terça-feira, 31 de agosto de 2021

DAS ÁGUAS PARADAS

 

Seguimos frente às águas do imenso paradeiro
Que nos enfraquece as monções e vigora nos dias
Em que – ensombrecidos – caminhamos sobre o chão…

Nas vértebras de nossos antepassados
Caminhamos com os pés em nossas frentes
Assim dita a correta ordem
De sabermos o que há na vanguarda.

Repetir-se o verbo na substância:

De uma vereda infundada, de uma Lei
Que, pressupostamente rege um bom artigo

Quais clementes afazeres, qual aziago momento.

Nas vezes em que claudicamos na retaguarda
Pincelamos tabelionatos de encomenda,
Retroagimos no Império da leis
Recomendando um comportamento algo ilibado!

De tantos procederes fazemos um grilhão
De flores e vento, qual um anúncio
De primeira mão, um universo jurídico
Em que a batalha se processa no processo.

Sentamos à mesa das negociações
Retirando do verbo o amálgama central
De que tudo o que fazemos ou falamos
Vem de uma dita frente meridional.

Assim procede o parecer das frentes
Na querência de um profeta, na verve musical
Que enfrenta tênues pensamentos
Quando elucubra vórtices de lucidez
.

Nas tempestades em que passamos em outros tempos
Resguardamos a defesa civil em nossos caminhos
Contemporizando o verso e a flor das ternuras
Com as armas necessárias a um bom mote de segurança!

Nos tempos que equidistam de uma plataforma boa
Navegamos com a luz do sol sobre o prumo do balanço
Qual nave sólida, qual embarcação encouraçada

Nas verves da poesia concreta, no time que ganha sempre.

Assim de se tirar nem por, versejo uma lente grande
Que faz do pequeno maior, e do maior um imenso
Posto na faculdade do que se requer inteiro
Nem sempre as peças são fabricadas corretamente.



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