sábado, 1 de maio de 2021

A TERRITORIALIZAÇÃO INVENTADA

 


Quão somos fracos na matéria das fronteiras
Em de que não dispomos de outros recursos senão a fantasia
De sabermos muito pouco da cultura de cada qual
Posto não a vivenciarmos em locus, de não sabermos
A fachada que significa um país e suas portas quase serenas…

Imiscuir-se nos problemas das invencionices gera guerras
Não apenas diplomáticas mas de fato, com a fanfarronice
De estarmos soberbos nas questões dos limites a se respeitar!

Uma vida nunca deve ser emoldurada além da pintura.

Se devemos prosseguir na diversidade, que esta seja
Sem o prenúncio de fronteiras que não equidistam aos territórios…

Coloca-se um sinal no fim da frase, feito reticências cabais
Que nos transportem a um caudal imaginativo
De sobremodo registrado a uma anuência de um predicado
Que seja o fim do território da frase e que se prepara
A outro, a prover do significado semântico o que se esperava.

A poesia quase inexiste, quase joga a toalha na lona,
Percebe a questão que se encerra na latitude dos inocentes...

Que sejam, espiritualmente e cabalmente circunflexos.

A mais de se doar, que seja a doação universal, qual movimento
De uma ida e de uma volta, a saber, na longitude de um fuso
Onde doze horas perfaz a diferença do que creiamos distante.

A Terra como esfera girante, a revelação nos seus territórios
Quanto de um verso súplice caminhe ao lado de uma versão
Que nos empunhe fatores que não rejam uma vertente, um caminho
Nas entrelinhas de qualquer contexto, em uma sílaba pronunciada
Ou na palavra que sirva como anunciação…

A se prosseguir seguindo fileiras, a se admitir um colóquio amoroso,
No redarguir consonâncias, no encontrar maneiras outras
De dispor de contra contendas nos versos que encontramos embandeirados.

De refluir sentidos teremos uma etapa subjacente a uma versão mais afoita
Em uma metáfora renitente sobre a beleza da montanha quando se debruça
Sobre o espelhamento do mar, tal de fazer parte do oceano que dilata
As partes mais merecedoras da arte, justo: me complace más que el mar,
E para tudo existe a água, a terra, o ar, o fogo, o éter e um grande pensar!



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