segunda-feira, 23 de novembro de 2020

AS QUADRAS DO RESSENTIMENTO E DA PAZ

 

Tantos são os óbices que nos deixam arrevesados

Que, na pretensa vida em que nos dividimos tanto

Não percebemos os atos altruístas que almejam a paz…


Se tanto não fosse, escolheríamos um origami clássico

Para que representássemos uma terra plana em 3D.


No que não seja, que seja, encontrar uma reminiscência

Onde o perdão fizera sua escola, e onde uma Samaria

Permanecesse no mesmo perdão cristão, onde vogasse

Uma terra melhor entre patrícios conformes e religiosos.


Tanto não fora, navegar até as Índias e permanecer 

Aprendendo uma filosofia ancestral, até que nos retirassem

Por estarmos aprendendo demais sobre a alma individual…


Tantos são os textos védicos, tanto é o conhecimento

Transcendental que qualquer deslize pode ser consertado

Na volta à consciência de algo maior e mais nutrido de certeza.


Uma página que seja do Gita supõe estarmos conectados

Com a Verdade Suprema no que – saibamos –

Seja uma parcela da cultura onde não há saturações.


No que vistamos a roupa indefectível, no que saiamos

Para nos permitir a consciência de toda uma população

Que urge por encontrar a Verdade, tal qual seja: veraz!


Quando relembramos a nossa infância aos prados,

Quando sabemos de nossos passeios nas ruas

Saibamos igualmente que Krishna também esteve

Por dentro de seus caminhos até a eternidade 

Onde a maravilha tende a mostrar sua terna beleza

Nas esferas do que temos a consentir

Tamanha nobreza de caráter, uma alma pura

Que transcende ao menor gesto inquieto

Para ver depois o recrudescer de certa gente

Que acaba por não aceitar a evidência nua

Em que todos os que participam da vida

Possam a ela render as flores despejadas do céu!


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