Matos de mucosas renitentes
A se propor as
frentes inóspitas
Quando dizemos quase o suficiente
Na
alcova dos enjeitados, assim preza
O trato com a enfermidade
mental
Em que tudo se parece com o nada
Quando tememos não
ter boa medicina!
A mais se não possa, a ver que
pareça
Um tanto de noites mal dormidas
No afã de escrever
nos dias vincendos
Às noites do que possa crer em virtudes…
A
se passar uma poesia que se passe
O tanto que se reconheça, o
mote
De quase naufragar em nave furiosa
Com os tempos todos
da costa
Em que estamos por escrutinar ventos.
Passemos
por outras veredas e lutemos
Por algo que não subentenda
mentiras
Posto que devemos ancorar na Verdade
Tudo aquilo
que nos alcance na boa navegação.
De barcos a mais
barcos subentendemos
A prospecção do mesmo mar
Que
encontramos em uma baía
Com a frente do mar aberto em uma
pequena passagem.
Revela-se o ocaso do destino, o platô
de um sonho
Que encontramos alçados na primavera curta
Como
breve é o tempo que abraçamos
Nas fugazes parafernálias de
nossa situação.
De luzes se compreende a vanguarda
Que
remete ao codinome da esperança
Que significa espera, o não
desesperar
No que destempera os signos da vitória!
Essa
mesma vitória que faz parte do vincendo
Que reitera o mesmo
tempo da mansidão
E da paciência de um bom cristão
No
remelexo algo triste da incompreensão…
A vida pede
passagens e conclui brevidades
Que alternam com longos e médios
prazos
Na esfera das atitudes, na distância em que se ensine
A
um mendicante poeta que possa se tornar um poeta mendicante!
Dos
farnéis que deixamos acobertados na esfera da vida
Relembremos
épocas ou eras de assoberbados negócios
Em que uma indústria
tipográfica no século XIX
Relembra igualmente um período que
pertença à arte.
Dessa arte das letras, construída com
caixilhos
E tipos de metal, até chegarmos à poesia de
Cervantes
Ou de outras paragens de Dante este, na odisseia do
purgatório
E, mais à frente de Neruda em suas questões quase
surreais
Nas cores do ferro e do cobre, nas matas e nas
folhas
Luzidias da selva, qual patrimônio atualizado
Na
verve do que esperemos seja sempre refulgente, e o é!
No
de se tanger sombras, os fantasmas aparecem nas formas
Que temos
por educar, espíritos famélicos de lutas
E homens encarnados
pela dimensão da matéria
Em que não sobra muito espaço nessa
direção
Ao ponto de derivarmos a Deus nossas opções.
Não
existe nenhum ser humano ou semideus perfeito,
Posto até Shiva
ter caído na luxúria por Mohini Murti
Quando tentou
alcançá-la nos lugares da Terra
Tendo por surpresa seu sêmen
ter-se transformado
Em minas de prata por onde passou,
apaixonado!
Por mais que se tente, só Krsna é o
Todo Sublime
Nesse tentar encontrar um ser perfeito,
Naquilo
de ser Mohini a própria encarnação mulher
Do Ser Todo
Atrativo, com todas as sublimes qualidades
Em que, saibamos,
esse ser que é tudo sabe de tudo e de todos…
Em nossa
parecença por vezes do sem nexo,
Nosso Deus permanece
grandioso,
Sabe de tudo e de todos,
Posto como um
pássaro
Dentro de nosso peito acompanhando nosso atma: outro pássaro.
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