sábado, 22 de maio de 2021

O LADO INCOERENTE DO NADA

 

Braços inconformes alteiam sons que não significam
Nem ao menos o nada sutil reverso de uma medalha
Em que jamais fora prêmio, justo que não recebido
Em uma matilha incessante e voraz atrás de sucessos!

Resta saber a premiação dos inauditos, benquerentes
Do nada, a saber, que de um pressuposto inexistente
Capitula-se a não proferir a veia mais nobre
Que perpassa em correntezas de um descaso qualquer.

As vertentes de uma corrida entrevada na pele
De uma face quase hedionda por letras rubras
E de tantas outras quase atávicas por pressão e voz
Que de falar nem de tudo o que reste a poesia é proibida…

Resta saber que no inglês a validade de uma letra
Assenta como idioma fundamental, como em um sonho
Em tergiversar o irreconhecível com o patamar da vida
No caudal irretocável de uma frequente e grande maré.

A maré que suplante tudo e todos, qual a poesia que floresce
Dentro de um imo individual postado para um coletivo
Que seja –
to a couple – no cerne do distinguível
Ao seja no cerne da dimensão causal da libertação!

Posto que a variante de um idioma há de diferenciar
O solstício do equinócio, o quente do frio,
As sombras da origem da luz,
O freio do galope,
O chão do céu,
Ou a ira do amor…

Os lados convexos do pensamento
Nos fazem abdicar do seu oposto côncavo
Quando passa a irradiar na sua forma
A relatividade de algo maior do que a narrativa.

Esse inenarrável modal de uma frente de luzes
É que nos traz a Verdade em seu imorredouro
Dilema que não suporte a velocidade de um rato
Quando carrega
Ganesha sobre seu dorso.

Isso de mostrarmos a circunspecção de nos retrair
Veste de um rumor algo absoluto nas vestes de algo
Quanto o de supormos que a invectiva da ignorância
Não é menor do que a opulência cruenta da maldade
Que se encobre de uma notívaga impressão
E retrata a covardia de se sublimar o sono sagrado!


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