domingo, 22 de novembro de 2020

QUESTÃO DE TATO

 

         Se tato nos fora de sabermos escolhermo-nos para uma saudável tarefa – quem dera – estaríamos em uma escala vertiginosa sem tanta lucidez, mas apontados para o bom senso. No entanto, não é fácil descobrir uma boa tarefa: talvez o voluntariado, ou qualquer coisa de entrega de si mesmo, uma função qualquer na sociedade que nos redima bons tempos de solidariedade, de conformação com uma intenção redobrada de se praticar o bem. Mas tantas são as ingerências do mal que temos que ser enérgicos, ao lado da legalidade, e nunca nos permitirmos dela sair para um perfeito funcionamento do sistema em que vivemos, ou, quem sabe, dos diversos sistemas que fazem funcionar o escopo da sociedade. Nesse grande ente da tapeçaria universal vemos boas superfícies, quadráticas ou não, ao vivenciarmos bons caminhos onde podemos pousar nossos pés em uma questão de sentir, com o mesmo tato de acima a base de nossos ancestrais, sejam eles homens ou dinossauros! Sói em conformidade com as gentes as mais diversas termos um panorama onde todos os seres que já estiveram por aqui deixem os seus legados, como em Galápagos e sua Evolução, como na evolução espiritual de cada um, mesmo que termos por assumir, no planeta, diversas modalidades da existência.
         Seria dizer muito que dentre as estrelas no universo da matéria o planeta Terra é sempre tão maravilhoso quanto alguns dos lugares mais lindos que essa esfera nos oferece? Qual, seriam talvez regras de um jogo onde por um lado há as forças construtivas, e por outro uma única, de destruição, posto não ter de assumir quaisquer complexidades esta, já que para destruir basta acender um fósforo, e para construir, por vezes dependemos de séculos de resiliência e Unidade, justamente, com as Forças pertencidas.
É por essa via que temos que saber por onde trilhar, e que saibamos que as veredas da virtude são mais extensas, dependem de nossas penitências e sacrifícios, e nem sempre nos levam à vitória... Mas escrevem para as gerações subsequentes a história de cada qual que poderia não ter sido um herói em sua época, mas enfeixa os quadrantes do justo à sua colocação como peça chave das mudanças. Estas se fazem necessárias em nossos tempos tão avassaladoramente equivocados pelas diversas formas de poder em que abraçamos a vida de cada qual: a cada participante do processo. Isso deve nos levar a crer que todas as criaturas de bem estão do lado dos homens e mulheres de bem, em que uma simples formiga tem seu quinhão em preservação necessária, posto ser uma alma como qualquer um de nós, fazendo coisas tão impressionantes como carregar algo mais pesado do que seu próprio corpo durante metros de terreno acidentado, mostrando nessa face algo superior à nossa própria capacidade de trabalho…
         Essa Jurisprudência da Natureza nos faz ver um pouco mais além. Além da nossa arrogância de pensar que somos sequer donos do planeta, se não o somos sequer de nosso corpo, posto este fuja ao controle de nossa consciência, no mais.
Mesmo porque, de um prisma sob observação atenta, se nada for alterado em nosso mau comportamento, certamente assinaremos nosso obituário como espécie antes de que – em Marte – possamos viver mais confortavelmente! Se estamos pensando em como viver ou morrer em outro planeta, brincamos com nossos artefatos tecnológicos, que vão desde a pólvora ao plutônio, gigantescamente superior àquela. Distração, falta de nos concentrar? Foco, gente, apenas isto pois, quando falarmos devemos pensar antes, mesmo que de uma feita um pouco mais de talento nos faça falar propriamente sobre o mundo, sobre os seres, sobre a terra, sobre os oceanos, cordilheiras e rios… Esse ato contínuo necessita de treino: por demais...


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