domingo, 29 de agosto de 2021

ORDENANDO A CONSCIÊNCIA

 

É saudável e impressionante a forja da lucidez
Quando aplastrados estamos e a nossa veia

Não respira muitos acalantos na nudez de nossa rudeza

E apanhamos batatas quentes na nossa goela
Por não sabermos de onde tiramos nossa sapiência…

É Jó, paciência infinita, é um problema de GO,
Refaz-nos na ciência que não nos alcança
Quando ao menor sinal vem o descalabro
Que subentenda um nível majorado das escalas.

E que se reflita na ordenação da consciência
Até um ponto que não desfaça o arguir-se
No mesmo quilate de não termos sombras maiores
Do que esperamos não seja maior que o despropósito.

Não perfaremos alguma loucura silenciosa
Nas teias dos remendos algo de ocasião

Quando consentimos um acordo
Naquilo que não tem escapatória fora do diálogo…

E reverbera um canto fora dos farnéis de estopa
Qual combustível de frentista na sua lida diletante
De saber mais do motor quando se apetece
De ganhar mais niqueis do que supõem o seu troco.

A mais do que possa parecer, o dito pelo não dito,
Resguarda a função de uma nobreza de caráter
De tal monta que o homem busca a nulidade
Das suas preferências que remontem uma via
Que não fosse Ápia, mas apenas uma lajota
Para contar a história com seus aspectos de joia.

Buscar trazer a profundidade em seu lençol
Reitera às noites de repouso nas horas serenas

Onde quer que estejamos nas nossas parafernálias
Para ver o concreto decassílabo das nuvens…

A consciência se ordena, se refaz, não tergiversa
Com a desordem, seja institucional ou hierárquica
Nas posses ou nas demandas que constituem
A palavra máxima que retrai a nossa percepção.

Constitui-se o regresso a máxima paulatina
De se encontrar frases de ordem ditas sem senso
Bem visto na insensatez dos costumes,
Nas páginas viradas de ocaso raro
Que não se consegue ver na latitude dos idiotas
Mas que, em sua concepção, há um ordenamento
De qualquer possível instituição para tudo isso.


Nenhum comentário:

Postar um comentário