quinta-feira, 27 de maio de 2021

A MATERIALIDADE DOS DESEJOS

 

           Reste-se a matéria, o mundo material, a convexidade do amálgama sólido dos desejos, o ter e possuir, a posse, a demanda, o complexo dentro de possíveis únicas alternativas, o silêncio de um lagarto no deserto! Essa mesma consorte reptílica de alguns profetas que anunciam as ocasiões do prazer, quando este qual seja o de se retirar da mesma matéria e imergir em uma força maior… Da força que muitas vezes não dispomos, de certas garantias que se rumina no pensamento, e não se cria na mesma consorte, a matéria em si. Algo é unicamente complexo nessa mesma assertiva, e as ameaças ao próximo começam a cansar de suas mesmices, a não ser que se viva querendo que a mesma dificuldade existencial tome a forma nada consagradora da ilusão, esta mesma que se perde no tapete dos incautos. Essa estranha trama que atravessa os sentidos e trama consecuções mais próprias dos afazeres da vida, quais sejam, a não exclusão dos vulneráveis por direito e o respeito às populações de mais idade do que o padrão social que remete à inclusão quase nobre da meia idade para baixo, rebatendo na juventude o ideal de idade de um sistema que prima mais os mesmos jovens. Todo esse caudal que remanesce nos tempos lida com a superficialidade da felicidade imposta àqueles que demandam mais preocupações pertinentes do que o usual…
          Essa relativização do o objeto do conhecimento e este do “em si” remete ao desconhecimento da penúria ignorante, que na verdade é apenas mais uma manifestação de um modo material, tão importante em alguns aspectos como o modo da paixão e da bondade, posto sempre existir, em escalas maiores em alguns sítios, como em outros atravessados plenamente pela ilusão, mesmo quando sabemos que a religião oposta verse sobre esse modal. Os sábios leem sobre tudo, de modo geral, em sua visão escalar, sobre inclusive a poesia que remeta a uma senciência, sobre um tipo de abordagem circunspecta em sua lei, em sua ordem, em sua narrativa. Não podemos obscurecer a ciência, mesmo porque essa palavra tão simples nos remeta à própria realização espiritual.
Talvez não sejamos tão nobres a essa causa, mas esta causa certamente é mais nobre do que todos os seres que vivem democraticamente sobre a Terra, este planetinha azul que aceita as maravilhas do mundo inteiro!
         A nave que foi mandada para o espaço viu que apenas alcançamos o planeta Marte, mas é fácil irmos para
Brahmaloka se nos dispusermos a tanto, tanto que não consta no corretor ortográfico deste processador de texto uma palavra semelhante, ao fator do desconhecimento pura e simplesmente deste planeta onde talvez Seixas tenha botado os seus pés de grande compositor. Pois sim, já que algumas encarnações deste mundo já tenham estado em diversos planetas, com os quais terão aprendido muito, ou em muitas faces de encarnações que expiram seus corpos no corpo de um rato, de uma aranha, de um crab – caranguejo –, ou outras e variadas formas de vida! Quando um mísero mortal chega a um ponto de entender a língua inglesa ao ponto de poder traduzir uma palestra de Prabhupada, chega-se ao ponto máximo da compreensão do aspecto religioso da ISKCON: sociedade internacional para a consciência de Krsna… Apesar de estarmos relativizando até mesmo o conhecimento das religiões como um todo, na importância cabal do Antigo Testamento, alguns homens e algumas mulheres têm um conhecimento tão abissal desse assunto que não se passa batido sobre essa questão religiosa. Este que vos fala não desenvolve perspicácia sobre assuntos outros da tergiversação religiosa, e como desconhece alguma e importante escritura, não pode dar uma opinião muito fundamentada sobre esse assunto.
         Desliguemos os óbices, deixemos que corra solta a fé dos humanos, posto sabermos compreender que o Universo é algo maior do que a Terra, e apenas reiterar que, quando esta foi vista do espaço, viu-se a sua rotação e o fato decisivo que desde a antiga navegação concluiu que não era plana, e Galileu pagou um preço alto por sua genialidade e prova do fato citado!


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