inversa de uma tentativa – mesmo que com um certo esvanecimento
do espírito em contrição e dúvidas recorrentemente expositoras das falhas de
caráter arraigadas, mesmo dentro de processos em que um inventário moral seja
apenas teclar algo que não supomos ser de legado pessoal. No entanto, o legado
que transcreve para melhor a existência de um ser alcoólico justamente faz
funcionar uma engrenagem em que o óleo seja o quinhão espiritual do processo, e
o andamento de servir a um grupo de recuperação, portanto, vai muito além do
pressuposto apenas existencial, pois nos remete a influência de um Poder
Superior, concebido dentro da semente que lançamos em nossas vidas e que brota
em nosso coração.
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