Respirar o ar sombrio da Natureza,
fremir o beijo na árvore
Parar o remanso das águas, verter o
jorro do ventre,
Reverter o paradigma de não existir,
Pular
sobre o vértice da palavra,
Escanear um pequeno
texto,
Coexistir com uma linha,
Traçar um
esquadro,
Respirar um pó,
Verter em
si,
Fomentar,
Reduzir,
O ar,
No mais,
O que
seria melhor do que aumentar a capacidade do oxigênio
Do
que saber que o que nos falta é ao menos a respiração…
Não,
não nos falte esperanças, posto a remissão de nossas frentes
É
algo que não se explica, é teorética, é fantasmagoria simples,
É
um lado que nos cabe no latifúndio da normalidade ou,
A quem
saiba, uma gleba de loucura por dentro de um linho
Na sua crueza
de tecido nobre, mesmo sabendo-se presente
Nas estações que
não distam muito dos panoramas solenes
Quando sabemos que há de se possuir a semântica
De
uma estrofe de versos ausentes da melancolia
Que nos abraça por
algum tempo quase nulo.
Venham
os tempos mais rubros de transigirem
Com ocasos raros de se ter
o mar e o céu
Na conformidade de sua União
Do que talvez
fora da própria palavra
Onde depositamos nossos farnéis
Quanto
de produzirmos a arte
Na forma poética e caudalosa
Ao
tempo de sabermos o que significa
No ventre da manhã o
despertar
De uma pena que traça no leito da máquina
O
preto sobre o branco das letras
Ao que, supostamente abraça
A
vida de um homem que se faz poeta
Por apenas da necessidade
atávica do se expressar!
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