segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O VIÉS DA CONDIÇÃO HUMANA

 

Que se prediga uma solução, um verso apenas

A se caminhar por caminhos tortos, escusos,

Distintos do normal, a ver que em certos lugares

O viés da condição humana deixa a desejar!


Torna-se contenda ideológica, torna-se um furor

De missões pre apocalípticas, a veia entornada

A favor de um horror a que damas famigeradas

Treinam uma luta que não é e nem jamais será delas…


Por que teimem em encerrar a contenda supracitada

Em anéis de outrora cinzas no existir, e que as cores

Do mundo salientem outra forma dos quereres

Quando aparecem com a cor vívida da libertação!


Se aparecem sorrisos sardônicos, se um mísero

Curso de uma escola faz o bulling se tornar

Algum truque de falsa magia, as feiticeiras

De ocasião devem saber que nem tudo é tecnologia…


Se espiam por através do limbo em que residem,

Se a questão não está presente em tudo o que é tocado,

Se um homem não quer que lhe toquem por já amar

Na sua suficiência de propósitos, que lhe deixem a remissão.


Mas, se a luxúria verte aos borbotões de algo amorfo

Porquanto feras em torno do mel, um homem

Pode garantir a si mesmo um crocitar qualquer

De um corvo que lhe diga: Nunca Mais!


E se, mesmo assim, possamos perceber a aurora

Depois de uma noite quase prolongada à deriva

Quando os barcos saem silenciosos na madrugada

Há que sentir o vento tépido nas flores de seu íntimo… 


sábado, 28 de novembro de 2020

UM DIÁLOGO COM A MATÉRIA

 

            Não que seja uma matéria acadêmica, mas que seja o palpável, o sólido: metal, papel, plástico, madeira, ar, calor, etc… No que não conformemos o corpo de um ser, pois a vida não é matéria, senão espírito. Tergiversemos sobre aquilo que vemos, os produtos das fábricas, o labor que gera serviços que, tão logo são executados transformam-se em uma peça de motor, em um mastro, em uma garrafa, ou qualquer coisa inorgânica, posto quando colhemos o trigo lidamos com uma entidade viva, que é a planta, e que merece um respeito agigantado, assim como um operário merece um respeito igualmente agigantado quando fornece sua força de trabalho a se gerar um bem, seja ele de consumo ou de insumo. Assim como se produz uma semente, a competência em se lidar com as coisas merece total atenção, pago e reconhecimento. Uma palavra como: objeto, pode significar muitas coisas, mas a objetificação humana é recorrente quando tratamos de criar um sistema de inteligência e viramos meros instrumentos da AI (artificial intelligence). Como se a máquina rodasse sozinha, tomasse decisões e quiçá um dia parta para a criação de seus próprios módulos e instâncias computacionais. Ainda estamos longe dessa utopia tecnológica e jamais uma máquina terá a vida de um ser qualquer, posto para se fazer um desenho necessitamos da mão humana. E a não ferramenta pode ser o princípio da ingerência humana, mesmo sabendo-se que a ferramenta tem nos acompanhado por milênios, e o princípio da terracota apenas com a mão mostra os seus poderes, assim como um bom arqueiro sabe mais da ciência militar do que aquele que aperta o botão e lança uma hecatombe de seu avião… Parece-nos que quanto mais nos aproximamos do fogo mais nos tornamos poderosos. Fiamo-nos no exemplo de nações que guerreavam com a habilidade marcial de seus guerreiros, pois essa historinha de drones é de fato a guerra mais covarde que se tem na história.
            A respeito do ser material quando usa de si em mãos humanas, como se tivesse uma vida, tudo isso diz respeito ao próprio instrumento que não funciona sem a nossa ingerência. Sistemas mais complexos vão surgir com o tempo, e esperemos que não tenham muitos bugs, posto seu exemplar funcionamento só faz surgir a dúvida nas mentes mais fracas, expostas às indústrias culturais. As performances imaginativas requerem muitas demandas em suas fantasias e na grande ilusão de se achar treinado por games, ou simulações, no diálogo sem precedentes com os meios digitais. É essa performance que nos traz avanços na motricidade, mas isola as pessoas em grupos eletrônicos, passando a derivar o contato humano e, justamente em tempos de pandemia, paradoxalmente as gentes se encontram desesperadamente em favor de um contato ou diversos, sem tomarem as precauções necessárias. Com isso caminha toda uma corrente alienadora de drogas e álcool, como a saída de prescrição a cada um e dentro de uma coletividade sem responsabilidades. Por essa questão a volatilidade da matéria se mostra inerente a uma quase cegueira que muitos possuem sobre o nosso planeta tão destruído e em vias de ser solapado cada vez mais. Desse modo um caminho razoável é tentar ao máximo encontrar caminhos espirituais que busquem ensinar aos devotos a proteção à Natureza como um todo e a vida como fiel da medalha em si e de per si!


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

OCEANO CAUSAL

 

Uma coluna se ergue imponente, feita de água, de sal e de mercúrio,
Sendo este último amigo de Poseidon, no que tanto fosse a mescla
Salutar do que era greco-romano, seus deuses, sua mitologia…

Mas a coluna de água segue como uma fera, em que as nuvens
Se antecipam para contar aos versos de um vate, que não se tema
Uma falta de um oceano, posto na mitologia a causa não vem antes!

A magnífica estatuária da civilização grega suplanta os imitares,
Revela Samotrácia no berço da civilização, em que o pensamento
Era a revelação de um mito, onde nem mesmo o fato entrava em crédito.

Mas quando a poesia entra como um petardo dentro dos Vedas
Tudo se torna silenciosamente verdadeiro, porquanto o Deus trino
Se remonta no mesmo Pai, no mesmo Filho e no mesmo Espírito Santo.

O espírito sagrado se revela no Paramatma, o Pai em Krsna, e o filho
Em Brahma, a primeira criatura do Universo Material, com tal mensuração
De seus dias e anos que são praticamente incalculáveis em uma pequena fração!

Assim como no catolicismo temos a universalidade de nossas respostas,
A crença serena e sólida igualmente, vindo daí o pressuposto de estudo sério
Do que seja seriamente – repito – o apostolado romano e libertador da fé.

Essa assertiva algo excêntrica revela que a poesia possa falar da fé com esmero,
De uma fé gigante, alicerçada na promessa do Paraíso, não importando tanto
Se este assume Deus onisciente e onipresente no Todo, como em cada uma parte…

Se um ser humano parte a glorificar a estatuária grega, ou mesmo a literatura da vez,
Parte a glorificar o engenho humano, assim como a literatura de Dante Alighieri
Ou mesmo o retrato das artimanhas da cavalaria andante de Cervantes e seu Quixote!

Essa beleza que perfaz todo o conhecimento das civilizações e seus processos
Denota a própria frase de esperança com muitas letras em muitos casos
Quando de dentro para fora nos brota essa mesma e infinita esperança causal.

