quarta-feira, 4 de novembro de 2020

UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIOS

Tratamos de ser um ser do próprio tratar-se. Que não difiramos muito do que nos encerra no patíbulo das incertezas… De tantos e tantos abandonos, dos lesa pátrias, daqueles que nos cercam no anonimato que seja – nossa única certeza – seria ver aos nossos olhos que aqueles que creem em algo forte sejam emancipados das questões mais elementares. Questões que nos digam respeito ao bom cidadão, a que não seja importunado por quaisquer lados, no princípio mesmo da equidade. Uma igualdade cabal que não pode ser jogada no esquecimento, posto não será a partir da ignorância de quem porventura somos que a cultura dos povos há de ser apagada de nossa memória. O mesmo ignorar tantas coisas que nos afligem qual, quer não saibamos lidar com elas, ou na miríade dos treinares temos a ilusão concreta do enfrentamento vão. Na relação que por vezes é crua com a realidade, muitos agentes das mudanças não percebem que não será a partir somente deles que as coisas funcionarão de outro modo. O planeta pode ser extremamente desigual, mas a divulgação desse fato é mister que compareça, quiçá em canais independentes dos quais dispomos amplamente. Rege-se uma pauta que é a da tirania, mas em sua origem haveria de ser mais bem alicerçada, até culturalmente, e hoje tentam a tirania, nada mais do que isso.

Os princípios da existência vem a dar nos costados de uma resiliência em que se possa dar o exemplo, fazer o dever de casa cada cidadão, colocar finalmente nos trilhos o bom senso, a igualdade, os direitos de cada qual que reside não apenas na nossa nação, mas no mundo como um todo. No entanto, o ignorar-se a alguns problemas estruturais em um país, seja a sede ou o ramal, seja o império ou o quintal, esse ignorar-se prevê que haja um tipo de integração entre os dois capitaneados pelo dinheiro a poucos, aposta-se na desigualdade racial, econômica e ingerente nos andamentos do capital internacional e financeiro sobre o planeta. Essas questões interligadas, os desejos das nações que querem estar em primeiro lugar entre si, e outras que aceitam a que uma nação qualquer predomine a qualquer custo, vem do temor que se troque um império por outro. Que haja uma transformação sistêmica na modalidade da vivência do indivíduo para a coletividade. Em caminho com lógica isso não é mentira, posto o resultado de um novo império conseguindo seu posto infere que o outro se sinta fraco perante uma gigantesca onda, um tsunami que invade o modo de vida de bilhões de pessoas. Já a se contar que nesse mérito exista esse montante no mundo ocidental como no mundo oriental, e que não haja divisões, pois isso não há de fazer muito bem à humanidade como um todo. Dessa humanidade que se cita como condição a que vivamos com o consentimento da bondade em seu modal, não há de abrir espaços para a tirania de quaisquer dos lados, porquanto a corda tensa social dependa, para seu afrouxamento de um princípio igualitário nas rendas e atos que injustamente não estão sendo aplicados nos tecidos sociais de nossos regimes.

A democracia há de ser, pontual e genericamente, a única modalidade que avente a possibilidade de conscientização popular, pois jamais haverá espaços de truculência imposta verticalmente ao nosso sofrido e galhardo povo, já tão vitimado pelas máfias que se fazem presente no nosso país. A abertura democrática de fato se faz necessária com o consentimento de nossos líderes, assim como a proteção irrefutável de nossas instituições e nos sistemas organizacionais que estão dando certo e gerando lucros, e que não devem ser alterados em sua vigência. Partir para atitudes coerentes e sem gerar crises maiores, voga a que sejamos melhores do que aquilo que se espera de nós, na mesma coerência da incorruptibilidade e da honestidade como nossa garantia.


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