quarta-feira, 25 de novembro de 2020

SUFRÁGIO UNIVERSAL

 

Tantas as contendas, sempre nos parece esse começo, infelizmente
Quando, por uma acaso do destino pensamos ser maior
Um ato dodecassílabo do que um peão que se nos atravesse
Maior do que todos os bloqueios que sofrerá nossa Nação.

A sanha gestual dos dedos em riste, dos vocábulos do preconceito,
Das gentes que querem o poder sem limites, dos véus sem razão
Que encobrem um mundo de motivos, sem necessariamente
Estarem de acordo com a ação em si, e, de si mesma,
Que se prossegue no andamento de um amálgama circunscrito!

A virtude disfarçada sob verdades relativas, a ética do opressor,
A moral da covardia dos eternos vencedores por força,
E não pelo método da resiliência de apenas podermos contestar
Os caminhos inconstantes de outra razão, que seja, a de sermos
Um andar mais alto do que todos os que se rogam passadistas…

Haveremos de ver a consubstanciação da reparação de louças
Que se quebraram no processo intransigente de separação
Do que não houvera antes e que jamais haverá em um todo
Em que milhares de viventes enfrentam seus últimos dias
Sem ter um ombro amigo que não seja da autoridade médica.

No juramento que se faz naquele que passa a ser doutor
De uma medicina algo silenciosa, posto não sabermos
Como se dá realmente o trabalho na linha de frente
Ou nos nossos flancos, na nossa retaguarda
Em que os males mentais nos sobrecarregam deveras!

Mas eis que o sufrágio sabe de todas as histórias,
Mescla entendimento com a sapiência das escolhas
Que não se diga, posto ser universal o mesmo sufrágio
Haveremos de pensar melhores dias com a antiga voz
Que nos subentende, nos eleva e nos alicerça…

Esse mesmo voto de União e de Esperança de se tenha
Melhores dias, vem ao encontro de ruas e campônios
Que almejam verem seus pequenos comércios e indústrias
Navegando por um bom sortir de mantimentos
E tudo o que demais se demanda por um ótimo juízo!

E que essa monta de raízes do bom senso sejam o nosso prumo,
Que almejemos a nossa carta do entendimento cabal das partes,
Que o Direito também seja o Estado que nos dê o suporte
Onde vemos que a Justiça não tenha que cegar os pesos da balança
Pois é onde aprendemos quanto se faz com um mínimo de coerência.

Na vida que nos leve a outras plataformas não importa se somos clero,
Se a denominação ofensiva seja maior do que às respostas do ofendido,
Posto demarcar fronteira a partir de uma crítica contumaz
Só evanesce a sombra do que temos sido, ao não fazermos o mea-culpa
Quando inquiridos sobre o que resta-nos na intencionalidade de fato!


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