A partir do instante de um átimo de certeza, juntemo-nos nessa fagulha eterna
E pensemos que todo o esforço direcionado à Verdade nos talhe em nossa escultura
As vivendas do trabalho onde a causa seja tão ou mais infinita do que o encontro com o mar...



quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O ANDAMENTO DA RELIGIÃO

 

          Do latim recebemos uma lição na palavra religare, que significa atar, unir, ligar: algo de nos aproximarmos com uma abstração, que seja, na mesma vertente que ata-nos a Deus, este ente dogmático que pertence a uma necessidade atávica de muitos e muitos milhões de seres humanos. Disso a que pretendamos ser mais unos com o Supremo Senhor, seja de qual religião formos, pretende nos ensinar que estarmos conectados com uma entidade superior é algo pertinente a muitos povos em nossas histórias da civilização. As austeridades a que somos eleitos por destino e fato nos levam a cumprir uma etapa de penitência que temos que levar adiante como missão a termos de que sejamos parte de uma existência que nem sempre é perfeita, aliás, longe disso no mais das vezes! Sempre é bom afirmar que uma vida mais casta tem suas vantagens quando vemos que seus opostos recrudescem a luxúria e sua irmã, a ira. Não que tenhamos que fazer obrigatoriamente qualquer voto, mas apenas reiterar que a vida de um brahmachari é deveras importante, a vida de um estudante celibatário, sempre que for possível fazer esse – aí sim – voto de pureza de espírito, de se resguardar para um dia, se for o caso, manter intercurso e procriar novas almas. O nosso mundo hoje se perde nos seus valores, teima em ressentimentos gratuitos, em contendas sobre a matéria, na tristeza de se obter muito pouco ou na felicidade ilusória das riquezas e dos luxos… Como uma Roma desfeita em seus modos de decadência acompanhamos equívocos, a que o senhor Jesus Cristo nos desse os prumos na situação grave que vivemos na atualidade. O próprio pensamento Dele nos faz atenuar nossos sofrimentos, mas não usemos seu sofrimento na cruz para nos redimir tanto, pois Ele nos disse que o sofrimento é algo que eleva, e não as bênçãos materiais, pois estas não fazem parte de um fator religioso quando vivemos mais na matéria e menos no Espírito.
         A austeridade nos leva mais adiante: o corpo necessita do conforto do alimento, das coisas essenciais, para manter-se uno com a alma, nada mais do que isso. Se levamos uma vida simples e o pensamento elevado, isso revela uma máxima que Srila Prabhupada nos legou aqui no mundo Ocidental, quando de sua missão de trazer o conhecimento mais confidencial ao nosso continente Americano, e espalhar essa consciência para todos os cantos do planeta Terra.
Devemos rever nossos conceitos sobre o que é prosperidade material e aquela espiritual. Um asceta despojado de riquezas e que prega a religião ou aquele que é soberbamente rico e se vale do Poder material para influenciar devotos que possuem uma inocência particular e depois viram a cara ao próximo porque não tem o preparo e a penitência que voga em uma vida ascética. A verdadeira religião não é um caminho muito fácil, pois por vezes somos religiosos em nossa pretensão e dormimos com a mulher de outro, ou enriquecemos tolamente crendo que isso é uma bênção espiritual e no entanto a alma necessita de saber que por vezes Krsna nos tira tudo para nos provar, para que provemos a nós mesmos que a dificuldade diuturna em nossas vidas serve para testar a nossa Fé.
          Resta que saibamos que a fé baseada na opulência material é fé no modo da ignorância, como está prescrito nos Shastras, ou textos da sabedoria védica, de onde os ensinamentos do mundo religioso se mantém à disposição, o modal de ser religioso ao menos no modo da bondade, de onde se inicia o processo da rendição de uma alma condicionada, ou seja, de quase todos nós, pois a verdadeira religião não é numérica, mas qualitativa... É onde a essência religiosa não é a riqueza, mas servir a Deus em devoção imaculada, em Bhakti, ou serviço transcendental e amoroso a Deus. Apenas isso, pois esse é o caminho certeiro e pontual para a liberação e o retorno ao Supremo!



quarta-feira, 25 de novembro de 2020

NA LISTAGEM DE SOMENOS IMPORTÂNCIA RESIDE O AÇÚCAR, O FEIJÃO, O PAIO E O ARROZ.

SE O FOCO DE UMA QUESTÃO ESTIVER FORA DE FOCO, QUEM SERÍAMOS NÓS NO ALTRUÍSMO DE ATINGIR UM CONCENTRAR QUASE INEVITÁVEL?

E, SE A PRIMAVERA NÃO CHEGA COMO ESPERAMOS, TATEIA-SE NA LUZ DO DIA UM GRENÁ DE OUTONO!

MESES DE CHUVA REITERAM UM SIGNIFICADO ALÉM DO QUE ESPERÁVAMOS DE UMA PRIMAVERA.

POR MAIS QUE TENTEMOS PINTAR DE CORES BELAS O ESTILO, AS MANHÃS CINZAS PREVALECEM E O DIA FICA PLÚMBEO.

SUFRÁGIO UNIVERSAL

 

Tantas as contendas, sempre nos parece esse começo, infelizmente
Quando, por uma acaso do destino pensamos ser maior
Um ato dodecassílabo do que um peão que se nos atravesse
Maior do que todos os bloqueios que sofrerá nossa Nação.

A sanha gestual dos dedos em riste, dos vocábulos do preconceito,
Das gentes que querem o poder sem limites, dos véus sem razão
Que encobrem um mundo de motivos, sem necessariamente
Estarem de acordo com a ação em si, e, de si mesma,
Que se prossegue no andamento de um amálgama circunscrito!

A virtude disfarçada sob verdades relativas, a ética do opressor,
A moral da covardia dos eternos vencedores por força,
E não pelo método da resiliência de apenas podermos contestar
Os caminhos inconstantes de outra razão, que seja, a de sermos
Um andar mais alto do que todos os que se rogam passadistas…

Haveremos de ver a consubstanciação da reparação de louças
Que se quebraram no processo intransigente de separação
Do que não houvera antes e que jamais haverá em um todo
Em que milhares de viventes enfrentam seus últimos dias
Sem ter um ombro amigo que não seja da autoridade médica.

No juramento que se faz naquele que passa a ser doutor
De uma medicina algo silenciosa, posto não sabermos
Como se dá realmente o trabalho na linha de frente
Ou nos nossos flancos, na nossa retaguarda
Em que os males mentais nos sobrecarregam deveras!

Mas eis que o sufrágio sabe de todas as histórias,
Mescla entendimento com a sapiência das escolhas
Que não se diga, posto ser universal o mesmo sufrágio
Haveremos de pensar melhores dias com a antiga voz
Que nos subentende, nos eleva e nos alicerça…

Esse mesmo voto de União e de Esperança de se tenha
Melhores dias, vem ao encontro de ruas e campônios
Que almejam verem seus pequenos comércios e indústrias
Navegando por um bom sortir de mantimentos
E tudo o que demais se demanda por um ótimo juízo!

E que essa monta de raízes do bom senso sejam o nosso prumo,
Que almejemos a nossa carta do entendimento cabal das partes,
Que o Direito também seja o Estado que nos dê o suporte
Onde vemos que a Justiça não tenha que cegar os pesos da balança
Pois é onde aprendemos quanto se faz com um mínimo de coerência.

Na vida que nos leve a outras plataformas não importa se somos clero,
Se a denominação ofensiva seja maior do que às respostas do ofendido,
Posto demarcar fronteira a partir de uma crítica contumaz
Só evanesce a sombra do que temos sido, ao não fazermos o mea-culpa
Quando inquiridos sobre o que resta-nos na intencionalidade de fato!


