sábado, 30 de abril de 2016

QUE KRSNA ME ACOMPANHE E GUARDE, POIS A ELE SIRVO COM DEVOÇÃO, E QUE ME FAÇA COMPREENDER MELHOR A NATUREZA MATERIAL.

A PALAVRA QUE DIZ ALGO QUE LIBERTA SEMPRE SOFRE A VIGÍLIA SOTURNA DAQUELES QUE NÃO QUEREM A LIBERTAÇÃO.

UMA RELEITURA DO VÍDEO

            Não há que encontrar necessariamente algum padrão da montagem no vídeo, uma montagem visual, um quase ruído por vezes, no universo da imagem e do som. Há cabos e mais cabos no mundo transportando sinais e entretenimento. Há antenas e ondas por todos os lados, e talvez o que nos chega é mais do que pessoalmente enviamos. Não há, obviamente, o feed back que ocorre em países do primeiro mundo, pois não alcançamos ainda a mídia ideal: que servisse efetivamente a população. Quando se fala primeiro mundo obviamente traduz-se uma sociedade mais lida, mais culta, mais estudada em suas médias populacionais, não sendo apenas os países mais ricos.
            Se fizermos uma releitura do vídeo, acompanharemos mesas e mais mesas de edição, ensaios televisivos, montagens, fatos intencionalmente ocultos... A edição por si é fabulosa como matéria de trabalho, mas, creiam-me, jornalistas dos grandes meios, não queiram repetir escândalos libertinos em que muitos observadores externos se lhes alcunham de meros repetidores da mentira organizada e falseada para tal. Na contraparte desse jogo já obsoleto mesmo em jargões de impérios decadentes resta saber que nos sobra a raspa do tacho, o que estragou nessa panela de alumínio galvanizado, já de terceira, inóspita, inócua perante órgão de um mínimo de seriedade de notícias ou filmográficos. Há que se valer, ou se dar conta de que quando conhecemos algo do processo da feitura desse material, teremos know how de consciência, sairemos de uma ignorância para sabermos como lidar com a indústria cultural: seus ícones e arquétipos. O povo deve saber, as massas devem estar cada vez mais esclarecidas sobre os conteúdos de retaguarda, pois assim obterão defesas internas e coletivas muito mais amplas quando submetidas em suas casas a algum tipo de farsa abjeta.
            Essa releitura pode ser debatida amplamente, dentro do caudal saudável do conhecer humano, até para regredirmos a interpretação da humanidade como especiação fadada ao fracasso, que busca sempre minar a consciência do homem ou da mulher como cidadãos que portam razão, ou que ainda a desconhecem – a se garantir seus direitos – quando em ignorância. Um advogado ou jurista nunca pode ser considerado “superior” a um operário ou uma diarista. Temos exemplos cabais de consciência que mostra luzes em todas as partes, pois que se queira mais luzes, e o ofício de cada qual seja respeitado, em todas as vertentes e frações existenciais, incluso de grupos que são amplamente divulgados como minorias, ou estigmatizados pelo preconceito. O que se busca em uma sociedade ideal é que se busque conhecer-nos e ao que nos amplia como seres que possuímos o poder de construção e igualmente o de destruição. O tópico em questão é o entretenimento e a releitura de um dos aspectos existenciais de nossa cultura ocidental: o vídeo... Que ampliemos o conhecer-se da tomada de cena, de como construir uma peça teatral, um monólogo, o que é cenografia, iluminação básica. Se o entreter-se de massa é por canais, que se os conheçam, afim de que, em qualquer situação de natureza política, guardemos nosso precioso tempo para compreendermos e cortarmos o estranho cordão umbilical que nos liga e nos torna obsessivos ao nosso imo, diuturnamente. 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O CAVALETE DE PEDRA

            Pois sim, passando as ruas, perto do mar, há um cavalete nos braços de um pintor que sempre fixa um bom lugar, ao lado de uma mesa de concreto, onde apoia seus materiais: pintará outro cavalete, de pedra, a rocha incrustrada, imóvel, quase soberba nas latitudes de suas texturas. Essas pinturas em seus contrapontos, uma melodia traçando com outras um harmonia com as tonalidades da dissonância. Seu material, pudera, era o mesmo espaço que denotava o todo, a preencher vazios, na maravilhosa palheta de Deus! Do todo preenchido, de suas lacunas nas dúvidas dos profetas, dos filhos e dos pais, daquilo que existe na arte e apenas nesta: uma manifestação por vezes tão única quanto um mero gesto, ou a erudição de um mago: ourives, alquimista, xamã, cacique... Transfundia-se a pintura com cavalete de campo ao cavalete marinho, a outra forma das rochas, o crescer de um suporte anímico das marés, as tocas submersas da vida. E o outro ourives em seu disco solar vinha como em um olhar gigantesco mostrar seu dilúvio de fogo de estrela. Um olhar que brilha algo maior do que possamos ver, visto ser incandescente na Verdade da Natureza.
            Postou-se Jerome, esse era o nome do artista. Não que importasse justo um nome, pois era um solitário quixotesco em suas vivências pelo planeta... Na sua própria condena justa, igualmente em ser seu próprio Sancho. Quando escrevia sua pintura, sabia de muitas tonalidades – destas talvez sobrescritas – que dirigiam, ou melhor, ajudavam a descrever suas pinturas, que a pintura – a se repetir a palavra – descia de seus arabescos históricos e tomava formas inequívocas na transparência do zelo do artista, este cuidar sereno que o acompanhava no modo assaz perscrutador de sua percepção e prática em construir a obra.
            No entanto, Jerome não sentia no modelo algo visível, como uno, em um todo que participava da própria comunhão da mesma rocha meio cavalete com as ondas que quebravam na sustentação de seu entendimento. Isso era fato. O mesmo fato de que o artista mesmo, virado um pouco rocha, sentia igualmente o borbulho da água em suas variantes de escumas e da maré do carinho, já que o que sustenta nossas veias pode ser o encontro do mar, ou o que significa apenas qualquer encontro com a força da Natureza. Por isso talvez São Francisco fora tão grandioso pelo seu próprio modal de contemplação e comunhão, no respeito e vivência com as coisas naturais e amor pelos bichos. A impressão que se leva para nossas casas com relação às santidades é que a não aceitação atual é ditada pelos padrões estanques de nossa cultura massificada, esta que por vezes é refém de manipulação espúria e indução perceptiva. No entanto, sempre poderá haver as gentes que preguem a tolerância entre os próximos, entre Estados, entre nações, ao menos ao se prever na atitude a consagração do gesto solidário.
            Não sempre se observa circunstancialmente essa realidade, infelizmente, mas haverá quiçá um modo sensato de civilizadamente conter-se algo do irascível, algo do reptílico, justamente quando suas causas venham a galope no que se vê do entretenimento massivo a que muitos são expostos. Ao que uma crítica cabal do que vemos ou sentimos a arte serve como meio de nos exprimirmos mas, que seja, a fim de que estejamos conectados a uma consciência superior, e que para isso talvez tenhamos que aceitá-la, ou pelo menos tentar compreender suas vertentes, a saber que na fruição desmesurada dos sentidos estaremos apenas mais e mais expostos a paixões equivocadas ou à ignorância. O ideal é sempre transcendermos o materialismo excessivo, no sentido de dar ao espírito a ingerência do nosso existir... 

domingo, 24 de abril de 2016

AS CASAS SÃO TURVAS POR VEZES, CINZAS, PÉTREAS, NÃO CONVERSAM... COM O TEMPO VEM CERTAS PRIMAVERAS QUE FAZEM BROTAR AS PLANTAS, FLORES, A PRÓPRIA ALEGRIA DE SE VIVER, DE DENTRO PARA FORA. E AS CASAS DIALOGAM, ENFIM.

COMPORTAR-SE À ADAPTAÇÃO É COMO A PERGUNTA: COMO PORTAR-SE?

TORNO-ME AO SVARUPA, MEU ESTADO ESPIRITUAL ORIGINAL, POSTO-ME EM BHAKTI E DECLARO MEU AMOR POR KRSNA APENAS A RAZÃO DA MINHA VIDA!

HOJE, AGORA HÁ POUCO, VI TEU RETRATO QUE POR SUA GRAÇA EU PINTEI, OH GOVINDA DOS OLHOS DE LÓTUS, E ME TORNEI ANACORETA, ESTABELECENDO AINDA QUE SEM SER INICIADO MINHA SENDA DA RENÚNCIA.

NÃO DESEJO VINHO NEM MULHERES, APENAS O SERVIÇO IMACULADO AO SENHOR, SEM MERECIMENTO E SEM CAUSA, NASCIMENTO APÓS NASCIMENTO...

AO COLO DE KRSNA, MEU PAI, RETORNO, A CADA NOITE, A CADA OLHAR DE GOVINDA, QUE A ELE SERVIREI TODOS OS DIAS, SEMPRE, EM TODA A ETERNIDADE DE MEU ESPÍRITO!!!!!

SE UMA FRAÇÃO DE UM TEXTO POSSUI UMA SEMÂNTICA COMPLEXA, BUSQUEM NA SERENIDADE TATEAREM À MESMA SURREALIDADE QUE EXISTE NA SOCIEDADE.

USAMOS OS DOIS BRAÇOS, O RIO QUE PASSA EM NOSSAS VEIAS SABE ONDE SE ENCONTRA O ORGULHO E ONDE DESAGUAM NOS DOIS BRAÇOS OS BRAÇOS QUE NOS COMPORTAM.

A VIRTUDE DE UMA ROCHA MARINHA É SABER DO MAR QUE FLUI LIVREMENTE POR SUAS ARQUITETURAS...

CREIAMOS QUE HÁ PELO MENOS UMA PONTA DE AMARGURA OU MEA CULPA NAQUELES QUE DESEJAM COMETER AS ATROCIDADES QUE LHE CONFEREM SEUS SUPERESTIMADOS.

O PREÇO QUE SE PAGA PARA SER COERENTE EM PAÍSES POBRES PASSA POR CONFLITOS QUE AS GENTES DE BEM NÃO PRECISAM PASSAR, POR APENAS PENSAR COERENTEMENTE EM MELHORAR A VIDA DOS POBRES.

HÁ MUITOS HOMENS QUE DERAM SUA VIDA PARA TENTAR MELHORAR A VIDA DO PRÓXIMO: ESSES SÃO LEMBRADOS DEPOIS DE MORTOS, QUASE SEMPRE.

