domingo, 1 de novembro de 2020

SISTEMAS FECHADOS


Algum modo de saber que estamos em modo sistêmico, fechado, é termos a noção de que tudo o que aprendemos não subtrai muito a razão de podermos pertencer a uma semântica de linguagem a mais variada. Pertencemos a um sistema que adota as mais variadas expressões e, no entanto, se fecha em copas quando em uma delas sequer falamos uma verdade que seja absoluta, no verdadeiro termo da palavra... Essa Verdade põe termos à mentira, no sentido de estarmos nos aproximando de um fato com boa fonte, essa fonte que se traduz no modo de se dar uma notícia, com parâmetros imparciais e logicamente aceitáveis pela tradição segura de nos dar as mesmas notícias. Como quando as vias de se dar a informação passam por uma certeza de que a informação dada vem acompanhada de um pouco de conhecimento, como a estruturação de uma cultura que leva em consideração dados factíveis, e os manifesta com propriedade, com lógica e com humanismo. Essas posturas traduzem boas fontes, e é a partir desta que se tem o conforto de ser partícipe da realidade mundial ou nacional. É desse modo que chegamos ao vizinho mais próximo, que elucidamos o fato, a questão ou as equações que aparentemente são difíceis de resolver: esse sistema deve se fechar para não deixar que se passe a informação de fakes, no que deve se reprimir os mesmos fakes com energia, posto servirem a ambos os lados, e não ao interesse puro do cidadão.

A abertura da comunicação deve existir, mas devemos estar atentos para o fenômeno das fakes news, pois isso desconstrói a mesma comunicação. A viralização de uma mentira pode ser mais nociva do que pensamos e a propagação do boato como regra vira uma arma covarde nas mãos do Poder, quiçá mesmo de outras nações do globo, com interesse de manter o status quo ou mesmo subverter a ordem democrática. Essa ordem tão vilipendiada, tão massacrada em algumas nações que - esperemos - jamais seja partícipe de outra regra senão da Verdade. É possível ainda construirmos um mundo mais justo a partir dela, e que sejamos partícipes dessa União pela liberdade de expressão dentro do parâmetro da decência e da mesma Verdade, posto não podermos exercitar nossos direitos quando tudo em que poderíamos acreditar é posto em xeque no meio de nossos caminhos à libertação. Pode ser um caminho longo, mas é a partir dele que daremos cabo à opressão a nossos povos. Um caminho longo, pode ser difícil no começo, mas é a partir de um exercício diário que conseguiremos antepor aos muitos obstáculos uma promessa de tempos melhores, que já aí se aproximam. Nessa latitude de nossas intenções a mesma promessa de tempos melhores encerra em si a possibilidade de iluminarmos nossas veredas com a velha ideia de União, de compreensão da realidade do "outro", de uma questão que gerencia como um velho amanuense a relação entre as contas pagas e as que virão para que quitemos a dívida com qualquer um que se apresente! 


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