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

AS QUADRAS DO RESSENTIMENTO E DA PAZ

 

Tantos são os óbices que nos deixam arrevesados

Que, na pretensa vida em que nos dividimos tanto

Não percebemos os atos altruístas que almejam a paz…


Se tanto não fosse, escolheríamos um origami clássico

Para que representássemos uma terra plana em 3D.


No que não seja, que seja, encontrar uma reminiscência

Onde o perdão fizera sua escola, e onde uma Samaria

Permanecesse no mesmo perdão cristão, onde vogasse

Uma terra melhor entre patrícios conformes e religiosos.


Tanto não fora, navegar até as Índias e permanecer 

Aprendendo uma filosofia ancestral, até que nos retirassem

Por estarmos aprendendo demais sobre a alma individual…


Tantos são os textos védicos, tanto é o conhecimento

Transcendental que qualquer deslize pode ser consertado

Na volta à consciência de algo maior e mais nutrido de certeza.


Uma página que seja do Gita supõe estarmos conectados

Com a Verdade Suprema no que – saibamos –

Seja uma parcela da cultura onde não há saturações.


No que vistamos a roupa indefectível, no que saiamos

Para nos permitir a consciência de toda uma população

Que urge por encontrar a Verdade, tal qual seja: veraz!


Quando relembramos a nossa infância aos prados,

Quando sabemos de nossos passeios nas ruas

Saibamos igualmente que Krishna também esteve

Por dentro de seus caminhos até a eternidade 

Onde a maravilha tende a mostrar sua terna beleza

Nas esferas do que temos a consentir

Tamanha nobreza de caráter, uma alma pura

Que transcende ao menor gesto inquieto

Para ver depois o recrudescer de certa gente

Que acaba por não aceitar a evidência nua

Em que todos os que participam da vida

Possam a ela render as flores despejadas do céu!


domingo, 22 de novembro de 2020

AINDA QUE NÃO SE ENCONTRE O ENTE QUERIDO, HAVEREMOS DE TECER SAUDOSOS ENCONTROS NO FUTURO!

ANTES O CERTO DO QUE O DUVIDOSO, MAS ISSO DEPENDE DA RELATIVIZAÇÃO ALGÉBRICA.

NA VIDA O QUE NÃO PEDIMOS NÃO OBTEMOS, E MUITAS COISAS QUE QUEREMOS NÃO NOS ALCANÇAM, NEM QUE NOS DESSEM AMOSTRAS.

NÃO HÁ PORQUE TENTAR DIZER O CERTO SE O DUVIDOSO BATE À NOSSA PORTA PEDINDO ABRIGO!

O WOODSTOCK FOI O REI DOS FESTIVAIS, QUE NEM ALGUMAS CENTENAS DE OUTROS SE COMPAREM.

NÃO HÁ UM CAMINHO FORA DO BOM SENSO, REALMENTE NÃO HÁ OUTRA VEREDA QUE NÃO SEJA ILUMINADA COMO TAL...

NO ÚNICO A SE VIVER RESIDE UMA ESPERANÇA, RESISTENTE PARA OS FRACOS E RENASCIDA PARA OS FORTES.

O POETA ENCONTRA NO SEU CÃO UM FILHO QUE NÃO TEVE, OU UM COMPANHEIRO QUE JAMAIS TERÁ.

SERVIR A UM SER IDOSO, SEJA ELE PARENTE OU NÃO, É APENAS UMA QUESTÃO DE RESPEITO, CONFORME A LEI DOS HUMANOS.

NÃO HÁ APENAS UMA VISÃO NO MUNDO, NEM JAMAIS HAVERÁ.

SE TODA A LETRA FOSSE IRMÃ DA VERDADE, TERÍAMOS FERTILIDADE SUPREMA SOBRE O MUNDO.

QUE TENHAMOS UMA VACINA MAIS BARATA, QUE TENHAMOS ACESSO QUANDO FOR A HORA DA REDENÇÃO DESSES ULTIMATOS.

O MAHABHARATA É TÃO MARAVILHOSO QUE UM HOMEM APENAS NÃO ABRAÇA O SEU SIGNIFICADO EM UMA ÚNICA VIDA.

CONFORME A VIDA DE ULISSES, HAVEMOS DE NOS ATAR AOS MASTROS DO NAVIO SE QUISERMOS OUVIR AS MÚSICAS DAS SEREIAS...

QUESTÃO DE TATO

 

         Se tato nos fora de sabermos escolhermo-nos para uma saudável tarefa – quem dera – estaríamos em uma escala vertiginosa sem tanta lucidez, mas apontados para o bom senso. No entanto, não é fácil descobrir uma boa tarefa: talvez o voluntariado, ou qualquer coisa de entrega de si mesmo, uma função qualquer na sociedade que nos redima bons tempos de solidariedade, de conformação com uma intenção redobrada de se praticar o bem. Mas tantas são as ingerências do mal que temos que ser enérgicos, ao lado da legalidade, e nunca nos permitirmos dela sair para um perfeito funcionamento do sistema em que vivemos, ou, quem sabe, dos diversos sistemas que fazem funcionar o escopo da sociedade. Nesse grande ente da tapeçaria universal vemos boas superfícies, quadráticas ou não, ao vivenciarmos bons caminhos onde podemos pousar nossos pés em uma questão de sentir, com o mesmo tato de acima a base de nossos ancestrais, sejam eles homens ou dinossauros! Sói em conformidade com as gentes as mais diversas termos um panorama onde todos os seres que já estiveram por aqui deixem os seus legados, como em Galápagos e sua Evolução, como na evolução espiritual de cada um, mesmo que termos por assumir, no planeta, diversas modalidades da existência.
         Seria dizer muito que dentre as estrelas no universo da matéria o planeta Terra é sempre tão maravilhoso quanto alguns dos lugares mais lindos que essa esfera nos oferece? Qual, seriam talvez regras de um jogo onde por um lado há as forças construtivas, e por outro uma única, de destruição, posto não ter de assumir quaisquer complexidades esta, já que para destruir basta acender um fósforo, e para construir, por vezes dependemos de séculos de resiliência e Unidade, justamente, com as Forças pertencidas.
É por essa via que temos que saber por onde trilhar, e que saibamos que as veredas da virtude são mais extensas, dependem de nossas penitências e sacrifícios, e nem sempre nos levam à vitória... Mas escrevem para as gerações subsequentes a história de cada qual que poderia não ter sido um herói em sua época, mas enfeixa os quadrantes do justo à sua colocação como peça chave das mudanças. Estas se fazem necessárias em nossos tempos tão avassaladoramente equivocados pelas diversas formas de poder em que abraçamos a vida de cada qual: a cada participante do processo. Isso deve nos levar a crer que todas as criaturas de bem estão do lado dos homens e mulheres de bem, em que uma simples formiga tem seu quinhão em preservação necessária, posto ser uma alma como qualquer um de nós, fazendo coisas tão impressionantes como carregar algo mais pesado do que seu próprio corpo durante metros de terreno acidentado, mostrando nessa face algo superior à nossa própria capacidade de trabalho…
         Essa Jurisprudência da Natureza nos faz ver um pouco mais além. Além da nossa arrogância de pensar que somos sequer donos do planeta, se não o somos sequer de nosso corpo, posto este fuja ao controle de nossa consciência, no mais.
Mesmo porque, de um prisma sob observação atenta, se nada for alterado em nosso mau comportamento, certamente assinaremos nosso obituário como espécie antes de que – em Marte – possamos viver mais confortavelmente! Se estamos pensando em como viver ou morrer em outro planeta, brincamos com nossos artefatos tecnológicos, que vão desde a pólvora ao plutônio, gigantescamente superior àquela. Distração, falta de nos concentrar? Foco, gente, apenas isto pois, quando falarmos devemos pensar antes, mesmo que de uma feita um pouco mais de talento nos faça falar propriamente sobre o mundo, sobre os seres, sobre a terra, sobre os oceanos, cordilheiras e rios… Esse ato contínuo necessita de treino: por demais...


