domingo, 29 de agosto de 2021

NAS ARTIMANHAS DE OUTREM

 

Caro passado, reinas em teus próprios versos...

Quando iludes a humanidade de seus projetos,
Quando regurgitas de um sonho seus farnéis,
Assim de sabermos que nem toda a poesia não falha…

Outros sabem de teu passado, ó passadismo
Que, renitentemente, excluem o já excludente!

Virtualmente, as fases da mentira se sucedem
E a Verdade vira por vezes moeda de troca.

Quem ressuscitaria seus termos de ocasião
No que se propusesse a fibra de teus filhos
Que – obedientes – não seriam galhofeiros
Nem ao que dissessem outrem de fracassos.

Passado que não é nem de dó e nem de si,
Seria a falsidade encarnada com medo do futuro,
Ou quem sabe o presente que ofertamos
Na venalidade de um tempo sem registros?

Em uma causalidade sem causas, em que dizer-se
Que as artimanhas do sem pares recrudesce
Nas medidas quase de um prumo, em esquadros
De metálicas alturas, no parecer profético.

Assim que se pareça o turno exemplar,
Quando, na mesma dimensão, vogasse
Uma onda multifária, plena de sortes,
Recomendada por um correio de vozes!

Que o vate de nós outros nos remeta ao tom
Que não subentenda a mesma atmosfera
Quando finalmente nos apercebermos
Que as salas de aula retornariam repletas…

Nisto de se demandar euforias, sente-se
Um estar de semântica indiscreta, apoiada
Em um estar-se igualmente demandado
Naquilo da História continuar como Deusa.

Dessas preferências ao sincero proceder
Remonte-se o parágrafo de um silogismo
Que, tal como um ordenamento cabal
Veste-se como um comendador romano.

Nos parece nada em vista: a falácia
Onde se residiam nos palacetes
De antigas culturas dos cafés plantados
E que hoje a arquitetura remonta FIESP e MASP!


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