terça-feira, 10 de novembro de 2020

AS MÁQUINAS DA EXISTÊNCIA MATERIAL

 

           No que tenhamos dúvidas sobre o que é produzido concretamente, e que se revela em algo material, e aquilo que obtemos em termos de serviços inumeráveis, no que revestimos a realidade com o convênio individual e coletivo com o capital. Sempre a indústria, em suas novas modalidades, a sua automação, seus leques de possibilidades. Novas frentes de trabalho se pronunciam, e aquele douto senhor que fabricava sapatos dá lugar às prensas automáticas… Aquele diálogo que se fazia mano a mano com um telemarketing aos poucos vai dando espaço para a inteligência artificial e sua estranha mas precisa semântica. A industria têxtil, com suas padronagens computadorizadas e quase aleatórias, senão por ser: sempre no padrão previsto conforme a linguagem dos meios e suas identificações com suas emblemáticas marcas do mercado.
         Uma inegável construção nos coloca frente a frente com nós mesmos, a indústria capitaneia outros serviços, e os serviços se tornam produção industrial, nem que o seja no copo de um Mac pontuado pelo pato Donald. A riqueza quatrilhonária de Tio Patinhas vira antiguidade nos moldes da indústria cultural, onde a tecnologia em 3d vai e nos leva além da ilusão imaginativa de um bom livro, infelizmente ou felizmente, pois o que nos dirão será sobre a ação do entretenimento suplementar é o andamento da carruagem da civilização humana! A busca de uma identidade pontua cada nação da Terra, mas a indústria internacional torna possível a pecha globalizante que tantos governos apoiam ou odeiam. Ser ou não ser nacionalista, eis a questão, em que Shakespeare teria que revisitar seus próprios conceitos existenciais, onde um Rei é um rei, e onde uma Rainha possa ser a dama de um tabuleiro ainda incipiente, mas com potencial vitorioso. Talvez a questão esteja muito acima das conclusões precipitadas, mas só será um bom sucedâneo no Poder aquele que proteger os biomas, as florestas, e evitar ao máximo a queima de carbono.
         Pois bem, em se depender de coerência no sentido planetário, que não desejemos a uma nação que se faz com um Poder gigantesco a permissão em que tapetes imensos de devastação sejam desenrolados, seja em que território for, pois a mesma permissão que nos engloba na mesma terra demanda que construamos ao futuro de nossos netos e filhos ainda jovens uns cinquenta anos de condução democrática concisa e peremptória. Apenas se tomam medidas coerentes no planeta atual a longo prazo, pois medidas reticentes e incoesas só trazem a proximidade do não factual em termos de avanços na humanidade e no tergiverse com palavras de ordem e de mudanças não apenas em termos retóricos.
           Assim devemos rezar pela raça humana que, como diz a canção, é obra de uma semana do trabalho de Deus! E, se não fora isso, quem sabe já estamos neste mundo materialista há tanto tempo que não temos a noção exata de nossas origens, coisa que passa a ser recorrente aos olhos ou da evolução darwinista, ou de uma questão bíblica, ou por outras fontes, sejam religiosas ou científicas. Mas saibamos que a matéria por vezes há de estar mais perto da ciência do que do espírito, mesmo porque este se destaca a ser estudado por nós na ciência de Deus, ser onisciente e onipresente… Se tal não fora, o poeta veria as estrelas esperando por aconselhamentos de fora, a saber, que na Terra o esquecimento da vida é sobremodo esquisito, posto sabermos que há tanta vida lá fora que não nos caiamos em plataformas onde apenas a matéria dite a realidade algo mística em que tantos depositam sua fé, e que seguem segurando as ondas de profundas contradições sistêmicas por pensar que não se vale sem a função monetária ou de poder.


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