sexta-feira, 20 de novembro de 2020

O PROCESSO DO CONTRADITÓRIO

 

Algo de se dizer do quase tanto de compreendermos
Que um processo se antepõe às gentes
Quando na verdade continuamos a desejar
Melhores vidas a todos, e a isso a continuidade
De panoramas alternos e de certo modo consonantes
Naquilo que esperamos seja o espelho da civilização…

No que se dê de plataformas cabíveis,
No que se dê de outros retornos,
Ao que se espera se torne meritório
O esperar das gentes, a esperança vital
Que nos cabe em uma retórica extremamente lógica
A que nos pretendamos urgir pela consecução quase ática.

Perseveremos nos caudais da semântica indiscreta
Quando nos perfazemos na virtude dos umbrais
A seguir por portas de convenientes destinos
Naquilo que pensemos ser melhor aos povos!

Não, que não saibamos o de tudo, o que se faz:
Na esteira das vaidades se faz o tudo do mundo
Em uma verdade paralela a sua consumpção
De derradeiras florestas que residem em nossos crânios.

Tudo o que se faz, seja duro ou seja longo,
Inventa formas de dentro de uma esteira
Que passa em formas emblemáticas de faces
Ao direito que possuímos de ao menos ver suas formas…

Ao que dite um passado imperfeito, dizemos algo
Que traduza um presente indicativo de um pretérito
Se isso fosse possível na transliteração de uma forma
Em que o verbo realmente existisse de modo a explicar!

O saliente causal de uma proposta alimentar dos povos
Cai na vertente de uma ausência em que o catador
Torna-se peça chave de nossas sociedades
No desplante que enuncia novas modalidades do sobreviver.

E se, a troco de fazermos algo que não seja extremamente belo
Encontrarmos uma paráfrase no meio do caminho estreito de vereda dura
Verteremos no mesmo caminho um óbulo de
recomendações
Ao mesmo caminhante que nos encontre no recheio de nossa razão.

E, a prosseguir adiantados no tempo, teremos em um entregador de UBER
A consonância com um andamento algo sutil de outras esperanças
Que melhorem – a grosso modo – o partir algo sereno
Das vidas que se encerram no novo e colegial comércio das gentes!

No que pensemos ser algo indiscreto, uma nudez algo pronunciada,
Em tentativas vãs de almejar poderes, em manobras de cupidez,
Reiteremos que novas maneiras de tratar certos problemas
Refletem aquilo que desejamos para um emblema de nosso espaço!

E se, por ventura não desconhecermos nossas faces a um ponto
Em que não saibamos mais o que é o certo e o que é o errado
Perderemos a noção trigueira de toda uma população que – em mescla –
Saiba nos dizer o que não precisa ser dito, posto apenas igualdade… 



segunda-feira, 16 de novembro de 2020

QUE SE QUEIRA TUDO OU MAIS UM POUCO

 

           Não há de temermos uma reprimenda sem consistência pelas frentes de nosso proceder, pois o que navega por ante mão na plataforma de nosso mundo recoloca posições como em uma hierarquia necessariamente ampla... De tal modo que se cogite ao menos a contestação saudável! Tudo na vida passa por um diálogo, por vezes entre alguns homens e mulheres, por vezes em um tipo de totalidade mais necessária… Esse encontro sagrado das palavras rege no mundo um homem como o Papa Francisco, este que deve ser respeitado do princípio aos entremeios, posto razão primeira de uma religião importante e vultosa como a religião Católica. Este que vos fala crê em um Deus Uno, não temido posto ser um Deus da Justiça, o mesmo de Todos, mesmo que estes se apresentem baseados em uma ortodoxia intolerante. Mesmo que certo deus de crenças estranhas se pronuncie na voz de uma ignorância ilimitada. Pode-se e deve-se tolerar a ignorância, pois esta é apenas mais uma modalidade da existência material, como a paixão e a bondade, obviamente nos seus respectivos acertos e erros, sendo a ignorância uma realidade em que grande parte da humanidade vive e possui a sua gana de poder e de sucesso sobre outras modalidades. É aí onde a mescla entre a paixão e a bondade se dá igualmente com a ignorância, principalmente quando vivenciamos um planeta transitório como é a Terra. A devoção imaculada de um devoto faz com que se transcenda esses modos da Natureza Material, e é nesse ponto que devemos prestar um serviço em Bhakti-Yoga, o serviço espiritual e imaculado a Deus. Disso pode advir dificuldades um tanto grandes, mas a partir do princípio de estarmos nos relacionando com o Ser Supremo a felicidade baseada na fé nos traz a satisfação de estarmos pela vereda mais certa, de estarmos em posição mais alta com o Altíssimo, o Senhor Krishna. Nada se move no mundo sem a Sua aprovação, nem uma haste de grama, como tudo o que vemos, sentimos e vivemos são como pérolas ensartadas em um cordão.
           Assim como termos a certeza do processo da matéria, seus motores, suas peças, seu trabalho, quando mesclamos as injunções da matéria com a vida espiritual estaremos santificando nossos atos através de uma regra importante: na vida em renúncia e desapego, questões importantes para termos uma vida simples com um pensamento elevado, conforme uma literatura de Prabhupada, o grande Mestre Espiritual Vaishnava do ocidente. Com a sua formação de religioso impecável na Índia, estritamente devocional e rigorosamente ascética. Em outros locais temos exemplo disso, de pessoas que renunciam ao conforto para se dedicarem ao mundo religioso, no que versa que este seja um mundo mais real, posto aqueles que se dedicam do mesmo modo com restrições severas sempre estarão investindo na bem aventurança espiritual... Esta que atravessa a vida desses grandes devotos com a proprietária forma de se portar no exemplo e na vida mais casta. Inimigos como a luxúria que levam à ira devem ser evitados ao máximo, enquanto se queira enunciar para si mesmo os princípios da boa religião. Mas não salientar as riquezas materiais como pressuposto de se avançar nessa ciência da devoção, na forma de bênçãos ou da prosperidade onde os ricos não devem almejar serem muito ricos e, se o fazem, devem dar uma parte de suas riquezas para aqueles que mais necessitam.
          Assim, desse modo, teremos tudo, a bem aventurança espiritual, com o prazer indescritível de estarmos em consonância com Jesus Cristo ou outros devotos assaz importantes nesse caminho! Não há como retroagir, desde que não nos desviemos da transcendência. Portanto, devemos caminhar rumo à Paz Espiritual dentro de uma consciência plena, simples e pacífica!


domingo, 15 de novembro de 2020

UM FLERTE COM A RAZÃO

 

Nada a urgir que fosse tão importante em se deslocar
A palavra apaixonada travando um viés de ignorância
E encaminhando para o modal da bondade em si e de per si.

