sábado, 2 de janeiro de 2021

OS NÓS DO MAR

 

Sejamos nós do mar, do mar os nós que singram
Por dentro de uma atmosfera de nuvens
Que façam partir as naus, e que de tanto navegar
Se canse um pouco quando não encontramos o farol…

De dentro de uma escotilha reverberemos sol
Da popa à proa, que seja, encontrar no convés
A latitude do encontro, valorosos soldados
Que saibam o que seja navegar em mar revolto!

Não que não sejamos fortes e civis,
Guiados pelas leis de uma carta capital
Nas capitais de nosso país, sem quebras
No que nos dite a força maior, a sermos obedientes.

Não nos permitamos a uma desobediência civil,
Posto infrata a lei aquele que não a respeita
E a desmerece a um nível cabal e irrisório
A injusta adequação de negar o processo legal.

Nunca, jamais se verá alguém que passe por cima
De leis criadas por sangue, por sacrifícios do povo
Mesmo que, por enquanto, na nossa terra planificada
Não termos como fugir da área da infecção generalizada.

E, se um homem escreve algo, que escreva tudo
O que não possui referências filosóficas,
O que não passa pelos meios ou pelos fins,
Que não obrigatoriamente não crê no Juízo Final.

Posta
a navegação pelo inconsútil, em uma medida
Que não alterque com a gerência do incognoscível
Que saia em saia justa com o patronato servil
Quando serve os patrícios no andamento do tosco…

Em uma realidade amplificada vemos, a bombordo,
A nesga de terra aparecer quando antes não tínhamos
O ramo de oliveira de Noé, e muito menos seus longos
Anos de história em que acreditamos que na Arca estão todos!

Faltantes alguns seres marinhos, rebocados, talvez por redes
Como na circunflexa web, a assustadora web que vem por roldão
Por-nos a navegar pelos porões perdidos das sentinelas do ocaso
Quando vemos, por fim, um
app que nos ajude a viver melhor!


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