ANTES DE LEVAR TRÊS TIROS NA SERRA BOLIVIANA, CHÊ DISSE QUE ESTARIAM MATANDO UM HOMEM.

NÃO HÁ RAZÕES EM MOSTRAR AOS IRRACIONAIS QUE ELES, COMO HUMANOS, NÃO MOVEM UMA PALHA PARA SEREM MELHORES.

O DICIONÁRIO DE CERTAS PALAVRAS NO SENTIDO LATO MOSTRAM QUE INCITAR E AGREDIR É GOLPEAR.

UM NICHO DO MAR

            Edevaldo saíra no sábado em direção à orla. Eram duas e meia da tarde. A sua vila era distante e carente... Sabia apenas das rochas, de seus encontros, uma a uma, do mar dialogando com elas, e do pressuposto em não poder haver uma descrição sucinta de qualquer veio em tipos de entretenimento, qual não fora o habitar-se dos pássaros...
            Via a areia, o mar, e perguntava-se, contrário à qualquer espécie de egoísmo: o que haveria sem as águas do mar? Não sabia bem das chuvas, mas isso o fazia crer que algo delas saberia mais das mesmas águas; era, a bem dizer, um homem um pouco ignorante, e muitos o sabiam. De se ver, mas quanto ao mar era um sábio. Assim é a natureza das coisas, o de natural não ser exatamente aquelas, mas que certos objetos encerram outras dimensões. Essas incríveis dimensões podem estar em um simples olhar panorâmico, quando em seu tempo fixo do presente ou na memória arquitetônica, mesmo que não possua aquela arquitetura nenhum estilo. Dimensão seria algo que passasse pela contestação de um possível sistema, mas o mesmo sistema mostra uma árvore multiplicadora de outros que porventura já possuem reatualizações em que pese o enigma de seus processamentos. Lembraria um fluxo de água em suas inúmeras canalizações e gargalos, em que os diques estabelecem compensações de nível, pois, se o que se predizia era o quilate da imaginação, por que não se “imaginar” sobre verdades ocultas? Esse viés de chamar-se a busca da Verdade em seus alicerces de fuga da realidade é o mesmo que dizer que tudo o que se passa é o consentimento da farsa! Assim se passavam os dias neste mar que se chama contemplação, conhecimento, ou ao menos do palpável, de um significado que torne uma metáfora concreta. Como um dia em que acordamos e nos damos conta de que as nossas belezas em viver não sejam nada além da paz e aquilo que queremos de bem ao próximo, mesmo sabendo do lugar comum em pensar com modais distintos daqueles que exploram seus intelectos como uma competição desenfreada, em inegáveis sofismas do abrangente acadêmico. Não que fosse crítica a alguma academia mas, por si só, apenas a visão de que é possível pensar se a doutrina ou a orientação, qual não seja – mesmo diletante – do conhecimento e da espiral evolutiva não exatamente necessária, pois leva para cima ou regride, posto não existir em todos os setores da existência.
            Aqueles que rotulam com facilidade mostram quase sempre que partem para uma coerência sem par de simplificação existencial própria da chamada ignorância da inconsequência, que pode fremir desejos reptílicos em seu imo, mas que dita um motivo a que em si mesmos imprimam esse rótulo.
            Assim se passava como se o mar pensasse, como se as ondas colocassem em sua rochas um cadinho de sua própria força naquilo que supunham quase exato, mas sem dizer da existência primeira da infinitude absoluta de seus gestos!

UMA NARRATIVA DISTANTE...

Seríamos um campo sem semeadura, um homem sem paz
Quando, a despeito de termos uma hora de libertação,
Sabemos do que é distante em nossos consentimentos!

A ver sem lei uma Pátria, então nos encontramos com um rochedo
Que deixa o mar entrar por suas frinchas atônito
De ter como se comunicar com intensos cardumes.

Desses peixes abissais de superfície de rochas, peixes outros
Que não distanciem o próprio abismo em crermos abertamente
Que uma nação não se encontre mais forte em virtude da fraqueza!

Assim sem ver, que tantos veem de outros lados do oceano
O que se processa em um não processo a quem não vem o astro
Quando sequer assumem a sujidade em suas mãos do não merecido.

Por vezes os poetas perdem o fôlego, e a poesia vem – rumorosa –
Como os ventos que sopram de um lado qualquer em que nota-se
Que a vida da arte se denota visível até no perfume da paz.

E vêm as gentes, ignoram outras palavras, entendem um pouco menos
De um cabal entendimento que o “outro” não suprime na mesma lógica
Em que estaríamos talvez no próprio mar a contemplar estrelas...

E há alguma verdade em sabermos que um nó que nos ate
Não ata se não fora outro nó da sapiente certeza que a justa
É sabermos que a Verdade estará sempre em sua indelével posição!

sexta-feira, 22 de abril de 2016

JOÃO E PEDRO SEM DISTÂNCIAS

            Na tarde de quinta-feira dissera eu a João que passasse na cidade para comprar tabaco. Não que fosse quase uma ordem, mas ele estava amuado desde domingo, sem saber dizer muito o porquê disso, e achei que uma ida à cidade faria bem. Encontrei-o perto da Praia das Palmeiras, de maus bofes, meio alienado com a vara de pesca. Não trouxera iscas, apenas a intenção e uma caixa com cervejas. Bebemos um pouco, eram três horas, como sempre, as horas em que eu o encontrava – desde sábado – um pouco distinto do velho João... Sua barba conferia mais do que nunca uma gravidade e as mãos nodosas uma dura vida, de quase meio século. Perguntei, depois de abrir a segunda lata:
            - Meu caro, tantos são joãos nesta vida. São tantas as marias, tantos são os nomes, que o nome quase não importa. Você sabe...
            - É muita cobrança, Pedro – ele me disse.
            - Pois sim, seríamos talvez quase evangelistas. Me perdoe a palavra, mas destas mesmas palavras eu gostaria de falar, mas quase não ficamos em toda a nossa guarda, a gente não defende posições, a vida prega peças nas nossas veias.
            - Não, é que eu queria dizer outras coisas. Me perdoem as más línguas, mas os olhos por vezes também são maus... Han, que eu não soubesse, nem mais sei quem sou, me cobram que seja João, do João que estivesse na Bíblia talvez.
            - Sim e não, caro. – Eu supunha de sua inquietude que fosse outra coisa, já que estava tudo meio revirado. Eu estava exausto, mal podia com minhas pernas, e João já estava no bagaço: eu em minha fadiga física, ele mentalmente. As fadigas já se tornavam meio crônicas em muita gente. Sinal dos tempos. Uma crença forte, por vezes anacrônica, ou ilusória, de uma fé mais gratuita. Mas que fosse, era pelo menos algo. De tantos algos como uma polaridade em que se tornava a sociedade, pois os meio termos quase eram suprimidos agora.
            - Mais para não, creio. Não sei o que está escrito, cresci à beira do apocalipse de meu nome. – Se segurava, teimoso, na cadeira, e seus gestos eram agora mais brandos, pois dizia algo sem entrelinhas, e já havia derrubado cinco latas de cerveja, em minha, quiçá, boa companhia... Falei-lhe:
            - Quiçá fosse eu o fundador de algo maior do que qualquer estrutura, João. Ainda assim, seria apenas uma pedra, pois sou um. Porventura escrevesse milhares de páginas, e das boas, ainda seria um. Sou um como é a formiga silenciosa, mais uma do que sou, posto muito menor mas muito mais forte. Se Pedro daquele antigo ergueu a Igreja, foi um bom Papa. O primeiro. Resta sabermos quem é o primeiro de qualquer coisa. De uma coisa pode ser, mas havia outra igreja, havia o tacape indígena sobre um disco solar, reverberando ao seu Deus. Haveriam os negros imantados de coragem, e outros nas barbatanas do Império, que não fora único, mas fora tardio, que todo o império vem tarde, programa-se tarde, no que pretende no agora, que já é tarde, visto história ser antes... Na verdade, irmão, se Isaías cita Emanuel, já era um pouco, mas Cristo e Budha vieram, e consagraram... Talvez Tanigushi saiba muito, para muitos. A epopeia é essa. Os peixes são a realidade. As rochas, uma mulher aberta para o carinho, ou uma Scania na contramão, quando estamos em família subindo uma serra. Se você acredita em algo grande, seja ele filosofia, teoria econômica, política, religião, antropologia, arte, cultura, qualquer algo, tem esteio. Como ao ver um filme em uma tela, vemos um filme em uma tela, disso não precisamos nos lembrar, mas o temos, por vezes. Veja uma notícia trágica com humor, pois não há mais notícia humorosa, por destas incríveis que não se passa... Pense em algo. Seja liberto. No saneamento, está aqui, estamos sobre esse mar, e falta sanear melhor. Sabe porque, meu irmão, os pássaros estão por aqui, onde estão peixes, mas o reflexo dos homens passa por cima até mesmo do mar, e a questão inequívoca é essa: pratiquemos muito, estudemos, trabalhemos, versejemos, apliquemos nossa inteligência e mudemos o que pode ser mudado. Seremos como mais um multiplicado, mais pedras erigidas. Pode ser que você não seja mais João do Apocalipse, talvez seja João da vida. Não temos que esperar, você sabe que nós podemos, pois desse modo reconstruiremos todos os tipos de patrimônio da Terra, seus países e suas culturas: a partir do gesto, a partir do encontro, a partir de um tipo de amor que é muito secreto em nossos imos, em nossas entranhas, e que por vezes não significa apenas o eu te amo na gratuidade de algum interesse...

