No começo era turvo o sistema, as galáxias não sabiam
Nem um pouco do ocaso de seu mesmo tempo
Em que nem mesmo um grande vate soubesse adivinhar
Que tantos soçobraram em meio a uma dimensão algo curva
Quando se diz que alguma estatística põe a forma correta...
O tempo dos meridianos, um quase atemporal certeiro
Que navega por entre ondas que dão seus costados
Em praias que nunca deveriam dar o ar das graças
Quando na verdade se pede que não seja uma lacuna.
Tudo o que se diz daquilo que desconhecemos de fato
Nubla a consciência de outros fatos concretos existentes
Quando um sai para se divertir à socapa e seus goles
Enquanto outros participam da vida entornando a arte!
A poesia permanece em silêncio em seu rugido
Como troveja o relâmpago, como a fera se manifesta
Onde mal percebemos o que vem a ser a razão
No mesmo lugar onde a deixamos no convencimento.
Assim se sabe qual a metade de um método assaz raro
Nas questões de sabermos igualmente como nos portar
Em meio a uma civilização dramática, com nós de ponta
Mais espessos do que um anátema que não sabe de onde vem.
Disso de buscar funções nas palavras se encaixa a odisseia
Quando saímos a tecer um comentário ou outro
Conforme a sacristã forma de ser, conforme a espessa via
De uma qualidade consistente em um dia de coragem...
E outros são os dias que vencem os óbices de sempre
Quando nos apercebemos que o quinhão de solidez fecunda
Na verdade refaz a condição inequívoca de resolver
Equações que deixamos a entorpecer a própria fonética...
De um recurso ou outro, do café amanhecido, do pão
Que esquecemos no cesto, de um gole mal ajambrado
Seria tanto de sabermos que nem tudo aparece tal qual
Uma música de um domingo distante na luz da nuvem!
Na miríade consonante destes versos quem sabe seria
Um tanto melhor soletrarmos fonemas esquecidos
Ou na frase de mandarim soubéssemos qual a palavra
Que dita a regra de estarmos no mundo com sons diversos.
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