segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

DENTRO E FORA



O que é interno pode ser uma intenção, e fora disso
Apenas um gesto, o que relembre do que é vero e falso
Naquilo que esperamos da humanidade mais desperta…

De dentro sai, de fora entra, de fora sai e de dentro entra.

O que não se sabe é a dimensão interna de um ser, ou seja,
Sabemos mais das aparências afora o imo seja tão seleto.

O que temos adentro é toda a nossa memória embalada
Por um pensamento qualquer, e de fora vemos
Que uma letra pode enganar qualquer pressuposto!

Na verve da representação o nosso interior sobre espaça,
E a nobre resiliência do ser ao nada nos transporte por vezes.

Afora a dimensão do ser, o que queremos muitas vezes
É ruminar propósitos sem sabermos se o externo seja possível
Para tornarmos coerente a nossa íntima proposta
De sermos maiores do que remeta a exteriorização do algo.

Veríamos melhor a Natureza se, dentro de cada peça do jogo,
Seus seres transportassem mais conhecimento do que esperamos
Há séculos transbordar um fragmento de carinho que revele
A semântica do destino, uma ode ao que jamais queremos.

Por uma suposta dedução lógica, as nossas vertentes
Esperam por dias sem a latitude tirânica do descaso
Frente aos dias que vêm em um tipo de galope
Na cavalaria de todos os que pensam coerentemente!

Retiremos nossas mansardas das engrenagens sobreviventes
Posto é na vanguarda de nossas ações que relembramos títeres
Que tanto lutaram pela nação de qualquer lado do planeta
Assim como não haveria outra forma de se obter uma medalha.

Em uma verdade consubstanciada e crua, veremos os dias andantes
Como se fôramos quixotescos, a partir dos odres de vinho
Qual conta não paga ao fabricante, dentro de uma aldeia antiga
Na Espanha tão maravilhosa que gerou para sempre Miguel de Cervantes!

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