domingo, 22 de agosto de 2021

UM SONO FUGAZ

 

          Uma qualidade do homem é sua têmpera, seu codinome calcado na firmeza de caráter, seu não negaceio, a protuberante qualidade de empresariar sua vida como uma existência ampla e irrestrita. Seu sono é o seu sonho, e dorme, tanto para preservar a sua lucidez escorreita e sincera. Por vezes pode lhe faltar o dito sono, torna-se um tanto leve, mas recupera em outro momento o seu descansar… E quando lhe falam de rancores responde com o carinho que concede a outros, de caráter tardio e desfocado. Quando apanha madeixas de uma mulher, é na questão da beleza ou da nobreza igualmente, do caráter de sua querida companheira. Mas pode o homem estar mais só, desvirtuar-se de qualquer companhia, justamente quando sofre a rejeição previsível à sua grandeza. Os tolos resguardam mais atenção à aliança que o homem faz de sua reputação aos seus iguais, e reiteram cuidados maiores nos processos quase duvidosos da farsa dos sentimentos que não geram certezas, mas apenas nublam seus processos e tramas ardilosos. Assim como na liderança que sacrifica seus propósitos, querendo botar nos vitupérios a parte de se resolver questões que aparentemente são simples e escorreitas!
          Quando sofremos as agruras de tempos inquietos, temos que ser mais complacentes e generosos conosco mesmos, posto ser nessas fases as tensões decorrentes de equações mal resolvidas. Como aquelas que conferem um falso orgulho por se ter posição, inibindo o cidadão comum a reter desconfiança por esses homens de falso ego, que subentendem uma grande parte dos seres abastados ou investidos da autoridade, muitas vezes faltantes com a normalidade e humildade necessárias para prosseguirem no caminho íntegro dos homens de bem. Basta sermos amantes da verdade, nua e crua, para que tenhamos no mínimo a isenção da culpabilidade por nos portarmos bem em sociedade, esta que demanda como nunca a democracia tão sublime quanto sublime é a nossa pátria. Essa vestimenta – qual uma toga – que perfaz as instituições de um país imenso com o seu maravilhoso povo estima que engrandeçamos a consciência daqueles que são pífios nas suas idiossincrasias, a tudo vendo com o andor de inimizades e contendas. A ameaça às instituições de uma Nação, seja qual ela for, empobrece o diálogo e gera uma miríade de mentiras, como se essa ocorrência multifária fosse algo de um perfil normal, remontando um tipo de estratégia que não joga um jogo com decência, posto baseado na covardia e inépcia. Um jogo sem regras, um blefe sem contendores, a vida em si que pede uma passagem mais escorreita é o que se espera para mudar esse estigma fraudulento. Seguiremos sensatamente, ainda mais quando o panorama da saúde depende da capilaridade tão importante de nossos órgãos de atuação, onde certos atrasos fizeram muito estrago, e esperemos que o bom senso impere como uma regulação para o caminho correto de tudo aquilo que tentam manietar para se manterem no contrassenso.
          Tudo aquilo que vem de encontro ao amor, à bondade, à caridade, à solidariedade entre os povos do mundo inteiro nos faz ver que não estamos isolados, mas fazemos parte de uma grande comunidade global, em que se pretenda coexistir com as suas fraquezas, mas lutar pela fortaleza e a correção, não apenas das ações mas da atitude de nossas lideranças, sejam elas quais forem. Essa é a única premissa em que podemos subsistir como uma irmanação planetária, posto infelizmente estarmos passando por etapas que vêm a nós como alcances principais das novas tecnologias, mas de atrasos na questão da preservação da Terra. As contradições em momentos como estes são inerentes e conformes com o que se espera de um século ao mesmo tempo tão desenvolto e em contrapartida tão atrasado. Será buscando soluções de cunho mais imediatista que devemos conter a opressão contra as minorias do planeta, e a nós mesmos quando investimos contra a nossa mãe Natureza!




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