quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

OS NÓS DO TELHADO

 

           Não tanto por se dar nós nas telhas, algo de absurdo condiz com os novos telhados do sucesso… Águas e águas vertem de Indra, este mesmo semideus que se remete ao vento e que enfrenta Arjuna no Mahabharata. De tantos nomes quase esdrúxulos perante uma plebe que não conheça, mas apenas conhecemos Davi, Abraão e Jacó, principalmente por estas plagas ocidentais… Que conheçamos de outras religiões o seu cerne, não propriamente apenas a Bíblia Sagrada, e, por que não, o livro indiano do Baghavad Gita. A teoria de que há racismo no Gita é totalmente infundada, pois permite ao mais ignóbil ser, quando visto sob a ótica reducionista, que esse ser possa estar livre da Natureza Material e suas garras ilusórias! Essa é a plena verdade, posto não haver reducionismo tal como a Criação de Brahman no Velho Testamento, este apenas uma lacuna na história da Criação, pois somente verdade e fato, mas não toda a verdade e nem todo o fato. Toda a verdade e todo o fato estão nos Vedas, e de modo algum há a ingerência de supremacia racial ou coisa parecida, e nem castas impostas ou coisa que o valha. Os guerreiros, os sacerdotes, os trabalhadores e os comerciantes sempre existiram, apenas mudou-se um pouco o sentido dos sacerdotes, mas estes são hoje encontrados em qualquer nação do planeta, desde Israel ao Haiti. Não, e jamais deve haver mensurações relativas nesse tipo de contexto, onde uma religião deve respeitar outras e vice e versa.
           Jamais no mundo deve-se tentar afirmar uma religião sobre a outra, e jamais deve haver contendas por motivos igualmente religiosos. Se um Estado é laico e soberano não resistirão aqueles que acreditam em uma supremacia racial ou militar. Esse é um grave erro, pois a razão não é não termos forças no Exército, mas sim quando estes subentendem ser melhor ignorar Leis da Pátria que, invariavelmente, elas mesmas foram coadjuvantes de suas construções.
           Os telhados nos abrigam, e essa é a premissa maior d
e uma engenharia: que nos abriguem os vigamentos e as telhas, sem termos que dar nós nos encaixes para que se funcione toda essa estrutura. A vez e a voz de uma Nação se encontra em suas identidades, na forma de suas casas, nos edifícios corretamente construídos e na boa vontade dos bons governantes. Que uma luz de lucidez nos atenda mui prontamente, e que as telhas estejam bem colocadas, quais peças encontradas no teatro de nós mesmos, e que jamais haja subterfúgios para ciclones artificiais, produtos do raciocínio desastroso… Essa é apenas a única premissa lógica que podemos ter para contar a nós a vereda da consequência de boas práticas, e é a partir dela que devemos prosseguir para dirimir alguns arremedos de aproximação com o fracasso humano. A ausência da dúvida é importante, e devemos ser certeiros nas ações e na atitude perante a necessidade de construirmos uma sociedade pacífica tolerante e focada no progresso. Esse deve ser o nosso mais avançado pensamento, porquanto, se teimarmos em enfeitar pavões por motivos unicamente religiosos, não consentiremos que se conquistem maiores peças na grande engrenagem sistêmica que deve funcionar com o capital, o trabalho e os suprimentos e serviços fartamente necessários a toda a população, especialmente os que estão na pobreza e na miséria. Enquanto a ganância for objeto de justificação religiosa ou ideológica, os processos civilizatórios espalhados em muitos territórios nacionais, não darão os frutos que demandam para surgirem em nossa Pátria todos os esforços necessários na unidade de nossas frentes, e de nossas retaguardas.

          Dividir e polarizar internamente todo um país só atende a interesses apátridas e entreguistas de ambas as partes, por faltar o mínimo de sensibilidade ao se evitar o consenso necessário e atual.

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