quinta-feira, 21 de abril de 2016

OUTRA GALÁXIA APONTANDO A UMA ESTRELA

            Um texto que prediga a um modo de subscrever todo um lote que perfaz ao simples entendimento: o texto de dizer, o texto que se diz. As letras são um conhecimento assaz importante, dentro obviamente de uma continuidade em que a imprensa imprima o reparte dos conhecimentos estes mesmos a serem democraticamente compartilhados... Mesmo o conhecimento ilusório possui suas fontes e é de ímpeto veraz reconhecer o âmago de sua mensagem, ao lermos em suas páginas o que ilude dentro de seus meios produtivos. Se é de guerra, nela não há messianismos; se é de notícias, espelhemos novas imparciais. Se isso não for possível, alcancemos os fatos mais necessários à conscientização do real e o tornemos o mais próximo possível á crítica dos desmontes em que nos despejam verdadeiros lixos nas formas de reportagens. Se é das massas, que não haja sua manipulação, pois assim não haverá tomada de consciência, nem ao menos o fortalecimento horizontal de uma crítica em sabermos que lideranças devem ser no mínimo um pouco mais cultas e humanas do que se tem visto no tripartite poder.
            A riqueza das nações não passa necessariamente pelo poder no modo como se tem buscado em estabelecer as grandes máquinas que usam a Terra como demarcação, ou que não demarcam terras quando isso vai contra abjetos princípios de sua exploração. A terra e a Terra não podem possuir donos, pois já existiam por aqui muito antes de aparecermos como espécie e – desde o osso ferramenta – as ferramentas apenas mudaram sua esfera de aplicação, seu modus operandi, suas engrenagens de encaixe... Os ossos se multiplicam e as caças mudaram de nome, servindo infelizmente aos interesses bélicos ou de dominação produtiva na setorização da própria Natureza . Não houve freios em quaisquer processos históricos e, num átimo, as estruturas mudam de lados, sendo estes propriamente ditos os que detém o poder das riquezas e seus recursos insondáveis, ou o poderio bélico. Há que se ter sim, por falar em poder, a real percepção dos nossos entornos, pois nunca será a partir de displays digitais que encontraremos a solução de questões de magnitudes maiores no cerne de querermos melhores dias para existirmos enquanto seres sociais dentro do espectro de nossas sociedades. Não é mais questão de sermos especialistas em algo em especial, ou termos a obrigação de um postura religiosa. Além de termos conseguido chegar aqui no Brasil a um Estado laico, permitindo manifestarmos diversas frentes étnicas, culturais, de costumes, ou religiosas, devemos ressaltar o fato de que apenas um trabalho não pode ser a única opção de vida de um homem, uma mulher, com seu consumo desenfreado e a doce ilusão de que tudo está bem no planeta enquanto matam centenas de crianças em guerras cruentas em outros sítios do mundo, como para citar o exemplo de como ocorre a alienação a uma realidade tocante em nosso sentimento enquanto seres humanos... E acharmos que – mesmo quebrando todas as conquistas no plano dos direitos humanos do mundo – havermos de acreditar em certas desproporções em contendas cruentas e suas crueldades inerentes, repito, em acharmos que isso remete a uma questão religiosa, ou no espelhamento de ferir com ferro a quem pede paz e clemência em viver apenas em dignidade, com a sua terra em direito pertencido: esta fronteira que deveria ser respeitada como todo o processo histórico – aí sim – dos direitos humanos que, lamentavelmente, o capitalismo desumano e cada vez mais brutal, acaba por gerar nesse tipo de monstruosidade, como na questão da Palestina, que não há como não citar, como tema recorrente em luta da paz neste breve ensaio.
            Que a galáxia de nossos entendimentos creia ao menos na criação ou continuidade de uma grande nação livre de toda essa pressão sem limites, que se gere um autêntico e justo acordo de paz com devidas revisões históricas, que se derrube o muro da segregação e do apartheid, que se termine com a nomenclatura que impinge a todo cidadão livre a alcunha de terrorista quando este cidadão apenas se defende das investidas covardes de um Estado com apoio integral dos EUA e, unilateralmente, sob protestos hipócritas da ONU, que nada de efetivo faz para acabar com toda essa violência nos territórios que paulatinamente, tempo a tempo, sofrem mais e mais ocupações. Por tudo isso, como cidadãos de algumas luzes, sentimos que a imprensa e a grande mídia como um todo deturpa essas questões, relegando-as ou deixando-as em segundo plano, pois nunca será leviano afirmar que o que estão fazendo na Faixa de Gaza e em toda a Palestina como território, como nação, é algo muito similar ao que fizeram os alemães em toda a história de seu regime nazista. Com um pequeno detalhe: o sofrimento se estende de 1948 até os dias de hoje, totalizando um tempo desproporcional de sofrimento... Por uma Palestina livre! Os homens e mulheres de bem, em verdade, querem uma paz. E que seja justa.

A PREMISSA DA NÃO LÓGICA

Saber-se ausente de um processo significa uma neutralidade que se diria nem ao menos diplomática, pois se é de mitos que sobrevivem os caudais do entretenimento informativo, é da leniência desse papel de mármore kitsch de imitação que alguns homens se negam a participar. A não lógica torna-se outra questão em que suplantamos o chamado raciocínio com outras vertentes de pensamento que (pudera!) tornam-se muito mais potentes do que as indústrias do processamento supramencionado em quaisquer quesitos das maiores academias do mundo. Esse mundo sincrônico onde o grande display tecnológico faz-se dominar por uma frente ampla que reage à tentativa franca e abertamente covarde de dominação, a ponto de drones estarem matando jornalistas pelo mundo afora, a contarmos de que estes são muitas vezes do mesmo país dos chamados não tripulados, mas que desejam por um saudável sacerdócio profissional mostrar a face cruenta das guerras. Basta, mostremos de fora... Quando a lógica é contrária ao desenvolvimento humano dos povos, mostremos uma não lógica, neologismos que deveremos usar, não apenas no desenvolvimento de softwares livres em plataformas independentes, mas contextualizarmos a questão de que lógica estão ensinando, a que propósito e com que intenções “puristas”.
A apropriação pura e simples do conhecimento tecnológico, ou da ferramenta da imaginática fundamentada nesse conhecimento, traz à razão um desconforme paradoxo da desigualdade latente nas sociedades emergentes em relação ao chamado “ainda” primeiro mundo, desigualdade esta não apenas no volume titânico de informações, como na capacidade de processar, filtrar, manipular e espionar muito maior por parte de países que assumiram já essa chamada contenda de informações, contenda essa que em sua grande parcela tem o pano de fundo dos interesses econômicos sobre os territórios ricos de nosso planeta.
Na verdade, a premissa motivo desse breve ensaio, é com relação aos aspectos produtivos em que – como o nosso país ainda não possui know how para a manufatura de produtos mais elaborados como displays de alta tecnologia – as mãos como elas são ressurgem com força no chamado trabalho artesanal, ou quando torna-se o trabalhador mais consciente na própria indústria convencional, de montagem, etc. Isso vai ao encontro do fazer consciente, do diálogo entre as classes produtivas e dirigentes, vai da informação reversa, que no meu entender é aquela onde se conhece como foi produzida a informação – mesmo em processo mais rudimentar – como é impressa, ou como utilizar meios de informática no objetivo de desmitificar o processo produtivo. Por isso dar-se-á paradoxalmente importância cabal ao processo artesanal dentro das sociedades, pois toma-se maior consciência dentro de chamadas economias solidárias a como compreender o processo produtivo, e a arte e o design sem fronteiras tomam a forma desejada com uma velocidade maior do que aquela já utilizada pela esteira da grande tecnologia mundial, que só faz segregar economias ainda em expansão, potencialmente mais fortes, como a do Brasil. A não lógica passa a ser quase um raciocínio, mas este demora pouco dentro de uma máquina como um processador, e necessariamente passamos a não precisar inevitavelmente dessa máquina para que possamos existir enquanto sociedades, ou passemos a uma reversão econômica onde o mínimo de insumo e meio desse teor seja o suficiente para que engrenemos outras máquinas, ou seja, azeitemos o pensamento e a consciência produtiva para que galguemos os patamares necessários – passo a passo – sempre de modo mais horizontal entre a inteligência e os da obra.
Há sempre um alerta para uma sociedade de consumo que por vezes satura-se de um viés tecnológico e se perde nos poderes que empreende coletivamente através de certos mecanismos que passam a ser mera cosmética em um processo inquestionável em todas as frentes dentro de mudanças onde somos por vezes meros espectadores – literalmente – de filmes de realidades forjadas conforme as exposições e o contexto da mídia, e de outro modo somos agentes geradores de imagens em que por vezes são realizadas dentro de um tipo de alienação do processo de como acontece essa mágica... Quando os novos meios de entretenimento sufocam a sociedade gerando dependência quase afetiva pela máquina, há que se preservar a Natureza, pois é hora de revermos mais de perto o arcabouço teórico e prático de nossas culturas. Qualquer tipo de cerca deve ser derrubada, pelo menos em seu conceito na consciência de alguns milhões de homens, mulheres e crianças... Há que se permitir outros vôos, pois a intenção não deve ser nunca registrar a imagem de uma praia para que se possa contabilizar pontos de um game turístico como aventura de andróides que por vezes quase nos tornamos!

