sábado, 2 de janeiro de 2021

NO TEMPLO DA RAZÃO

 

À custa de uma vitrola estragada, temos que emergir das rádios
Como se esta fosse do último recurso que porventura guarnecemos
Em uma Era de Kali, mais precisamente a Kali-yuga que muitos
Sequer sabem a sua dimensão, nem pra que fora esse termo
Algo mais consubstanciado do que o que não seja outro próprio…

Sempre cogitaremos outros mundos, um ideal, uma ideia do que fazer
Que parte de um trabalho, de uma empresa, de
um fator revelador
Que ensaia do perfil de um ser que se digna esponsal da boa ventura,
De prócer do que é evidenciado ou por uma escritura, ou, de qual forma
Do que vem a ser concreto pelos fonemas em seus significados semânticos…

Da algébrica
situação, de uma equação mal resolvida, de um desafio
Da matemática, de se saber que o aleatório também é fundamental
Encerremos os tempos de hoje como se fôramos guerreiros
Transudados da alma das lutas, e que não se venha traçar contrários.

Perdoe-se a falta de um verso a se completar a estrofe, verso: eis
Que surja na de baixo, em que se preparou uma razão um pouco maior
Do que o que se esperava nas todas estrofes anteriores, haja vista o seis
Ser um pouco maior do que uma média das fronteiras que deixamos
Quase inexistentes nos solos do país, mas que sejam serenos os modos
Em que saibamos ser o seis um bom número frente a matemática!

Em que reconheçamos um ou outro guerreiro, frente a frente,
Por vezes em oposição diuturna, por outras apenas um mero rancor,
Que nos qualifica no diálogo, em si, no debate, na exposição
Do que realmente queremos para nós e para os outros, desde que

Os outros sejam lembrados no que se explana dos nossos vieses.

Dos pombos na calçada nos lembremos da paz picassiana,
Das letras jogadas sobre um leito de máquina, pensemos
Que essas mensagens nos venham como um grande farol
Que nos remetam a um porto de algum modo seguro e firme
Que não nos claudiquem o caminhar solene por entre as gentes.

Finalmente, que se tenha a noção de um firmamento
A se alinhar com as órbitas de outros e outros planetas
No que venha a ser um pouco mais curta a estrofe
Quando caminhamos na mesma direção de um bom senso cabal!




Nenhum comentário:

Postar um comentário