segunda-feira, 9 de agosto de 2021

VÉRTEBRAS

 

Óh coração, órgão supremo em seu influxo e refluxo
Arterial e venoso, suspenso por alcaides genuflexos
Num átomo de nossa poeira renitente não por atraso
Mas da condição suprema que se possa sentir e ver
Através da oscilação da pressão interna e externa
Que vem de roldão em todo o sistema circulatório!

Não pensem tão abertamente o non sense do sem sentido.

No que o paradigma se retenha em uma frase qualquer
Que pousa as suas folhas sobre os cristais do solo…

Diamantes que aguardam silenciosamente o carinho
Das pétalas verdes que se aninham sob o vento
Acariciando o ar com sua presença de quedas.

Assim vamos à mais uma poesia entrançada
Daquele vime antigo que víamos à beira da estrada!

Os tempos em que largamente se funde com as estrelas
Com a lua como capitã que se levanta sobre a cumeeira
Procurando alentos sob os vestígios de pássaros silhuetados…

Das nesgas de lanças adormecidas sobre espinhos
Encontramos similitudes com ásperos tonéis onde
Sancho Pança tentou suavizar as espadas de Quixote.

No de sempre navegamos por mares tempestuosos
Onde a Capitania alicerça rumos cortando pela proa
Os vagalhões onde não se encontra muita esperança.

Dobra-se o cabo e os penedos não encontram o aço
Quando sua intenção é rasgar como pergaminhos de seda!

Nas questões relativas a um atraso capital
Há homens que navegam pelas bolsas
Com fracos e irrisórios rendimentos
Prevendo que hoje pode ser fracassado o investir.

Grandes embarcações cruzam o oceano
Em rotas inimagináveis, em busca de riquezas
Lá pelas plagas orientais, em um Leste pujante.

Por vezes um escritor falta com a verdade
Quando soçobra seu barco e há de conversar com o destino
Dito como frase construída sem o arrimo do calafate.

Palavras consonantes hão de ser ditas,
Mesmo quando a mentira que serve de sobrevivência
Da própria verdade é consubstanciada pelo tudo
Que encerra em si mesma a eternidade do zelo.


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