Tudo seria mais fácil se não possuíssemos a ideia de poder
Como a esfera mais importante na vida que se descortina…

Tudo bem quando a boa vontade se empodere,
Na vida de um qualquer como candidato:
Quando se pensa na saúde mental das gentes,
Quando a premissa é o serviço básico de outras saúdes
E quando tudo o que se permite não possui um nome,
Mas um emblema de uma situação em que se possa
Existir nem que o seja em uma pequena capital
A frente de lutas que denote melhorias sociais.

Nada a ver que se pense de coisa incompleta
Porquanto na lógica não se perde o fazer o bem
E pensar em uma população desassistida no real
Quando imaginamos um futuro menos desigual.

Saibamos escolher um bom candidato, ao menos
Que, em meio pandêmico, que seja um médico
A que venha atenuar com o seu coletivo trabalho
Outros que se apresentam como bons parceiros
Naquilo que se espera em uma cidade mais justa
No quesito social e de fortalecimento do SUS.

Não haverá pecadilhos contratuais que não mereçam
Se envergonhar perante toda uma vida de preparo,
Todo um mote, a não desavença nas clínicas
E um todo e pronto atendimento que seja possível!

Um número emblemático é o 13192, posto como
Encaixar tudo o que pensamos ser do lado nosso,
Posto nada melhor do que um médico a fazer
Toda a nossa diferença em escolher um maestro
Que perpassa por ampla necessidade popular
Quando quisermos no mínimo um atendimento
De um amplo leque de enfermidades cobertas
Por essa grande chapa de eleição coerente
Com tudo o que esperamos do serviço
Da capital catarinense, a fazer-se história
Com a determinação e generosidade
De um médico competente na medicina
E com grau de qualidade ímpar
No coletivo que lhe dará amparo...


quarta-feira, 11 de novembro de 2020

DA DEVOÇÃO AO DEVOTO

 

Do que se segue ao pontificado, ao Sumo pontificado
Que seja, mergulharmos em um lago profundo
Sem sabermos se chegaremos entretanto nos meios
Em que a água penetra nossos flancos e frentes racionais!

Ergue-se um pontear de versos, de versos de escrutínios
Quando nos lembramos que no mais das vezes
Não deixemos o escárnio solapar nossas rodas girantes
Quais moinhos que trabalham a nosso favor na prática.

Não que se cace um elefante louco nas cidades
Depois daquele destruir imensos jardins, mas sim orientar
O bicho indelével para o sumiço dentro da mata
Onde por vezes ainda se encontra um remanescente
Vanaphastra.

A título de encontrar-se com outro, o próprio Sanyasi,
Em sua peregrinação de asceta, a procurar por uma pedra
Onde botar seu assento sagrado, a cumprir até o fim de seus dias
A devoção primeva, o caminho longo do desapego, e sua renúncia…

De verdadeiros renunciados está rara a nossa existência aqui
Onde pertencemos Àquele que pertence-nos e a tudo,
Seguinte às vozes do merecimento ao que a mística
Ajude-nos a desenvolver o mesmo merecimento que se cabe.

Por muitos e muitos séculos o asceta
merece um respeito
De sobremodo assaz fecundo, pois suas raízes se espalham
Como uma hiperbólica frase onde alcançamos seu significado
Na hora própria em encontrar um feixe que nos encerre um ofício.

Desta e nesta plataforma devocional há de querência ao devoto
Quando depositamos nele as esperanças que não nos esperam
Dentro do caldo ocular da integração futura, e que não suceda
Dessa vida sagrada, posto o que é veneno por vezes vira néctar.

E a sapiência concedida por Krsna, o Deus de todos e todos
Conforma seja o Todo Atrativo, e o ato de nossa devoção
Seja aquele mesmo da tolerância apaziguadora, um estado
Onde primamos a devotarmo-nos na conformidade do sempre!


terça-feira, 10 de novembro de 2020

O QUE DIZER DA CONFIRMAÇÃO DE MAIS UMA LINHA, SE NOS LIVROS POR VEZES JÁ ESCREVEMOS MAIS DO QUE O SUFICIENTE?

A VASTIDÃO DE UM IMPÉRIO NÃO É A MESMA COISA - NEM DE LONGE - DA VASTIDÃO DAS ONDAS EM UM OCEANO, INUMERÁVEIS COMO AS ENCARNAÇÕES DE KRISHNA.

A TÍTULO DE PEQUENA VITÓRIA UM NOME PODE SER CONSAGRADO, MAS UMA FORMIGA TAMBÉM POSSUI SEUS ADEPTOS EM SEUS FORMIGUEIROS.

NA PLATAFORMA DA EXISTÊNCIA MATERIAL, REGE O DONO DE SEU MUNDO A VEIA DE QUE A ESTES NADA LHES É PERTENCIDO, POIS A TERRA JÁ ERA DE DEUS ANTES DAS CERCAS.

PUDERA QUE TODO O SER É DE SUA FORMA DE SER, E O QUE NÃO É É MAYA, QUE ENREDA TANTOS SERES EM ATOS DA ILUSÃO.

SENDO KRISHNA O MAIS PODEROSO E IMORTAL, QUEM PODERIA SE ATREVER EM AO MENOS IMITÁ-LO, POSTO IGNORANDO SUAS OPULÊNCIAS INCONCEBÍVEIS?

HAVER-SE-Á DE SABER SE RECORRENTEMENTE MERGULHAMOS EM ERROS CRASSOS PARA TESTAR UMA POPULARIDADE QUE RESIDE NA ILUSÃO.

SE ALGUÉM DE PESO QUER COMUNICAR ALGO IMPORTANTE, HÁ QUE MEDIR COM CERTA SERENIDADE SUAS PALAVRAS, PARA NÃO RECAIR EM FALTAS GRANDES DE COMUNICAÇÃO.

SE UMA PALAVRA COM OUTRAS POSSUEM UM SENTIDO LATO E COERENTE COM UM FORTE PENSAMENTO, A VIDA TOMA UM SENTIDO EM SE REALIZAR NO PLANO CONCRETO A BOA INICIATIVA.

A DEMONIZAÇÃO DO PODER ENFERRUJA O EMPODEIRAMENTO DAS VIRTUDES.

QUANDO A TRUCULÊNCIA ASSUME O MODAL DE UMA PRETENSA REPÚBLICA, NO MÍNIMO AS PESSOAS DE BEM NÃO ESTARÃO SATISFEITAS.

O RESGUARDAR-SE COM TEMPERANÇA E BOM SENSO É UMA PEQUENA MOSTRA DO UNIVERSO CIVILIZATÓRIO...