ALGORITMO

          Principiei o dia revendo alguns papéis, tolamente espalhados por vários cômodos, gaveteiros, sala, cozinha, no armário do reservado igualmente. Na verdade, sabia que deixara alguns manuscritos de antigos registros, mas que se portavam apenas como desenhos, sem sustentação mesmo artística, apenas rabiscos, esboços... Um, em especial, me chamou a atenção: um esquema gráfico de árvore, inspirado na estrutura radicular leonardesca, que já de antemão conhecera em meus estudos das artes no mundo. Mas parecia um conhecimento que se aflorara em nossos tempos contemporâneos, uma vista aprofundada dos sistemas de armazenamento e integração de dados. Esses dados eram gerados, na questão secundária, ou seja, no que se passava por entre os interstícios visíveis da tela digital, eram como um segundo mundo, que se aprofundava em rotinas de programação visíveis apenas a quem tinha os códigos para tanto. Mas que a cada habitante havia gargalos, e certos outros funcionavam como diques, pois os elétrons funcionam como fluxo de água: movidos pela eletricidade como fonte propulsora, energia e dados combinados. Então haveria a existência de vários sistemas, exatamente nas funções e disfunções aplicadas em diversas frentes de processamento. A máquina continuava a mesma, o que destoavam eram seus números, sua quantidade, enquanto que qualitativamente haveria o progressivo apenas de respostas mais rápidas, mas a base eram as matrizes, suas variantes, seus codificadores, os loops labirínticos, a reserva da colocação nos campos de dados, as barras e seus códigos, o CPF, o CNPJ, ou seja, na miríade a proposta deste planeta era pontuar sobre o controle específico e totalizando, crendo na ótica dessas latitudes que um qualquer disposto sobre um paradigma anônimo vinha a não ser protagonista do que se chama comportamento ou condicionamento frente aos olhos da sociedade que vertia no pragmatismo dogmático todos os alicerces de seus blefes. Não no sentido lato do funcionamento da engrenagem até certo ponto totalizante da integração, mas na cosmética visual na multimídia, na antimídia e na ultramídia, ambas de conceitos convexos tanto quanto ausente de argumentação filosófica, quando presente apenas em seus arremedos de insights e em suas teorias cognitivas, de percepção de viés, um retrocesso a que vejamos as coisas da Natureza com a percepção respeitosa e coerente, no sentido de não sermos nós que a vamos recuperar, enquanto não pararmos de explorá-la nos modelos do século XIX ao XX. Nesse intervalo a velocidade suplantou curvas de frequências pontuais para amplitudes e frequências em diversos modais, nos flashies em que se tornou a sociedade contemporânea, a cada segundo o contemporâneo, em que a modernidade vira o jogo depois do pós moderno, e se torna indigesta para as culturas de raiz de povos em que teimam em ignorar. O fato é que existe algo – um quase detalhe da tragédia humana – como o gráfico descendente das reservas de petróleo. Enquanto não soubermos que qualquer país do mundo que possua reservas de monta e não possa se defender interna ou externamente, será vitimado por países que insistem como grandes insetos em tomar posse dessas reservas. Assim o fazem com o Golfo do México, no Iraque, nos sauditas, assim as causas geopolíticas da guerra com a Síria, assim geopoliticamente com a Líbia, assim igualmente o que tentam com o Irã, já vitimado anteriormente, e na América Latina, onde o exemplo óbvio vem da Venezuela com os paramilitares colombianos a insuflar contendas e agora, falo com pesar, o Brasil: nosso país, vitimado pela ganância sem conta dos negociantes do petróleo.
          Enquanto o discurso versar sobre cores vermelhas ou verdeamarelismos, enquanto a Nação Brasileira não acordar veremos sempre os mesmos lacaios montados em suas corrupções de corruptelas jurídicas, acertos antigos e sem fundamentos éticos, em nome de teorias econômicas que irão apenas enriquecer seus flatos.
          O problema, ou para alguns a “solução”, é que o conhecimento tecnológico de ponta mora nos EUA como o país mais fértil nesse campo. Porém, apenas poucos têm acesso a todo esse conhecimento, a todo esse preparo profissional, o que nos torna sectários em relação aos pobres que não possuem renda para melhores profissionais e melhores atendimentos, em qualquer área profissional. Seja na área médica, no magistério, computacional, etc.
          O que temos que ter em conta é que, sem distribuirmos melhor as nossas riquezas, o consumo de nossos produtos brasileiros são travados pela carestia: perde o povo, perdem os empresários, ou ao menos aqueles que não são sustentados pela interveniência externa, ao preço de cartelização e oligopólios em que se pretende por vezes instalar em países vulneráveis como o nosso. Disso que já sabemos que nos pretendamos a ir mais além... Obviamente a análise rigorosa de detalhes por vezes insolúveis nos torna capazes de traçar os algoritmos necessários, estes com o rigor desnecessário, pois ao trazer uma pista do sistema somos capazes de espelhar com objetos da praia, por exemplo, quando encontramos dois cacos de vidro e já estão desgastados pelas marés:o que espelha da mesma forma que a avidez pudesse, se isso fosse possível para uma sociedade que se construída mais humana, que a avidez se desgastasse pela sua própria geração, ao que sabemos que tudo o que dá a corda no tempo traça um algoritmo complexo em suas entranhas sintéticas na perpetuação da mesma avidez brutal, no papel côncavo de empreendimento bem sucedido, por vezes, mas – por outras vezes – com o patibular véu do dolo em explorar o próximo e seu país sem medidas de contenção. Esse espelhamento sereno e quase metafórico passa pelo conhecimento que podemos ter em nos mobilizarmos internamente para contemplar os nossos entornos, verificarmos que não existe vigília permanente, e que nenhum subterfúgio agregado como alguma substância nos fará ver o que se é, o que existe. Nenhuma substância psicoativa faz, nos tempos de hoje, que venhamos a conhecer a realidade que nos cerca, pois esta já é tão ilusória que algo de percepção equivocada nos leva à alienação. A uma alienação de não termos referência, de algo que supomos vivência de lutas, de um modo de agir em que não dispomos da frequência necessária que quebre a que for padrão sem incorrermos no erro de não sabermos dialogar com aqueles que possuam essa faculdade. Se estamos saindo de uma escalada mental de transtorno, que falemos com nossas palavras, que a pausa se faz crucial nessas horas, e devemos empreender nossa tolerância com relação ao preconceito de forma a conceituarmos em um ambiente de busca pela compreensão do próximo, mesmo que enfrentemos uma pressão grande, apesar de devermos saber que a melhor coisa que podemos fazer contra um ambiente de pressão é a reivindicação de nossos direitos, mesmo que nossa fala esteja dificultosa. Esse deve ser o nosso script, o roteiro que nos guie, a ponto da reivindicação terminante e principal a começar, dos nossos Direitos Humanos, já consagrados internacionalmente, mas que algumas nações, por caminhos difusos e autocráticos, tentam dissuadir do panorama dos países pobres ou em desenvolvimento. Falo do dilema da loucura como algo recorrente em países que se tornam totalitaristas, o regresso e a padronagem inescrupulosa da mesmice. Quando se pode afirmar, na lógica de uma sociedade totalitária, que falte respeito às minorias. No caso em questão, aos enfermos mentais e sua posição de fragilidade perante algumas feras de nossa fauna urbana em que nos tornamos: selváticos. É de selva o que é de selva, mas que o stress nos torna quase experimentos urbanos, infelizmente a assertiva pode ser fato.

          Sob determinadas circunstâncias, um coração tornada abeto apenas, multiplicado por centenas e centenas, nos fazem pensar do que seria um afeto tornado em um coração único de contendas externas, sem olhar para si nem para o que temos dentro dele, qual não seria, quem sabe, quiçá algo de espiritual. Pois quando se pousa uma mão no ombro de um amigo, o gesto infelizmente, o fato é esse, nem é esperado como afeto, mas feito no ombro de um suposto – que o ser se considere – inimigo, traça-se a revolução mais pungente, posto não somos nós que devemos descer de algo, mas que um gesto traga mais do que esperamos que dele nos tragamos a um bel prazer, no que seja, não seja o amor, mas que se ao menos dele desejemos, com toda a nossa ternura em querer...

terça-feira, 19 de abril de 2016

REFORMA

Da pá que se vira, ao se virar um homem, dos martelos, do cimento
Que dá o amálgama em que por vezes desaguamos em choros consentidos
Ao que parecer possa, na plêiade vã dos que não sentem, mas apenas ódio
Em que não pensam sequer onde porventura devam ou quiseram ter amado...

Em se reformar há de tudo, por vezes uma quebra, por vezes um tom de cobre
No sorriso do índio que trabalha na cidade mas não esquece de sua infância.

Assim saberemos o que de reforma há, pois do vento esquecemos os tons.

Em uma verdade reside outra voz que não nos dita, posto ser proibido
A um cidadão sequer pensar que a escuta altissonante vindo de um megafone.

Um carro passa e trepida a sua solidão pungente por não se saber acompanhado
Qual não seja pelo carro e quem estiver nele, por ele objeto, por carro, por carro.

A poesia vem de uma tristeza infinita, a lembrar um irmão que se despiu
De sua vida para se tornar sacrifício de um ano, como uma montanha abaixo.

Pois há certas gentes que abalam o mundo quando se vão, mesmo no amplexo
De algo que dizem hereditário, uma enfermidade que explique, um manicômio
Instalado no cerne de suas questões na conformidade do inconformado.

Pois a isso devemos um libelo, um arbítrio coletivamente ensejado
Em que não venhamos a não perceber quando um homem ou uma mulher sofre
Nas condições daqueles que não olham para si mesmo a descobrir certas causas.

A carestia é congênita, prima irmã do egoísmo, contra parente da injustiça
Quando nos deparamos que o real é justamente a velha máxima em que
De dentro de nossos carros não percebemos, a não ser que o usemos a serviço!

De pretender uma sociedade mais justa, é de pretensão nobre, a qualquer
Que seja consonante com a harmonia de um país construído e consolidado
No panorama da liberdade que teremos em uma escola ou saúde públicas.

E que sejam esses serviços essenciais a afirmação correta do que seremos
A mais do que divagarmos qual vai ser a roupa em que iremos às festas,
Se temos uma empresa que seja a única importância do mundo que temos.

Pois se termos são utilizados como alternativa dissonante a um bom trabalho
Veremos que a hora de reverenciarmos a nossa Presidenta é sempre agora
Pois nada do que se espera de desfecho corresponde ao patriotismo cabal.

Quiçá pouco adiante tentarmos dialogar com cabeças de fósforo usado
Pois só pensam com nenhuma luz, ou a pouca efêmera que tiveram
Em seus ensaios de trombetas pífias ao tentarem diuturnamente entregar
Um país que conseguiu na era PT ser a potência que mostra: invicto!

REITERAR O BOM SENSO É COMO ACREDITAR POR VEZES QUE ALGUMAS ROCHAS MARINHAS TENHAM QUE CEDER ÀS EMBARCAÇÕES.

NÃO É DE VIDÊNCIA QUE SE VIVE O MUNDO, MAS DE UMA AÇÃO CONCRETA DE VERMOS QUE SOMOS QUEM SOMOS PELO REFLEXO DE EXISTIRMOS NAS FRAÇÕES DAQUELE.

A DISPOSIÇÃO DE UM ELÉTRON MOSTRA QUE NEM UM ACELERADOR DE PARTÍCULAS SAIBA MAIS ÀQUILO QUE LHE FOI DESTINADO, POIS OS NOMES DOS QUANTAS FORAM SUBVENCIONADOS POR RÓTULOS, E QUEM SABE MAIS NÃO NECESSITA DE TANTO.

A PRESENÇA INEQUÍVOCA DA NATUREZA ESTÁ EM TODOS OS OBJETOS QUE CONHECEMOS, E A ELA RETORNARÃO, QUANDO AQUELA SABE QUE O HOMEM FALHA AO DISPOR DE SEUS DESEJOS POR QUERER SEMPRE E ATAVICAMENTE TRANSFORMÁ-LA.

