terça-feira, 4 de maio de 2021

MUTATIS MUTANDIS

 

Sobre uma esteira de vaidades, sofre o ser que não sabe interpretar
Uma linha que seja, um parágrafo variável, uma forma que se respire
De melhores ares, de um arcabouço poético que não falta jamais
Ao que seja de se bem melhorar, a uma mudança propriamente dita
Dentro do escopo blindado por flores na nossa intenção renitente…

Dessas escarapuças convexas de moto-contínuo, haja sempre a perplexa
Moda da cor grená, do gris, do preto, um ébano de luto sem sabermos
Se o que voga é a cor do boné algo laranja, dentro dos cinzas sem luxo,
Dos escapares silenciosos do padrão, se o cáqui torna-se uma cor
Que permeia a significação do belo e suas hierarquias sem conta!

Desse universo das cores, quem sabe uma indumentária floral,
Uma mandala azul na camisa branca, uma gravata italiana bem posta,
O redarguir que queremos mais as cores do mundo, a cor da terra
Em uma jaqueta de couro sintético, um alimentar a esperança
Com todos os verdes do planeta, incluso o Veronese de um Paolo…

Se as chagas são vermelhas, quem sabe usarmos o vermelho
Como um símbolo de libertação cristã, ensimesmado com o lilás
Das católicas, em um amanhecer onde o Bispo dá seus sinais
Nas catedrais do mundo, em que Notre Dame signifique mais
Do que qualquer significado mundano que possa advir de tanto.

Se coloca tanto do mundo católico que a esteira supracitada
Não verte o caudal merecedor de um Papa Santificado
Por sua renúncia ao conforto, por não estar no simbolismo papal
Com seu modo de render-se aos confortos materiais
Mas apenas fazendo os votos de peregrinar e pregar.

Mutatis Mutandis, o mundo gira, o mundo cresce e fica melhor
Mesmo com a crise pandêmica que assola a tudo e a todos,
Pois melhor seria fosse um país que se inventasse
Na forma e no caudal da esperança, no negar-se a política
Pelo menos agora que todos estamos com o mesmo problema…

Posto que essa luta ideológica acaba por fazer fenecer atitudes!

Que poderiam estar mais seriamente vinculadas por melhoras
Em um panorama mais nacionalista e cabalmente focado
No que se tem de bom ao que não se tenha de mal
O mal por si e de per si, quando queremos impor o absurdo...

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