AS MÁQUINAS DA EXISTÊNCIA MATERIAL

 

           No que tenhamos dúvidas sobre o que é produzido concretamente, e que se revela em algo material, e aquilo que obtemos em termos de serviços inumeráveis, no que revestimos a realidade com o convênio individual e coletivo com o capital. Sempre a indústria, em suas novas modalidades, a sua automação, seus leques de possibilidades. Novas frentes de trabalho se pronunciam, e aquele douto senhor que fabricava sapatos dá lugar às prensas automáticas… Aquele diálogo que se fazia mano a mano com um telemarketing aos poucos vai dando espaço para a inteligência artificial e sua estranha mas precisa semântica. A industria têxtil, com suas padronagens computadorizadas e quase aleatórias, senão por ser: sempre no padrão previsto conforme a linguagem dos meios e suas identificações com suas emblemáticas marcas do mercado.
         Uma inegável construção nos coloca frente a frente com nós mesmos, a indústria capitaneia outros serviços, e os serviços se tornam produção industrial, nem que o seja no copo de um Mac pontuado pelo pato Donald. A riqueza quatrilhonária de Tio Patinhas vira antiguidade nos moldes da indústria cultural, onde a tecnologia em 3d vai e nos leva além da ilusão imaginativa de um bom livro, infelizmente ou felizmente, pois o que nos dirão será sobre a ação do entretenimento suplementar é o andamento da carruagem da civilização humana! A busca de uma identidade pontua cada nação da Terra, mas a indústria internacional torna possível a pecha globalizante que tantos governos apoiam ou odeiam. Ser ou não ser nacionalista, eis a questão, em que Shakespeare teria que revisitar seus próprios conceitos existenciais, onde um Rei é um rei, e onde uma Rainha possa ser a dama de um tabuleiro ainda incipiente, mas com potencial vitorioso. Talvez a questão esteja muito acima das conclusões precipitadas, mas só será um bom sucedâneo no Poder aquele que proteger os biomas, as florestas, e evitar ao máximo a queima de carbono.
         Pois bem, em se depender de coerência no sentido planetário, que não desejemos a uma nação que se faz com um Poder gigantesco a permissão em que tapetes imensos de devastação sejam desenrolados, seja em que território for, pois a mesma permissão que nos engloba na mesma terra demanda que construamos ao futuro de nossos netos e filhos ainda jovens uns cinquenta anos de condução democrática concisa e peremptória. Apenas se tomam medidas coerentes no planeta atual a longo prazo, pois medidas reticentes e incoesas só trazem a proximidade do não factual em termos de avanços na humanidade e no tergiverse com palavras de ordem e de mudanças não apenas em termos retóricos.
           Assim devemos rezar pela raça humana que, como diz a canção, é obra de uma semana do trabalho de Deus! E, se não fora isso, quem sabe já estamos neste mundo materialista há tanto tempo que não temos a noção exata de nossas origens, coisa que passa a ser recorrente aos olhos ou da evolução darwinista, ou de uma questão bíblica, ou por outras fontes, sejam religiosas ou científicas. Mas saibamos que a matéria por vezes há de estar mais perto da ciência do que do espírito, mesmo porque este se destaca a ser estudado por nós na ciência de Deus, ser onisciente e onipresente… Se tal não fora, o poeta veria as estrelas esperando por aconselhamentos de fora, a saber, que na Terra o esquecimento da vida é sobremodo esquisito, posto sabermos que há tanta vida lá fora que não nos caiamos em plataformas onde apenas a matéria dite a realidade algo mística em que tantos depositam sua fé, e que seguem segurando as ondas de profundas contradições sistêmicas por pensar que não se vale sem a função monetária ou de poder.


domingo, 8 de novembro de 2020

É O QUE HÁ

 

           Na vida não há de pretendermos alcançar alturas onde a megalomania subentende a ferocidade da selva material… No mais das vezes queremos ser vencedores e a tirania criada em nosso caráter pelo mundo que nos cerca falha no quesito da solidariedade. É o que temos pela frente: uma competição no seu íntimo desigual, injusta, marcada por vezes pela questão dos nascimentos, apenas isto. Mas quando alguém nasce com níveis de conforto e riqueza mais altos, é hora de se desapegar da matéria, é uma oportunidade de se voltar com mais firmeza a Krishna, a Suprema Personalidade de Deus! E onde está essa Personalidade? Está no paramatma de todas as entidades vivas, a face de Krishna em todos os corações, até mesmo em seres unicelulares, protozoários e em mais de 8 milhões de formas de vida. Presente como observador de nossos atos, como um amigo confidente que está nos fazendo companhia frente ao atma que somos, a alma individual. Pode parecer uma conjectura, uma dissensão filosófica, mas nos resta um tipo de fé cega, fé amolada, uma fé que demanda um misticismo, posto países como a Índia e o Brasil que sejam irmanados por ela, em que a Índia possa ser a pátria espiritual em uma religião assaz importante em seu conteúdo de antepassados muito antigos, falando-se de milhões de anos, na criação do Universo, na perspiração de Vishnu e na aceitabilidade de semideuses como Indra e Brahma, este o ser original do Universo Material.
           Este que vos fala subentende a importância individual da religião, sem a motivação de criticar quaisquer outras religiões, pois a religião fundamentalista que não aceita outras formas de crença vive nas trevas da ignorância, algo simples e recorrente nos dias de hoje, onde até mesmo politicamente certos parâmetros escriturais querem impor aos demais sua influência, aceitando apenas uma escritura, apenas uma vertente religiosa.
A título de curiosidade, o Srimad Baghavatam possui 19 Cantos, sendo que até chegar na dança das Gopis, as vaqueirinhas celestiais, necessitamos de ler mais de dez mil páginas de estudos, afora isso o Mahabaratha, que possui milhares de versos. Destarte, o Caitanya Charitamrta que é outra literatura transcendental. Afora tudo isso temos por base o Bhagavad-Gita, a base do sistema que Krishna recebeu das suas próprias palavras na Batalha de Kurukshetra. O Senhor Caitanya Mahaprabhu nos ensina a cantar o mantra sagrado Hare Krishna, como uma encarnação de Deus que veio a este mundo na era medieval da Índia, presente nas deidades que podem estar em vários lares, como Arca-Vigraha, ou a encarnação da divindade representada nas deidades.
         Não se quer nesse propósito desmerecer qualquer religião, mas estar consciente em Bhakti, o serviço a Deus sem merecimento e sem causa. Isso é que nos traz a compreensão de que alguns homens de fé se equivocam pensando que certa crença o levará a uma prosperidade material, o que em tese nada significa. Por vezes Deus nos tira tudo o que temos para que não sejamos arrogantes em termos de poder e dinheiro, fazendo a nós mesmos o cumprimento do retorno sagrado na humildade responsável com relação ao que se espera que seja a verdadeira religião.
Estar na sacralidade não é fácil, posto a vida de um homem ou de uma mulher que queira ou deseje estar no mundo atual é uma equação que revela a matemática da devoção, a matemática do serviço devocional. Esse “estar” no mundo atual pertence ao que tudo é pertencido, ao nosso Senhor, Sri Krishna e todos os caminhos de todas as religiões sérias, e não aquelas que foram criadas para engordar os cofres ou do Poder, ou da Ignorância.


sexta-feira, 6 de novembro de 2020

CAMINHANDO COM AS LETRAS

 

É tarde por vezes, não propriamente o tempo inacabado
Mas o poente consagrador que se vê no encerrar de um dia,
Depois de vermos que tudo na Natureza é escrito pelo Criador
Mesmo no vulgo de uma página de jornal, bem como
Em um texto religioso que nos remeta às alturas da existência…

Podemos caminhar pelo mundo através de uma poesia, pois
As respostas que encontramos pelo caminho versam sobre
Um lote de responsabilidades em que votamos nas palavras
Sobre um material silente que revelam a expressão, em vez
Das desditas que espelham um quê de ignorância na atitude!