EM UMA ÁRVORE SEUS RAMOS SÃO DISPOSTOS RELATIVAMENTE, E ESSA RELATIVIDADE É TÃO INFINITA COMO UMA CÉLULA QUE SE ABRIGA EM SEU FEIXE.

sábado, 16 de abril de 2016

A ATENÇÃO DESMESURADA

          Giorgio, quando estava dormindo, não escutara uma reunião na rua. Mas acordou com um estampido, como uma tampa plástica pesada sobre a pedra, um barulho pouco decifrável, mas de amplitude grande... Não saberia traduzir certos sons noturnos. Agora nem saberia mais dizer quando fora, ao menos que acordasse olhando o relógio, pois que olhara o seu de pulso, e marcava quatro horas. Levantou-se, meio recolhido, foi ao banheiro, fez uma micção, lavou o rosto, estava exausto sem estar mais dormindo; como eram exaustos aqueles dias de abril! Não saberia muito o que fazer, pois o sono lhe faltava, e ainda por cima bebia um café amargo de dia anterior, pois queria se quedar a estudar um pouco da Bíblia. Era sempre assim, cruzava com gentes de diversas religiões baseadas no Antigo Testamento, quando ele inquiria, pois não conhecia nada da matéria. Algo que era de seu imenso interesse era o profeta Isaías, pois diziam que sua leitura abraçava metáforas complexas. E Giorgio não poderia dizer, posto ter fracassado quando, da atratividade de seu Krsna, abria o Baghavad Gita e sentia o archote de que necessitava. Mirava os pássaros, e era no espaço exterior que minava seu acerto material, aprofundando o teor espiritual, o que tornava melhor, a que se postasse uma ficção, a que não soubessem se escrevia, ou se outros escreviam sobre quase tudo, pois gostava de sua biblioteca. Embora parágrafos de ordem anímica o assoberbassem, tais cristais que supusessem os brilhos de seu espaço na confluência de diversos vieses de ordem espiritual, os Vedas continuavam a ser o fruto maduro de todo seu conhecimento escritural, pois Krsna, independente da condição humana, é o repouso de todas as criaturas vivas, e da própria matéria, supondo suas partículas infinitesimais, que incluem Sankarsana em seu âmago. Essa era a diferença entre crer no que há e não existir no que pensamos haver, pois toda a especulação filosófica perde em suas tonalidades algo cruas de fundamentos. A totalidade da certeza filosófica depende de algo que transcenda os critérios de uma mente atormentada por revezes sem conta e sem pares, no que temos que compreender, no caso de Giorgio, em sua acepção, da fé em seu montante guardado em esteios da Verdade, assim como ela se apresenta: na tolerância e na paz, o que torna essa máxima a Verdade em si, pois prega a conciliação, ao invés de algo insano que é a luta pelo poder.
          A se passar como Giorgio, nada seria mais transparente e lúcido do que a sensatez e a serenidade quando se torna esta possível, pois há que considerar que muitos não têm condições de manter uma vida serena, e a solução dessas equações torna-se factível pela conquista social, como a melhor distribuição de renda, dotação orçamentária plausível aos interesses dos movimentos sociais e reformas dos sistemas brutais de espoliação econômica. Aqueles que possuem serenidade e tempo para uma reflexão mais profunda tem o dever de contribuir para mostrar os fatos como eles são, ou no reducionismo necessário de um olhar mais centrado em uma questão pontual, que seja, mas que leve a outras que emergem de dentro de uma sociedade em deterioração de lideranças e embrutecimento ipsum facto de suas prerrogativas humanas, quando todas as ações políticas não passam mais pelo crivo de qualquer ética, e se dispõe de chicanas para defender os interesses de ocasião e vender o país para algumas famílias ou grupos externos. Isso não significa luta pelo poder ou vontade de poder, pois apenas um panorama igualitário onde se espera que a cidadania encontre refúgio em sua própria semântica, e que não precisasse em tese dessa busca algo burocrática que se chama escalonamento. Giorgio por vezes não tinha como evadir de suas buscas do significado em viver na sociedade, pois sim, todos somos, a partir de reivindicarmos o ar que respiramos, o pão que nos sustenta, seres políticos. Não necessariamente na política enfrentada hoje, em que cada dia vamos a nocaute e nos erguemos para receber outros golpes. Aliás, todos os dias os golpes nos são dados: quando vemos a manipulação da mídia, a cada hora, quando vemos a aproximação étnica de resguardo igualmente midiática e falsa, já que não propõe mudanças nas estruturas de poder, quando vemos na figura de um infeliz ou outro suas artimanhas... A cada instante um golpe baixo, principalmente quando nos apercebemos que todos os golpistas sequer possuem um plano de governo, qual não seja entregar nossas riquezas em um tipo de chacrinha onde só ganham os ricos. Giorgio ficava atônito com isso. Mais ainda com o grau infantil dos políticos de outras nações que compactuam com o mesmo golpe maior, um atrás, o outro na frente, um fornecendo, o outro pensando, as assertivas sem assertivas, a alocução de palavras, a forma inequívoca do processo e o teor das chicanas cruas jurídicas dando alicerce a toda a farsa.
          Giorgio era um homem comum, à sua maneira. Gostava de Elisa, mas Elisa gostava, ou tinha relações com outro, de nome Carlos. Essa era a história de amor frequente na linha de qualquer atitude, uma história simples. Pois bem, Elisa estava para entrar em sua casa, e Giorgio se barbeara cortesmente para recebê-la, de uma barba de mais de década, já que – perdido – queria qualquer tipo de carinho, quem dera, a ilusão de Giorgio, o não aceito, mas qualquer alusão com algum maluco é coincidência nefasta a quem lê, pois leiam ficção, que entorta menos o tutano! Nessas paráfrases a atitude do escritor pára um pouco e divaga... Nada a ver com o diário que recebeu como notícia da BBC, de uma moça perdida em um manicômio da Inglaterra: cartas anunciadas, notícias anunciadas, pois em notebooks ou celulares, caríssimos, ninguém sabe a real de certas notícias. Vindo de quaisquer fontes, há que se ter ideia de que há atenção desmesurada nas máquinas que possuímos, e que vivam as máquinas, pois estas levam, e o grau de democracia se eleva dia a dia, apesar de estarmos engessados em antigas estruturas representativas, mas sobrelevamos o ato da publicação, e uns publicam pouco, e outros são mais férteis, um tanto mais lineares, pois o flash não nos deixa parar mais tempo e desenvolver melhor a argumentação, até que se descubra o oposto necessário do que opõe-se a um modo quase contemporâneo na sua evanescente maquilagem das imagens e dos sons. Pois que vivamos nossos tempos: se nos reduzirem o online partamos para peças maiores. Se antes escrevíamos citações, que escrevamos contos. Se a lógica é funesta para alguns, tornemo-la melhor para outros, de outra competência, através de nossos repasses informativos.
          Existe em nosso abdômen a pélvis que segura ou ajuda – composta logicamente pela musculatura – as nossas vísceras, qual máquina maravilhosa que empreende a digestão do bom alimento, este que não nos falte em empreender certos quesitos. Essas vísceras lembram o cerne de uma máquina sistêmica, uma plêiade de redes e convulsas harmonias e dissonâncias dos estamentos culturais de nossa América Latina. Parece que começamos a engolir de um alimento mais emporcalhado, um pouco piorado, digamos. Porém, paliativamente, pois ainda sabemos que nossas dispensas dispõem de um bom feijão, de um bom arroz, sabemos que muitos, mas muitos mesmo dos nossos povos possuem do alimento para que passem os metros de nossos intestinos... Em uma boa digestão. Um átimo de tempo nos divide neste final ou começo de semana, algo a se preparar sempre de uma boa refeição. O fato é nosso trabalho, a força nos nossos braços, no braço de um camponês, não o fato je suis perdu dans ma vie. Não existe esse fato. Tudo se esperava de algum modo, o que se sabe é que as vestes foram trocadas há muito, e o que antes era um corpo já não é mais, e nada do que foi oferecido de alimento não foi considerado como o sacramento, pois se o foi seja melhor a continuarmos com o fato sagrado, pois que assim reza todo o processo civilizatório deste continente, assaz messiânico. Lembrem-se do que foi Os Sertões de Euclides da Cunha. Vejam que escreveu apenas um livro e foi assassinado. Muitos sequer folhearam. Lembrem-se do corpo de Cruz e Souza, lembrem-se de Che na Bolívia, dos golpes diuturnos nesse mesmo país. Quantas cruzes no Rio Grande do Sul, quantos levantes, quantos cárceres em nossa história? Por que remontarmos qualquer história que se nos apresentam, se as bandeiras dos que pediram recentemente a intervenção no país talvez veja mais atônita ainda as novas que são insufladas por tudo que ocorre nas esferas do Legislativo e Judiciário?
          Giorgio, em suas inquietações sabia que Elisa não o amava, mas que ele amava o país, e suas Elisas, Marianas, Luízas... O processo estaria ao menos escrito com apenas um fato ocorrido, um nocaute técnico fraudado, posto peso pesado contra pena? Os contrários à admissão de que uma mulher com as mãos limpas de crime, ou dolo, ou qualquer motivo ficasse justamente na presidência de uma República que seu próprio partido deu visibilidade aos olhos mundiais, agora querem tornar de novo o símbolo Mirandesco com suas bananas na cabeça, um país chamado Brasil? Será que não haveria qualquer laivo de bom senso na mente inquieta desses jogadores, será que blefam alguns e outros levam? Tomem consciência, parlamentares, isso pensava Giorgio, votar a favor do impeachment é a atitude mais sem fundamento moral e ético que pode atravessar a superfície de todo o Brasil, que até então tem se revelado um padrão na tolerância, na paz e na decência de seu próprio povo! Resta colocarmos as coisas como elas são: quem quer o petróleo?

sexta-feira, 15 de abril de 2016

GENTE, QUEREM ACABAR COM O NOSSO PAÍS, O PAÍS MAIS LINDO DO MUNDO, CELEIRO DA ALIMENTAÇÃO MUNDIAL, ALÇADO À CATEGORIA DE COMPETENTE PRODUTOR DE PETRÓLEO EM ÁGUAS PROFUNDAS COM SEU PRÓPRIO KNOW HOW...

QUAL O VOLUME DE DINHEIRO FINANCIANDO O GOLPE NO BRASIL, QUANTOS PAÍSES ESTÃO ENVOLVIDOS, SERÃO APENAS OS ESTADUNIDENSES, OU TODOS QUE RECEIAM A CARÊNCIA DO PETRÓLEO MUNDIAL?

