Não que seja uma matéria
acadêmica, mas que seja o palpável, o sólido: metal, papel,
plástico, madeira, ar, calor, etc… No que não conformemos o corpo
de um ser, pois a vida não é matéria, senão espírito.
Tergiversemos
sobre aquilo que vemos, os produtos das fábricas, o labor que gera
serviços que, tão logo são executados transformam-se em uma peça
de motor, em um mastro, em uma garrafa, ou qualquer coisa inorgânica,
posto quando colhemos o trigo lidamos com uma entidade viva, que é a
planta, e que merece um respeito agigantado, assim como um operário
merece um respeito igualmente agigantado quando fornece sua força de
trabalho a se gerar um bem, seja ele de consumo ou de insumo. Assim
como se produz uma semente, a competência em se lidar com as coisas
merece total atenção, pago e reconhecimento. Uma palavra como:
objeto, pode significar muitas coisas, mas a objetificação humana é
recorrente quando tratamos de criar um sistema de inteligência e
viramos meros instrumentos da AI (artificial intelligence). Como se a
máquina rodasse sozinha, tomasse decisões e quiçá um dia parta
para a criação de seus próprios módulos e instâncias
computacionais. Ainda
estamos longe dessa utopia tecnológica e jamais uma máquina terá a
vida de um ser qualquer, posto para se fazer um desenho necessitamos
da mão humana. E
a não ferramenta pode ser o princípio da ingerência humana, mesmo
sabendo-se que a ferramenta tem nos acompanhado por milênios, e o
princípio da terracota apenas com a mão mostra os seus poderes,
assim como um bom arqueiro sabe mais da ciência militar do
que aquele que aperta o botão e lança uma hecatombe de seu avião…
Parece-nos que quanto mais nos aproximamos do fogo mais nos tornamos
poderosos. Fiamo-nos no exemplo de nações que guerreavam com a
habilidade marcial de seus guerreiros, pois essa historinha de drones
é de fato a guerra mais covarde que se tem na história.
A
respeito do ser material quando usa de si em mãos humanas, como se
tivesse uma vida, tudo isso diz respeito ao próprio instrumento que
não funciona sem a nossa ingerência. Sistemas mais complexos vão
surgir com o tempo, e esperemos que não tenham muitos bugs,
posto seu exemplar funcionamento só faz surgir a dúvida nas
mentes mais fracas, expostas às indústrias culturais. As
performances imaginativas requerem muitas demandas em suas fantasias
e na grande ilusão de se achar treinado por games, ou simulações,
no diálogo sem precedentes com os meios digitais. É essa
performance que nos traz avanços na motricidade, mas isola as
pessoas em grupos
eletrônicos, passando a derivar o contato humano e, justamente em
tempos de pandemia, paradoxalmente as gentes se encontram
desesperadamente em favor de um contato ou diversos, sem tomarem as
precauções necessárias. Com isso caminha toda uma corrente
alienadora de drogas e álcool, como a saída de prescrição a cada
um e dentro de uma coletividade sem responsabilidades.
Por essa questão a volatilidade da matéria se mostra inerente a uma
quase cegueira que muitos possuem sobre o nosso planeta tão
destruído e em vias de ser solapado cada vez mais. Desse modo um
caminho razoável é tentar ao máximo encontrar caminhos espirituais
que busquem ensinar aos devotos a proteção à Natureza como um todo
e a vida como fiel da medalha em si e de per si!
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