Soletramos nossos versos a partir de cada letra, caminhando
Sobre um papel revestido por vezes de pixels, para que seja
Compreendido através de uma tecnologia que soma muito
E mais em uma comunicação que transcende o factível
Quando possibilita ao escritor chegar em outros lares.

E, em todos os cartazes que vemos, nos ideogramas da virtude,
Nas ideias que podemos ter a partir de referências sucedâneas
Àquilo que lemos por ler nas passagens e em caminhares
quaisquer
Quando há uma pretensão a sermos mais curiosos pela arte.

E divagamos,
como homens e mulheres em harmonia intelectiva,
No processo de existir
em conformidade com a mesma vida
Que é de todos e reitera aquilo por qual nos foi confiada
Na missão que temos por melhorar o nosso mundo circunstante...

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A CADA PASSO

 

           A cada passo cabe uma interpretação, mesmo que tentemos generalizar o ato individual conforme o coletivizado, a forma que se encontra em uma bifurcação onde logicamente não encontramos tal erro ou tal acerto. São muitos os casos de discórdia, são muitas as desavenças nesta Era, são muitas as modalidades da hipocrisia, são variadas as contendas e muitas as crises que assolam o bom querer das gentes… Nessa esfera vertiginosa de dificuldades, neste mundo que erra sem ter o que querer coerentemente, apanhamos por ver atitudes do crime sem favores que entorpecem de desditas o funcionamento dos sistemas, posto serem os mais variados em nossa sociedade. De sabermos que a motivação para o dilema da não concordância com a Lei lida e escrita não faz de nós meros e pequenos criminosos, mas fazem de toda uma engrenagem se tornar ferruginosa, pela culpa do infrator. Quer estejamos com o desejo de infringir, quer nos tornemos elementos claudicantes em nossa ignorância, quer jamais façamos o nosso mea-culpa. Retornamos a uma espécie de caldo que alimenta de tutano as organizações criminosas, mesmo que estejamos distantes dos mentores por centenas de quilômetros… Se um indivíduo estiver presente, que seja, em uma espécie de clausura encomendada por uma pandemia, deve cumprir seus dias conforme os ditames de sua própria consciência, não importando muito a soltura de seus compadres sob a jurisdição de seus governantes, haja posto que a virulência se lhe importa, e o Governo não lhe dá muitas vezes a atitude correta a ser feita. Se o indivíduo puder, que fique em casa, com seus treinares, com seus educares e seus trabalhares. Posto isso não seja possível, que o indivíduo pense na coletividade e não exceda em seus turnos.

         Em uma realidade dilatada pensamos muitas vezes em que podemos fazer para nos sentir melhores em nossas empreitadas frente ao mundo que se nos apresenta, e quem deras fosse mais feliz essa sensação, pois milhões de pessoas passam pela carestia no país em que vivemos. São milhões de pessoas que não têm como pedir sequer ajuda nas instituições que servem às populações desassistidas. Essas incongruências tendem a tensionar a parte mais vulnerável das gentes, açambarcando igualmente a classe empresarial com as demandas de contratar mediante o exército industrial de reserva, que são aqueles que – nas filas – conseguem um emprego mediante o preço do salário menor que a pouca oferta lhes dispõem. Isso seja fato consumado, e nenhum estudante de economia seja apto para discordar, posto seja pingo no i da questão, seja realidade e fato, mesmo que se cogite que a livre iniciativa possa dispor da energia do trabalhador na seleção da força motriz, quando se pensa na juventude como equiparar cavalos alazões dos pangarés…

          Quando se busca a força de trabalho, o primeiro emprego é raro, e a experiência conta deveras. Conta-se um trabalhador com anos de experiência, nem muito jovem e nem muito velho, e aqueles que já são velhos demais pecam por estarem atrelados a um tipo de previdência que solapa suas vidas e não dispõe de muito tempo para fazer deles pensionistas decentes do amanhã. E, quando o trabalhador é muito jovem, não dispõe do ensinamento regular que dele se espera, fazendo-o engrossar mais ainda as fileiras do desemprego. A contradição derradeira vem do pressuposto de que, quando estão empregados, os trabalhadores que possuem esta vantagem tiram de qualquer concorrente a oportunidade de estar empregado na mesma linha de frente em que o trabalho se posiciona, relutando em ser solidário quando afeito à concorrência ímpar e denominada selva da livre iniciativa, no qual tantos países já se dão conta que não é a melhor medida.


UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIOS

Tratamos de ser um ser do próprio tratar-se. Que não difiramos muito do que nos encerra no patíbulo das incertezas… De tantos e tantos abandonos, dos lesa pátrias, daqueles que nos cercam no anonimato que seja – nossa única certeza – seria ver aos nossos olhos que aqueles que creem em algo forte sejam emancipados das questões mais elementares. Questões que nos digam respeito ao bom cidadão, a que não seja importunado por quaisquer lados, no princípio mesmo da equidade. Uma igualdade cabal que não pode ser jogada no esquecimento, posto não será a partir da ignorância de quem porventura somos que a cultura dos povos há de ser apagada de nossa memória. O mesmo ignorar tantas coisas que nos afligem qual, quer não saibamos lidar com elas, ou na miríade dos treinares temos a ilusão concreta do enfrentamento vão. Na relação que por vezes é crua com a realidade, muitos agentes das mudanças não percebem que não será a partir somente deles que as coisas funcionarão de outro modo. O planeta pode ser extremamente desigual, mas a divulgação desse fato é mister que compareça, quiçá em canais independentes dos quais dispomos amplamente. Rege-se uma pauta que é a da tirania, mas em sua origem haveria de ser mais bem alicerçada, até culturalmente, e hoje tentam a tirania, nada mais do que isso.

Os princípios da existência vem a dar nos costados de uma resiliência em que se possa dar o exemplo, fazer o dever de casa cada cidadão, colocar finalmente nos trilhos o bom senso, a igualdade, os direitos de cada qual que reside não apenas na nossa nação, mas no mundo como um todo. No entanto, o ignorar-se a alguns problemas estruturais em um país, seja a sede ou o ramal, seja o império ou o quintal, esse ignorar-se prevê que haja um tipo de integração entre os dois capitaneados pelo dinheiro a poucos, aposta-se na desigualdade racial, econômica e ingerente nos andamentos do capital internacional e financeiro sobre o planeta. Essas questões interligadas, os desejos das nações que querem estar em primeiro lugar entre si, e outras que aceitam a que uma nação qualquer predomine a qualquer custo, vem do temor que se troque um império por outro. Que haja uma transformação sistêmica na modalidade da vivência do indivíduo para a coletividade. Em caminho com lógica isso não é mentira, posto o resultado de um novo império conseguindo seu posto infere que o outro se sinta fraco perante uma gigantesca onda, um tsunami que invade o modo de vida de bilhões de pessoas. Já a se contar que nesse mérito exista esse montante no mundo ocidental como no mundo oriental, e que não haja divisões, pois isso não há de fazer muito bem à humanidade como um todo. Dessa humanidade que se cita como condição a que vivamos com o consentimento da bondade em seu modal, não há de abrir espaços para a tirania de quaisquer dos lados, porquanto a corda tensa social dependa, para seu afrouxamento de um princípio igualitário nas rendas e atos que injustamente não estão sendo aplicados nos tecidos sociais de nossos regimes.