O QUE DIREI, OUVIR ESTRELAS? NADA, APENAS AS PALAVRAS DA IGNORÂNCIA MONOLÍTICA DAQUELES QUE SE CREEM REPRESENTADOS PELO POVO, MANIETANDO CONTRA O MESMO.

A ESPERANÇA NÃO MORRE, QUEM ESTÁ DE FRAQUE PARA COMEMORAR A FESTA DOS FASCISTAS É QUE NÃO SOUBE VIVER SEM DESTILAR ESTRANHOS E MISTERIOSOS VENENOS.

PORQUE OS GOLPISTAS SÃO TÃO ABSURDAMENTE NOCIVOS E CRUÉIS PARA COM O POVO BRASILEIRO? TALVEZ SEJA UMA PERGUNTA A SE FAZER AO COISA RUIM.

FAÇAM AMOR, NÃO FAÇAM GUERRA, ESSA É UMA MENSAGEM PARA OS YANQUES.

A GUERRA É TÃO CRUENTA QUE PODE-SE SER ALVEJADO FAZENDO AMOR.

QUEM MUITO PENSA EM GUERRA VIVE EM SEU PRÓPRIO INFERNO PARTICULAR, MESMO NO PRAZER DA OBSERVÂNCIA.

É UM ERRO PENSARMOS EM HISTÓRIAS PASSADAS, JUSTO QUE SE TORNA UM ERRO PENSARMOS EM GUERRAS.

A MARTIRIZAÇÃO DA LOUCURA É ALGO TÃO DANTESCO QUE OS LOUCOS SOFREM TÃO DURAMENTE COM O PRECONCEITO CRUENTO QUE AQUELES QUE SOBREVIVEM LÚCIDOS PASSAM A SE TORNAR ÚTEIS E SÓLIDAS LIDERANÇAS, POIS SOFRERAM EM DEMASIA...

A VIDA DE UM HOMEM E UMA MULHER TRABALHADORES, SEJA NA LIDERANÇA E/OU NA ESTIVA, CONFORTA A CONSCIÊNCIA DA SUPERIORIDADE ESPIRITUAL, POIS SE SACRIFICAM PARA OBTER O PÃO E SEU SACRAMENTO.

SAIBAM, OBREIROS, QUE QUEREM TOLHER SEUS BRAÇOS DO SUSTENTO TÃO SAGRADO COMO A HISTÓRIA RECENTE DE NOSSO PAÍS!

AQUELES QUE SE REFRESCAM NO CONFORTO DE SEUS ADIPOSOS PLANOS, NÃO SABEM O QUE É O TRABALHO DE UM HOMEM OPERÁRIO.

UM MAÇO DE BAMBU É MAIS CRIATIVO DO QUE A CABEÇA OBTUSA DA OPOSIÇÃO.

SE É DE LEI FAÇAMO-LA CUMPRIR EM TODOS OS LADOS, ANTES QUE UM AVENTUREIRO LANCE MÃO DO NOSSO PAÍS.

AS AGÊNCIAS DE INTELIGÊNCIA DECLARAM O CAOS, ANTES DO ACONTECIDO, O DOLO RESIDE NO INSUFLAR DO MESMO, COM A CUMPLICIDADE DA VIOLÊNCIA EXPLÍCITA DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO.

O CANAL DIRECIONAL

Tanto de ser que o canal desce, como um rio com seus significados
Que entortam o conhecimento de algo mais que saberíamos se não fosse
Apenas uma direção de um canal, ou a válvula de escape que se nos escapa.

Há que pensar, caros, há que se pensar como nunca, pois no fragor
Que impingem desde Maquiavel até Smith há uma lógica de sistemas
Que faria a interpretação de Eco uma salada de legumes podres...

Procede que hoje a informação é o quesito das batalhas que se travam
Nos painéis toscos de ruas onde a coação se torna apenas o resultado
De uma miríade de bancos de dados entrelaçados com a força de um gatilho!

Não se trata de comparar o poeta, este apenas relata, e não será como
Uma menina suicida no manicômio, posto crer ser salutar o embate
Em que porventura e por necessidade temos que mostrar que somos lúcidos.

A inteligência de nossos consortes de segurança e direito tem que vir independente
Das tentativas crônicas de afirmarem que nosso Brasil não se pode caminhar solo
Sem o solo que o querem arrancar com canais de programação por trás dos panos.

A questão midiática é algo que atinge milhões, mas as questões da linguística
E suas interpretações que ajudam a ofuscar todos os manifestos culturais
Reza que é no mano a mano do cotidiano com o outro lado é que procede.

O embate é duro para alguns, mas a pintura de Goya de Luciendes não acontece
Tanto no sólido trauma que tenha sido a vivência cotidiana de nossas frentes
Ao que se germina sabermos que nada cai quando um não deixou levantar arriba.

O que se processa na monolítica frente da capacidade técnica das estruturas
Que passam a dominar outras fatias do bolo das massas é a engenharia
Do dois mais dois é alavanca, e do tendão rompido que o monstro almeja!

Ao trabalho estamos todos, e o diálogo se faz necessário não no organizar de tenda,
Não no solo patibular da repetição sistêmica de histórias que não acontecem,
Mas na riqueza de sabermos exatamente qual será a luta laboral e intelectiva.

Saibamos que o poeta ri com satisfação quando sabe que não cairá a cidadania
Quando de um se percebe o olhar da bravura, e a resistência do que não era antes
Virá de meio a meio a outro a meio mais, que o meio se atrevesse na calmaria...

É a partir do nada do neo algo que se perceberá que outras frentes virão,
Com a fortaleza que anima o arco do guerreiro quando de suas letras
E de outras renitentemente luminares convergirá o panorama ético da revolução.

Portanto, de brevidade se diz que um canal que rege sua falsa regulamentação
No princípio barbaresco do status quo, que desce de seu platô para arregimentar
Não sabe que o faz com a energia eólica de algumas manivelas sem o vento bom.

Tenham a certeza de que certos alardes pisam nos mesmos solos em que pisaram
Por vezes em vão nossos ancestrais, posto que a vereda depois de dois mil
É diversa de tudo o que se pensava, já que estamos lidando com dígitos e sapatos.

Que se cesse por vezes alguma caminhada, pois os que sabem do eletrônico
Passam a não saber que o que é de Natureza não é vencido jamais, visto
Ser imantado no pressuposto de que o gesto mesmo da matéria nos dirá...

Rolam-se as brocas, os meios são outros, e as doutrinas da coação e subtração
Não sabem das nódoas traumáticas e seu dolo, quando, por incrível paradoxo,
Passarão a exercer o poder do dolo retirando uma Presidenta isenta daquele.

Esses meios enfrentarão o Poder de seus erros quando se derem conta de que
O paradigma de seus rudimentares critérios de embevecer todo um povo
Não passará da diluição cultural alienada que merece a todo o tempo a crítica.

Portanto, companheiros, se o golpe for da mesma facção que se tornou histórica
No regresso da anti história, saiba-se que a revisão de que não pode haver bis
Nos deva remeter  a que pensemos a repensar a atuação dos meios: a Natureza.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

O COMUNISMO ESPIRITUAL É A ÚNICA FRENTE - DERRADEIRA E NECESSÁRIA FRENTE - DE EMANCIPAÇÃO ESPIRITUAL EM UM MUNDO QUE VÊ OS APOCALÍPTICOS CADA VEZ MAIS INTEGRADOS!

A NATUREZA PEDE PASSAGEM... TIRAREM A PRESIDENTA DO SEU CARGO É COMO PERMITIR QUE TOMEM CONTA DA AMAZÔNIA: PARA COMEÇO DA EXPLORAÇÃO SEM FREIOS E SEM PORQUÊ.

PORTANTO, MUITO DO QUE ESTAMOS VIVENDO NESTE PAÍS É UMA GRANDE ILUSÃO, POIS ESTAMOS PROMETENDO A NÓS MESMOS UM SER COLETIVO EM QUE A GANÂNCIA SE PREPARA PARA SE TORNAR SELVAGERIA.

A VERDADE JURÍDICA, CAROS AMIGOS, É TÃO DISTANTE DA ESPIRITUAL, QUANTO UMA POÇA DE LAMA FRENTE AO OCEANO.

A VIDA DE UM HOMEM NÃO É COMPLETA SE NÃO VIU A VERDADE, OU SUAS SOMBRAS NOS ATOS DA HIPOCRISIA QUE O CERCA.

O CAMINHO DA SALVAÇÃO PASSA PELO SOFRIMENTO, PELA RENÚNCIA, POIS NESTES NOS COLOCAMOS FRENTE A FRENTE COM NÓS MESMOS, ENFRENTANDO POSSÍVEL SOLIDÃO MATERIAL, MAS NOS ENCONTRANDO PAULATINAMENTE COM DEUS, NOSSO MAIOR COMPANHEIRO.

QUEM DERA O POETA FOSSE UM DEVOTO À ALTURA DE UM MAHATMA (GRANDE ALMA)...

KRSNA DIZ A ARJUNA: AQUELE QUE ME OFERECE SEU SERVIÇO EM DEVOÇÃO, QUE SEMPRE PENSA EM MIM, QUE ESTÁ EM MIM, É UM DEVOTO MUITO QUERIDO POR MIM.

DESAPEGAR-SE DA MATÉRIA É ALGO COMO A RENÚNCIA EM QUE SE DOMINAM OS SENTIDOS, TRANSCENDENDO OS MODOS DA IGNORÂNCIA, PAIXÃO E BONDADE.

O NÉCTAR É SABER QUE KRSNA SABE DO PASSADO, DO PRESENTE E DO FUTURO, DOS UNIVERSOS QUE EXISTEM E DOS QUE AINDA NÃO SE MANIFESTARAM!

terça-feira, 12 de abril de 2016

A QUESTÃO NÃO É RICO E POBRE, MAS MIL POBRES E UM RICO.

O QUE ACONTECE É QUE A POSIÇÃO DE FORÇAS TENDEM A AGRADAR AOS INTERESSES EXTERNOS QUANDO SE IMPÕE O CAOS, POIS OS CÃES AGEM CONFORME O TREINAMENTO DE SEUS DONOS, ESTES POR VEZES MEROS AUTÔMATOS DA ESTRANGEIRICE.

