segunda-feira, 17 de maio de 2021

MAS A VERDADE QUE NÃO É MENTIRA

 

Troca-se o dia por um ano torto que nem o que não termina,
Refaz-se uma água por duas do que se imagina não se ter,
Veste-se o rumor de uma antiga glória, por saber-se
Não se ter a noção concreta do que se diz no desenho…

No escrever-se quase tud
o o que se pensa revela-se
Um quadrilátero de funções sem a noção exata
Do que dizer realmente seja a primeira e não a última linha!

O alvorecer de uma ideia consubstancia-se no espaço
Assim como crescemos com a mentalidade nua do escopo
De tantas as reminiscências ocres, de tanto o se dizer
Que embalamos as esperanças como frutos de um saber.

Dista o coração do saber-se cerebral ou famélico.

Não se venha portanto dizer que o não é o sim, ou que o cru
Está cozido, ou que a mentira torna-se a verdade encoberta
De quem a quer dessa forma, uma
fake de poder insípido.

Não, que convenhamos que as fontes sejam idôneas,
Que o látego da farsa não assombre nossos signos
E que, simbolicamente, dentro de nosso rumoroso ideal
Prossigamos com a verdade como timão de nossos barcos.

Paremos com a noção errada que a Verdade é relativa,
Que o mundo está a se acabar e o vale-tudo é aceite
Em um caso qualquer de plataforma religiosa e maquiavélica
Onde o não pode afirmar e outros sins podem negar…

Não, que não estejamos nessa face da dúvida certeira,
De uma Era de Ferro que não transmuta jamais,
Posto a esperança é título de uma nobreza de caráter
Onde integra a força a voz de quem tem mais a dizer de tudo.

A mentira não voga em predicados, não azeita a concordância,
Passa rente ao vazio, perfaz crianças no caminho da ignorância,
Refaz modos nada salutares àqueles que têm fome da justiça
E reitera a obscuridade em plena luz solar, mesmo quente: fria.

O que se denota dessas prerrogativas nada críveis, é como se uma fivela
Não fosse servir ao cinto, é como se uma calça virasse de moda
Alterna em seu próprio tempo, como se uma meia parasse de pé
Ou como se a gravata não encaixasse nos nossos contidos pescoços!


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