segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O SOL QUE PERPASSA

Notívagos viventes passam seus dias anoitecendo seus rumores
Dentro de uma esfera plácida que remonta breus decompostos
Ou fachadas do se viver no adicto mundo tão ferrenho
Que porventura não se escolha um tempo que seja fecundo…

De destronar peças de ante mão seremos quase fantásticos
Quanto a se remendar as vertentes da ignorância, por si
De se ver o que não é visto e de se falar o que não pronuncia.

Seríamos sonetos inexistentes so
rrisos sem métrica,
Alfarrábios de pressuposição nula nas práticas
Ou mesmo candeeiros na luz solar posta no poente!

De evidentes modos só requeiramos o certo e provável
Pois nas faces da Verdade é nua o que queremos por ver…

Escutando Bhrams convergiremos a certo ponto
O que de cultura sólida não nos vergue o espírito
Porquanto não sairemos de outros pontos
Se essa convergência também não nos afaste de Vivaldi.

Sairemos pelas ruas em futuro próximo abraçando nossos iguais
Em sentimento e força, em fé e em caudais de vertentes cabais
No mesmo encontro de antes e, no entanto, sem o rancor
Que deveras temos por ultrajar o bom senso de se viver em paz!

Se a letra A pertence tanto ao nosso Aleph, não claudiquemos
Por um temor que seja nulo, por uma proficiência geral e pontual
No que se dependa das estrofes que escorrem pelo nosso colo
E que não vestem de desditas sequer o bom proceder…

E, visto que não encaixemos corretamente todas as palavras
Que perdoem aos leitores, no que certamente vejamos
Ao que se lembrem os homens que vituperavam ósculos.

Desse empelicado proceder, que ao menos uma voz terna
Retire do pranto de alguns o resultado das lágrimas
Principalmente se estas forem de felicidade!


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