O TEMOR DOS COVARDES APARECE DEPOIS NA BUSCA FRENÉTICA AOS HERÓIS QUE SOBREVIVEM DE GRANDES BATALHAS VITORIOSAS...

QUANDO NOS APERCEBERMOS DO ERRO DE NOSSO EGOÍSMO EM SACAR DO JUSTO, ESTAREMOS SAINDO DE UMA ÓRBITA EXISTENCIAL, DE UMA PENUMBRA, PARA ENTRAR EM UM LABIRINTO ESCURO...

ROTEIRO PARA UM MODO QUALQUER

          Parte-se de um pressuposto em que a paisagem seja nobre. Como é, não saberíamos, nem o diretor, nem o dramaturgo, apenas o varredor de frente ao teatro, em seu movimento quase imperceptível àqueles em que estariam presentes se o roteiro para a peça estivesse concluído. Um roteiro mesmo, talvez não fosse esse o nome, mas um Corcel Andaluz valeria, se já não existisse, mesmo em platôs românicos, onde a frase não caberia em qualquer inquisidor, se houvesse, mas o tempo era outro. Nada disso seria importante, bastaria imaginar qualquer peça, qualquer filme, qualquer ato, e no ato secular o varredor varre tudo o que encontra, com o seu balé surrealista, de outro modo, ou outro, ou aquilo que pensamos do trabalho é algo mecânico e a paisagem torna-se nobre na liberdade, em que a palavra nobre não seja filtrada com a aristocracia, pois outro dono de alguma seita conseguiu galgar essa questão, ou a paisagem torna-se um quadro de Corot, e fica sendo algo maior... Triste, de difícil acesso, de difícil argumentação, mesmo àqueles que se aferram tanto às doutrinas de suas engenharias, medrando em seus solos intelectuais o que apenas serve ao mestiere lavoro. O que se dê ao luxo é do luxo, o que se dê ao varredor passa ao largo, neste nosso incrível roteiro e modal característico. Cultura com preços. Aliás, ninguém é perfeito, a uma peça global tantas são as faxineiras que gostariam de curtir com um príncipe, pelo menos no script das novelas. Não há necessidade, já que se pode comer um hambúrguer na hamburgueria mais próxima, ao preço máximo da carne e do pão! Pois onde se come o pão acaba se comendo a carne, ou meramente tosca é a troca de palavras que, perdoem-me os irascíveis, a semântica se não crê.
          Mas não, o roteiro é de Noé, e sua arca. Um roteiro de vigamentos, de engenharia, de bíblicos ensaios, de um rico figurino, de todo um neón em tecnologia de computação gráfica onde torna-se real um pano de fundo sagrado para algo que dá lugar a outras divagações. Trabalho bonito, diga-se de passagem, apesar de algumas barbas serem mais higiênicas do que os tempos do Mar Vermelho. Há que se estudar... Quem sabe?
          Voltemos ao varredor: este continua, e o teatro está vazio, ao lado de um cinema repleto. Um hidrante calado assombra perto de uma faixa de pedestres na cercania, e um poste dá o tema dos tempos modernos, suas fibras, seus cabos e transformadores: os prédios, igualmente, as antenas, as janelas cerradas para não entrar fuligem, e a cidade quase respira, repito, tempos modernos. O varredor termina o seu trabalho naquele fim de tarde e mediana noite. Sabe de seus filhos, e todos prosseguem trabalhando. Não há mais roteiro, tudo emana de algo, e passa um velho de cinquenta anos, já cansado, já trôpego, e é o próprio roteirista que nunca escreveu além de algumas estrofes inquietas, mas que não sabe da paisagem nobre, pois esta estava em uma foto em um celular que vira em um balcão, um lugar inóspito residente de sua morada do caminhar na cidade. A sua morada é fria, são frios os habitantes, muitos urram no cinema 4D, gozam, riem, saem para os hambúrgueres e a crítica fica indelével a toda a sociedade dos países do Norte em um hemisfério em que, quem é esse velho para tecer alguma crítica? Não quer encrenca. Senta-se, abre um livro, sobre Roma e a história do Duce. Está em italiano, não sabe ler nessa língua. Pesca palavras, e estas não vêm, e passa-se o tempo: tempos modernos, quase contemporâneos. Nessa salada grega nobre se faz a salada. E vê abestalhado a notícia em um jornal em exposição que barcos chegando à Turquia sofrem disparos.
          O varredor fora embora há algum tempo, o roteiro evanesce, o teatro permanece  vazio, e o rugir das feras se ouve dentro de alguns lugares, no trânsito, nas calçadas, mas não cresce, também esvai, permanece estertorando em vozes esparsas, em que uma cidade esquizofrênica não as escuta, apenas algum roteirista que encontrasse no gesto de um pouco de palavras algum sentido de arte, outros oxigênios necessários que o fossem – ilusão – para a Humanidade...

A POESIA PODE RESIDIR COMO EM VOLPI, NO JOGO DE UM TELHADO...

NO PANORAMA DE UMA FACHADA, SEJA QUAL SEJA, HÁ UM PLANAR DE UM PLANO, OU QUEBRAS QUE CANTAM AO SOM DE CADA ARQUITETURA.

POESIA CIRCUNFLÉXICA

De um assento onde não nos sentamos ao tornar-nos peças de andaimes,
A um que gira como um inseto atento, silente em suas próprias pernas,
E outro que fustiga sua razão ao parecer atento no movimento dos ventos,
Quando não vale que saiba-se de suas direções, a não ser do tempo...

Um homem passeia, com seu andamento de Quixote não anunciado
Nos caminhos que os levam ao sempre dos mesmos, estes que sejam
Quase como uma alfombra tecida no imantado toque de um ourives!

Não que a poesia precise disto, mas que um verso poderia fazer falta
Em se faltar a que saiba que gostar de Maquiavel é como ser órfão de ternura
Quando os ensinamentos encontram ecos nos atos em seu paradigma louco.

Será de loucura maior que o poeta consiga retornar ao breve som
De uma música que entorpece uma semântica quando se percebe
Apenas mais um homem entre uma multidão, um que tem uma cor.

As cores em que a poesia encontra-se com outras razões, de per si
Quando se recai em usar de um carmim onde caberia o verde, da púrpura
Onde se outorga uma futura lei de cor fantasma onde cabe a ilusão...

E prossegue uma voz que se pronuncia nada anacrônica em seu cerne,
Mas romântica em sua forma, de forma de fazer tijolos em carne crua
Em que ressente-se o poeta ao ver que deposita sua alma na própria vida!

A voz que pronuncia o tom seleto do ritmo das palavras segue por fim
A se dizer que nunca o parafraseado destoou tão consonantemente
Quanto os sentimentos que se tornam mantos obscuros de desejos vãos.

Na voracidade de outros desejos, em que não recriamos sequer outros mitos
Sabe-se que as multidões de cores são o emblema de uma arte esquecida
Quando nos apercebemos que sob a cor cinza pode residir uma esmeralda...

Concretude que se nos revele algo, se é para termos de nós mesmos o amor
Que plange aos sinos de uma grande catedral, e que não nos ressintamos
Quando Quasímodo pintou uma linda história de um gótico renascido.

Por que não dizer algo, porque muitos temem amar, se é no pressuposto
Mesmo este em que estaremos melhor se amássemos a todos, mesmo no viés
Em que o ódio se aplaca sob o olhar terno de uma bondade nascitura!

Talvez ao trecho de um caminhar poético, vamos ver que uma estrofe erra
Por vezes em pregar uma união quando do sorriso se faz uma fera
Em que possivelmente nasçam outros hoje a ver que a história seria outra.

Mas que não se rotule um andar de um andarilho nos trilhos de um tempo
Em que o despotismo vira qualidade em um capítulo de uma novela
Ou em outra, o fundamentalismo do ódio recria monstros adormecidos.

Que se nos pega a garra de um pássaro de aço que não vemos, com as pinças,
Só vemos de relance o aproximar-se soberbo de um calota de plástico
Que se assemelha com a engrenagem ameaçadora da imitação do mesmo aço.

A que uns poderia inquirir algo, ou proferir um sinal ameno de amizade,
Ou ao menos parabenizar um louco por sua lucidez acantonada na superfície
De uma ampla esfera de água marinha e seus continentes virados pátria!

Ou deixa-se o gérmen de uma outra lucidez em eternos jogos de conflitos
Desde o raiar da infância, passando por um futuro tíbio enquanto grotesco
Nas páginas incrustradas de esperas monolíticas do que se nos espera.

Há que girar o mundo em seus cristais de outros mundos, que não deixa de ser
O mesmo em que pontuamos no game virtual e imaginário, ao menos, que seja,
A esperança de que no mínimo tenhamos a igualdade, a fraternidade e a liberdade.

E a poesia versa mais um verso em que o acento do poeta há que circunscrever
Uma miríade de fatos que não correspondem ao acentuado desejo de um povo
Que viu no resultado de seu escrutínio a gênese mesma da própria democracia.

A esse porém, de fartarem-se certos homens que ambiguamente estreitam laços
A ver com o poder de quem quer, os que mais querem abertamente querer o poder
Mesmo que para isso tenham que cooptar o que a mídia não conseguiu fazê-lo.

Os Mandamentos são muito fortes, para não se dizer que emanam de um texto
Único de ser o Velho alfarrábio que serve em seu escopo histórico e sagrado
A um povo de origens históricas, e a um povo recriado nas religiões recentes.

Tudo tem origem, tudo passa um pouco no verbo, mas ler um romance pode ser
Ainda uma pequena consagração, quando vemos que o que o status quo
Se torna aos poucos, é que leiamos apenas das linhas pretensamente consentidas...

Quiçá o que se torne necessário é que o corpo jurídico de um país continental
Saiba ler não nas entrelinhas, pois isso não é justa literatura, nem passa por lei,
Mas que leiam sabendo escrever no mínimo o mote consequente do que aprendem.

Não há pretensões delirantes nestes versos, pois estes são de pretexto cômico,
Mas a ordem de uma mente que sente não apenas o setor que lhe compete existir
Mas o mesmo de um sentimento que nutre por todo o existir com naturalidade.

