quinta-feira, 12 de agosto de 2021

VEIAS DO SUFOCO

 

Têmperas soem traduzir algo maior do que um patíbulo inocente
A mais do que, a partir de algo de pátria maior, resiste-se
Em um registro a intenção nua e crua de se fazer uma ordem
Em que a um retiro de vanguarda as peças viram de latão…

Carros e carros, montanhas de ferro desfilam, já ocas
De tantas ocasiões relembradas, que há feltros moles
No apaniguar dos uniformes, onde a força é tíbia!

Sereno é o padecimento dos horrores, horror é a causa
De um nada que padece igualmente, posto generoso é o não
A se lembrar de uma palavra o que vem na mente é o nada…

No ressentimento de uma variedade genericamente dita
O chão por vezes nos falta e o preconceito parte a pontuar.

Nos ligamentos de uma forte ossatura, vem a nós a vertente
Que encabeça boa coluna, pétrea e sólida como a vida
Nos trajes de formosas vidas, na vanguarda de nossa latitude.

Quando soubermos da infinita verdade saberemos como portar-nos
No minguar altamente possível de nossos troncos, mas que o concreto
Nos erga com sua armação de ferro, e protenda na horizontal
Que, por si só, encabeça a vertente em que adormecemos à sombra.

A se repetir mais uma vez na vanguarda que estaremos
Sem nos esquecermos da retaguarda sólida que parafraseia
O título do excelente general, a luta em se não ensaiar
Posto o militar de qualidade há que ser verdadeiramente patriota!

Não haveremos de saber da ABIN atualizada, nem do antigo
Sistema de informações que a paráfrase não previu no artigo,
Mas haveremos de saber mais sobre o ferramental
Que desponta nas mãos algo severas de bons trabalhadores.

A Verdade é nua e crua, e só por ela nos demos conta
Quando por sabermos de antemão o que ela revela
Saberíamos tratar do assunto sem prenunciar o quanto
Deveríamos ter por conta, desde que o pressuposto
Não nos tire da casinha até que se resolva o oposto.

Em uma quimera estamos quase sufocados por um tanto
Das news que nos chegam quase fakes, ditas por mídias
Que atacam ferozmente, novamente, na sucedânea
Dos governos que estavam antes e aí estão
Por uma covardia pré Olimpo, no conforto de suas salas
E no gigantismo assoberbado de seus curiosos estúdios.

Em um embate furioso, obrigam ao desfile carros e mais carros
Sendo que um carro vertia uma fumaça errada, posto o mecânico
Ao menos revisasse o motor para ver da compatibilidade do desfile!

Uma miríade de coisas se atravessam, cada bairro é uma sentença,
A carne falta na mesa de quem trabalha, e restos dos restos alimentam
Os alcoólatras por sua posição escolhida na indigência, por vezes.

Os homens que se refiram a terem uma vida dura, sufocante,
Não sabem muitas vezes a que depositaram sua triste esperança
Se, na verdade, acordam de madrugada e voltam noite alta
No trabalho de sua condução: trem e metrô e ônibus.

Por fim, a consonância dos sem trabalho refaz filas
Fiadas no exército industrial de reserva
Onde muitos querem mais, mas os poucos de muitos
Aceitam o achaque e seus achatamentos no ganho.


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