A democracia há de ser, pontual e genericamente, a única modalidade que avente a possibilidade de conscientização popular, pois jamais haverá espaços de truculência imposta verticalmente ao nosso sofrido e galhardo povo, já tão vitimado pelas máfias que se fazem presente no nosso país. A abertura democrática de fato se faz necessária com o consentimento de nossos líderes, assim como a proteção irrefutável de nossas instituições e nos sistemas organizacionais que estão dando certo e gerando lucros, e que não devem ser alterados em sua vigência. Partir para atitudes coerentes e sem gerar crises maiores, voga a que sejamos melhores do que aquilo que se espera de nós, na mesma coerência da incorruptibilidade e da honestidade como nossa garantia.


domingo, 1 de novembro de 2020

A PLANTA JIBÓIA É RESILIENTE, E É ISSO QUE O POETA SABE, NADA MAIS.

A TÍTULO DE EXPERIÊNCIA, NÃO NAVEGUEMOS POR MARES NUNCA ANTES NAVEGADOS...

O BAMBU BRASIL TEM SEUS MODOS DE SE CONSTRUIR UM VIVEIRO AMPLO PARA UM CASAL DE PÁSSAROS.

QUANTOS ARTEFATOS BELOS DA NATUREZA ENCERRAM A VIDA DE UMA PALMEIRA.

UM HOSPITAL É LINDO SEMPRE, COM TODA A SUA EQUIPE NA LINHA DE FRENTE!

A VIDA NÃO SE ENCERRA NA RIQUEZA, POSTO ANTES DESTA EXISTE MUITA VIDA NO AR, MESMO COM DIFICULDADES PREVISÍVEIS.

A TÍTULO DE ORDENAÇÃO AFETIVA, UM HOMEM PODE GOSTAR DE UM ANIMAL NO TANTO QUE GOSTARIA DE UMA PROLE.

UM PORTÃO DE NOSSA CASA ENCERRA UMA SEPARAÇÃO, EM QUE MUITOS PEDINTES ASSISTEM A PRISÃO ILUSÓRIA DO DONO DA CASA.

O MATO DO JARDIM PODE PARECER COM A GRAMA, OU PODE CRESCER MAIS DO QUE O ESPERADO, QUANDO A CHUVA CHEGA...

QUANDO SE REALOCA UMA MENSAGEM, ESTA PODE PAIRAR SOBRE TODO UM MUNDO, OU NAVEGAR PELA VIZINHANÇA.

SISTEMAS FECHADOS


Algum modo de saber que estamos em modo sistêmico, fechado, é termos a noção de que tudo o que aprendemos não subtrai muito a razão de podermos pertencer a uma semântica de linguagem a mais variada. Pertencemos a um sistema que adota as mais variadas expressões e, no entanto, se fecha em copas quando em uma delas sequer falamos uma verdade que seja absoluta, no verdadeiro termo da palavra... Essa Verdade põe termos à mentira, no sentido de estarmos nos aproximando de um fato com boa fonte, essa fonte que se traduz no modo de se dar uma notícia, com parâmetros imparciais e logicamente aceitáveis pela tradição segura de nos dar as mesmas notícias. Como quando as vias de se dar a informação passam por uma certeza de que a informação dada vem acompanhada de um pouco de conhecimento, como a estruturação de uma cultura que leva em consideração dados factíveis, e os manifesta com propriedade, com lógica e com humanismo. Essas posturas traduzem boas fontes, e é a partir desta que se tem o conforto de ser partícipe da realidade mundial ou nacional. É desse modo que chegamos ao vizinho mais próximo, que elucidamos o fato, a questão ou as equações que aparentemente são difíceis de resolver: esse sistema deve se fechar para não deixar que se passe a informação de fakes, no que deve se reprimir os mesmos fakes com energia, posto servirem a ambos os lados, e não ao interesse puro do cidadão.

A abertura da comunicação deve existir, mas devemos estar atentos para o fenômeno das fakes news, pois isso desconstrói a mesma comunicação. A viralização de uma mentira pode ser mais nociva do que pensamos e a propagação do boato como regra vira uma arma covarde nas mãos do Poder, quiçá mesmo de outras nações do globo, com interesse de manter o status quo ou mesmo subverter a ordem democrática. Essa ordem tão vilipendiada, tão massacrada em algumas nações que - esperemos - jamais seja partícipe de outra regra senão da Verdade. É possível ainda construirmos um mundo mais justo a partir dela, e que sejamos partícipes dessa União pela liberdade de expressão dentro do parâmetro da decência e da mesma Verdade, posto não podermos exercitar nossos direitos quando tudo em que poderíamos acreditar é posto em xeque no meio de nossos caminhos à libertação. Pode ser um caminho longo, mas é a partir dele que daremos cabo à opressão a nossos povos. Um caminho longo, pode ser difícil no começo, mas é a partir de um exercício diário que conseguiremos antepor aos muitos obstáculos uma promessa de tempos melhores, que já aí se aproximam. Nessa latitude de nossas intenções a mesma promessa de tempos melhores encerra em si a possibilidade de iluminarmos nossas veredas com a velha ideia de União, de compreensão da realidade do "outro", de uma questão que gerencia como um velho amanuense a relação entre as contas pagas e as que virão para que quitemos a dívida com qualquer um que se apresente! 


SOLETRANDO FONEMAS


No começo era turvo o sistema, as galáxias não sabiam

Nem um pouco do ocaso de seu mesmo tempo

Em que nem mesmo um grande vate soubesse adivinhar

Que tantos soçobraram em meio a uma dimensão algo curva

Quando se diz que alguma estatística põe a forma correta...


O tempo dos meridianos, um quase atemporal certeiro

Que navega por entre ondas que dão seus costados

Em praias que nunca deveriam dar o ar das graças

Quando na verdade se pede que não seja uma lacuna.


Tudo o que se diz daquilo que desconhecemos de fato

Nubla a consciência de outros fatos concretos existentes

Quando um sai para se divertir à socapa e seus goles

Enquanto outros participam da vida entornando a arte!


A poesia permanece em silêncio em seu rugido

Como troveja o relâmpago, como a fera se manifesta

Onde mal percebemos o que vem a ser a razão

No mesmo lugar onde a deixamos no convencimento.


Assim se sabe qual a metade de um método assaz raro

Nas questões de sabermos igualmente como nos portar

Em meio a uma civilização dramática, com nós de ponta

Mais espessos do que um anátema que não sabe de onde vem.


Disso de buscar funções nas palavras se encaixa a odisseia

Quando saímos a tecer um comentário ou outro

Conforme a sacristã forma de ser, conforme a espessa via

De uma qualidade consistente em um dia de coragem...


E outros são os dias que vencem os óbices de sempre

Quando nos apercebemos que o quinhão de solidez fecunda

Na verdade refaz a condição inequívoca de resolver

Equações que deixamos a entorpecer a própria fonética...


De um recurso ou outro, do café amanhecido, do pão

Que esquecemos no cesto, de um gole mal ajambrado

Seria tanto de sabermos que nem tudo aparece tal qual

Uma música de um domingo distante na luz da nuvem!


Na miríade consonante destes versos quem sabe seria

Um tanto melhor soletrarmos fonemas esquecidos

Ou na frase de mandarim soubéssemos qual a palavra

Que dita a regra de estarmos no mundo com sons diversos.