O DIÁLOGO COM A NATUREZA PRESTA-SE A UM PLANO INFINITO, DENTRO DE DIMENSÕES IMPREVISÍVEIS. POR ISSO A CIÊNCIA AINDA É PRIMÁRIA, QUANDO AOS OLHOS DOS NOSSOS COLEGAS SERES EM QUE HABITAMOS: TODOS POR AQUI NESTE MUNDO.

A REFERÊNCIA DA NATUREZA MESCLADA COM COMPOSTOS HUMANOS, A BUSCA DE ENCONTRAR UMA SIMBIOSE MAIS RACIONAL DE RESÍDUOS SE TORNA CIÊNCIA, ESPELHADA EM TODA A NATUREZA E SEUS DIÁLOGOS, QUANDO VEMOS POR ENCIMA DAS PLACAS DIGITAIS.

DO ALINHAMENTO DAS FORMIGAS HÁ QUE SE TECER CONSIDERAÇÕES: UMAS, ORGANIZADAS, OUTRAS DESALINHADAS NA BUSCA, PROCURANDO CAMINHOS EM REFERÊNCIAS DE DISTRAÇÃO, E OUTRAS BEM MAIORES NO RELENTO EM SEU TRABALHO INFINITO...

sábado, 9 de abril de 2016

ME SINTO COMPANHEIRO DAS CORES DO MUNDO, DO QUE É TERRA, DO QUE É NEGRO, DO LILÁS, CARMINS, TURQUESAS, O QUE POSSA CABER EM MINHA HUMILDE PALHETA DE PINTURA.

FAZER AMOR COM DEUS É COMO REGAR UMA PLANTA COM A ÁGUA SERENA DO GANJES, O IMENSO RIO SAGRADO DA ÍNDIA.

ALGO ME MOVE PARA MEU COMPANHEIRO ETERNO, KRSNA, E A TI ROGO E OFEREÇO TODO O MEU SERVIÇO.

ACEITEM KRSNA, TANTO FAZ PARTE, POSTO DEUS, INUMERÁVEL E UNO EM TODOS OS UNIVERSOS MANIFESTOS E IMANIFESTOS.

NINGUÉM PODE SUPERÁ-LO, GOVINDA ETERNO PLENO DE CONHECIMENTO E BEM AVENTURANÇA!!!

NO MUNDO A ESPÉCIE HUMANA PODE SOFRER ABALOS, MAS AQUELES QUE NÃO LUCRAM COM A CARNE MERECERÃO MAIS CRÉDITO, POIS OS MATADOUROS NÃO SÃO HUMANOS.

O VIETNAME ENSINOU AO MUNDO QUE NEM TODO O BAMBU QUEBRA QUANDO SE VERGA ATÉ O LIMITE.

CAROS AMIGOS DO APOCALIPSE: DEEM-SE AO TEMPO, POIS NÃO ERA BUSH UM RELIGIOSO QUE CUMPRIU SEU MANDATO, RESPONSÁVEL POR ATROCIDADES E CRIMES DE GUERRA IMPLACÁVEIS, SEM FUNDAMENTO E CAUSAS PARA A OFENSIVA NO ORIENTE MÉDIO?

A MULHER NÃO SURGIU DE UMA COSTELA, POIS ISSO DEPÕE CONTRA A IGUALDADE DE GÊNERO, TÃO AMPLA E CUSTOSAMENTE ENFRENTADA EM NOSSA HISTÓRIA, EM UM DIÁLOGO INCESSANTE QUE NUNCA TERMINA, POIS O CHAUVINISMO CONGRESSUAL NÃO DEIXA.

RESTA-NOS A PLATAFORMA DA CORAGEM EM SERMOS QUEM SOMOS, QUE AQUELES QUE NÃO SÃO SIMPLESMENTE NÃO EXISTEM, AFORA SUAS IDENTIDADES DA AGRESSÃO E DO PRECONCEITO.

INFELIZMENTE, A SEMEADURA NÃO DEU BONS FRUTOS.... APENAS A MAGISTRATURA DE INTERESSES COLHEU LIMÕES AMARGOS PARA COM ELES FAZER DE UM SUMO INJUSTO, QUANDO DE TOGA PARA DERRUBAR UMA PRESIDENTA SEM DOLO.

QUE A RAZÃO INFINITA SEJA UMA VÍRGULA APENAS DA AUTORIDADE DE NOSSA MÃE NATUREZA.

PLATAFORMAS ANTIGAS

            Antigas máquinas escrevem sobre novos pergaminhos o que se é de azeitar a História... As casas respiram em seus séculos – porventura arquitetura maravilhosa – a perscrutarem seus próprios natais, na indivisibilidade de mesmos conceitos. O velho ressurge do novo, e o novo também aplaca os erros dos velhos, pois que caminhemos todos em direção precisa dentro de nossos próprios consentimentos. À vista parecemos distintos, mas a igualdade é o único pressuposto do grande ser que somos a compartir da Natureza. Pelo menos há propostas nada reducionistas que nos levam a esse prisma, a essa conotação que possa parecer absurda, mas que nos remeta um pouco desse surreal sentimento. Palavras por vezes parecem fenecer em solos inglórios, mas a questão é sabermos que outras vêm por avalanches pela experiência dos homens, suas vidas, o que foi de se sofrer, o que se acrescentou, e o que se aprendeu nos fatos e na busca da Verdade. Seria essa a função do jornalismo, igualmente? A cada um, que se reporte algo, por um noticiário em paralelo, que saibamos em nossos gestos da intelectualidade pontuar e costurar a realidade do factual nas fronteiras cabais do desenvolvimento humano, sem fronteiras, dos povos... Há que se escrever de um pouco suficiente o que se deixou de um século XX em que deitamos rastros da inconsequência do que se encontra na mesmice de um novo século: o atual! Pois muito que sejam os paradigmas dos tempos, pois não existem novas eras, já que estas se entrelaçam e talvez se possam chamar períodos os retratos históricos que se refletem nas mudanças entrelaçadas entre o passado com novas roupagens do presente e alguma previsibilidade – humana, apenas – do que vem a ser o simples e anacrônico e pretensioso conceito de futuro e suas “proféticas” induções do que ainda se porta como atual.
            As relações diplomáticas sempre foram tênues como o cristal, breves como um sopro, e sua manutenção há que se tornar mais dura – extremamente – para que possamos mudar esse cambiante da ausência de propostas concretas na relação entre as nações. Algumas linhas de pensamento ainda vivem a realidade de décadas passadas, nas suas cartilhas infantis no joguinho de acharem que estão fazendo parte de quebras de antigas estruturas, mas só fazem corroborar as atuais, botando mais ferro em suas veias. Há que se traçar no compasso, pois a literatura não necessariamente há de ser fantástica, como a pecha de sermos latino-americanos, pois que somo todas as américas, incluso as que falam francês, como o Canadá e a Guiana. Agora somos Cuba, e Cuba ampliada, posta afundada a guerra, o conflito, o atentado, e que uma ponte se una a outros continentes. Talvez por ser negro, tenhamos o maior presidente dos EUA da história recente, depois da segunda grande guerra. Vivemos um período extremamente conturbado em nosso mundo, e talvez seja a coerência de sabermos da importância em que os dois hemisférios nunca entrem em conflito, pois que não se crie uma secessão mundial... Seria uma certa pretensão, mas não dizemos mais “vosso presidente”, pois que um afeta o outro dentro do sem limites de fronteiras, pelo menos nas vias mais conscientes de telecomunicação. Pontificar cada nicho possível de entendimento se resume em que – esperando não falhar a metáfora – cada piso e seus rejuntes tem uma forma diferente, uma idiossincrasia peculiar. Cada grânulo na pintura, cada ônix, cada pedra, cada homem e sua química, cada átomo, suas moléculas, seu genoma oculto: melhor, o pé na terra: seu conhecimento e modo de expressá-lo.
            Há que se relatar a História, e reler-se a si mesmo, em paralelo, que o professor ajuda, mas o aluno tem que se esforçar, no sentido amplo, de beber de água boa, de boa fonte. Mesmo no Google há que se saber filtrar, por isso o contato imanente e necessário com bons livros que não custam muito caro e continuam sendo o melhor pacote o melhor e presente papel de que dispomos. Falam de teoria econômica na Universidade e Marx continua sendo historicamente o melhor filósofo nesse campo, como Freud o foi na Psicologia, ou seja, ambos os troncos e a raiz dessas duas grandes e seculares árvores do entendimento de nossas civilizações, assim como na Antropologia, no Teatro, no Cinema, na própria Filosofia, em suas diferentes épocas: todos são igualmente necessários para compreendermos a sociedade e a nós mesmos. Há que se travar outros contatos do que a mística que envolve a eletrônica, pois as plataformas antigas são, em regra, nada dos descartes dos objetos de uma instalação, posto nada instalados e muito menos objetos.
            Alguns conceitos da contemporaneidade já atravessam décadas e tentam derrotar quaisquer movimentos artísticos que venham a acontecer, como a própria existência da arte. Mesmo na poesia, esta nulificada pelo concretismo já enferrujado... Pois a tradução de uma sociedade realmente libertária em suas vertentes expressivas não tem que ser rotulada por questões impostas de como devamos pensar ou agir no domínio artístico, filosófico ou existencial, haja vista a atitude coerente dos últimos anos deste país em que nos encontramos com questionamentos cabais e profundos gerados mesmo a partir do ser coletivo e espelhado esse mesmo ser consciente no indivíduo, com o desenvolvimento de artes e expressões que não regridem, pois acrescentam. Partamos do ponto já dessa questão e sigamos nossas frentes, que a tomada de consciência de nossas populações já se faz presente, graças a boas lideranças e didáticas em cada setor de nossa sociedade... Isso vale para qualquer domínio que seja.
            Mais do que o embate, um aprendizado a crescer-se por vezes passa por um conhecimento duro, pois que a vida dos que compõem os sacrifícios de carestia melhora quando o aprendizado surge através das oportunidades estabelecidas por bons governos, como é o exemplo que vivemos agora no país, com alternativas que vão de encontro aos seios populares de nossas grandes ou menores nações, dentro do mesmo processo civilizatório em que a História define os atores e protagonistas que vêm para melhorar. Passa a ser necessária a ampla aceitação de debates que não brilham apenas nos auditórios, mas que um debate-diálogo a partir de dois a três já se torna um bom princípio de retomada da natureza presencial de um encontro mais plausível do que o ensaio e erro dos displays. A torto e a direito que se escreva. Escrevam, companheiros, e sempre!