sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

UMA IMAGEM DE NÓS MESMOS

            Queremos uma imagem de nós mesmos, uma imagem corpórea que não corresponde jamais a um único corpo, nesse ir e vir do self, que diz: estivemos presentes no Himalaia ou mesmo em uma savana distante... Estivemos com um cantor pop, em uma exposição de objetos ou mesmo no confortável Skype. Talvez a imagem que guardamos de nós mesmos não seja aquela em que nos piores lugares evitamos estar, já que essa prática não nos permite avançar sobre propósitos que não sejam outros do que a massagem diuturna e frenética de nosso ego. A propósito, tão fartamente aceita por profissionais da área da psicologia, que foi criada para ajudar na cura, mas que se torna igualmente ferramenta de adaptação do indivíduo, em que a inexistência de conflitos externos torna-se uma premissa básica. O uso contínuo das ferramentas que possuímos para a cura deve ser algo de uma importância cabal. Não seria inútil afirmar que possuirmos uma imagem de nós mesmos agora é possível, mas que será mais útil talvez uma ressonância magnética para que saibamos como vamos por dentro: preventivamente. Justo que a medicina tornou-se a própria imagem a que nos permitimos curar, ou decidir sobre o nosso corpo, e desse apanhado não negaremos o fato de que se a própria ilusão de fazermos de nosso corpo o que nos ditam nesse campo, alguns encontram a sua própria paz nesse rotineiro proceder. Resta sabermos que deveremos sempre estudar as possibilidades de termos o acesso mais amplo à medicina, com a relação médico-paciente resguardada no humanismo importante e assaz necessário. Se começarmos a interpretar toda a sociedade com um olhar de pretensas certezas realmente nada aprenderemos e deixaremos de ser eternos aprendizes, como saudavelmente o somos desde a infância até o fim de nossos dias, incluso os profissionais que tentam fazer da ciência material seu único meio de compreensão de sua existência e entornos. Pois que há algo mágico, algo de místico no pensar dos viventes, como a existência de um inconsciente que não pode ser descartado como disciplina mais aproximada do espírito, este que venha a ser fato incontestável, haja vista a matéria e seus recursos serem os únicos elementos não eternos, posto que em suas transformações os produtos finais possuem o atraso da poluição e do regresso. É do regresso que devemos ver a nós mesmos, em cada detalhe do que ingerimos simbólica e concretamente em nossas vidas para termos no mínimo um arremedo de consciência, e que o façamos com a ingerência necessária para mudarmos, nem que seja em um pequeno start, os nossos hábitos e costumes. Seria demais, além da conta, que o indivíduo dentro de seu escopo social não possa pensar no contrário do regresso, ou seja, em um progresso de suas ações no sentido de melhorar a vida no mundo, nem que o seja começando por achar criticamente, e com embasamento inicial não sem importância, que é muito injusto uma parcela irrisória da população do planeta usufruir de quase toda a riqueza que há neste. Essa é uma face em que alguns poucos usufruem, muito poucos, e muito é o privilégio dessa tíbia camada. Todo aquele governo que se preocupa mais com a vida daqueles que mais se esforçam em suas existências, é um governo que se aproxima realmente de um desenvolvimento de suas populações, como um todo, sendo mais justo socialmente.
            Se estamos sendo regrados pelos nossos desejos, que estes derivem para comportamentos nobres, como tal é a mão do negro que prega uma estrutura em sua obra, como tal é aquele que trabalha e leva o pão para seus familiares, vivendo em lugares por vezes hostis, e que se tornam execrados pela simples posição territorial dentro da urbe, onde os que possuem mais temem entrar, a não ser para buscar as drogas que em muitas famílias de posse material fazem parte do cotidiano de seus jovens. Esse é um olhar que devemos ter para com a sociedade, e convenhamos que um Governo que obteve empréstimos chamados de pedaladas fiscais não gera motivos legais para seu impedimento em administrar o país, justamente quando o seu povo mais carente se beneficiou dessa ação para que melhorasse ou apenas mantivesse a chama da esperança em dias melhores. Este que vos fala teve sua própria experiência em lecionar, ainda que em apenas um ano e meio, para pessoas com graus de vulnerabilidade, e creiam-me, nunca sofri qualquer – inclusive verbal – tipo de ofensa ou de violência qualquer, sempre me contagiou o espírito entusiasta dos portadores das enfermidades psíquicas, nos turnos em que me empreendi a exercer a atividade como professor de artes e informática, em que parti a ajudar essa população, graças ao Partido dos Trabalhadores e a sua ingerência tão forte nesses assuntos de teor social. Será que devemos ficar cegos diante de conquistas que realmente focam na preocupação de melhorar e incluir esses indivíduos na sociedade? Ou queiramos manter os privilégios e dividir finalmente o país entre ricos e pobres, enriquecendo cada vez mais um grupo e segregando na miséria a maioria da população trabalhadora?
            Rogo a Deus que enxerguemos melhor a realidade como ela se apresenta. Não há como engolir essa tentativa de golpe sujo, em que um bando de lacaios se apresenta como uma questão de chantagens, manobras pestilentas, orbitando em torno de falsas lideranças, uma oposição sem propostas a não ser manter a desonestidade e a antiética no Congresso Nacional, a fim de tentar derrubar uma mulher guerreira com a história muito mais sólida do que sonha a grande maioria dos quadros dos opositores, oca como uma lata enferrujada e podre, onde não podemos nem ao menos acondicionar um lixo para reciclagem. Basta, que resistamos, que façamos todo o possível para não deixarmos derrubarem a nossa estadista, pois Dilma Rousseff mostra que é uma mulher muito mais forte do que todos esses porcos chauvinistas, fantasiados com a maquiagem já derretida de um poder nefasto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário