Queremos uma imagem de nós mesmos,
uma imagem corpórea que não corresponde jamais a um único corpo, nesse ir e vir
do self, que diz: estivemos presentes
no Himalaia ou mesmo em uma savana distante... Estivemos com um cantor pop, em uma exposição de objetos ou
mesmo no confortável Skype. Talvez a
imagem que guardamos de nós mesmos não seja aquela em que nos piores lugares
evitamos estar, já que essa prática não nos permite avançar sobre propósitos
que não sejam outros do que a massagem diuturna e frenética de nosso ego. A
propósito, tão fartamente aceita por profissionais da área da psicologia, que
foi criada para ajudar na cura, mas que se torna igualmente ferramenta de
adaptação do indivíduo, em que a inexistência de conflitos externos torna-se
uma premissa básica. O uso contínuo das ferramentas que possuímos para a cura
deve ser algo de uma importância cabal. Não seria inútil afirmar que possuirmos
uma imagem de nós mesmos agora é possível, mas que será mais útil talvez uma
ressonância magnética para que saibamos como vamos por dentro: preventivamente.
Justo que a medicina tornou-se a própria imagem a que nos permitimos curar, ou
decidir sobre o nosso corpo, e desse apanhado não negaremos o fato de que se a
própria ilusão de fazermos de nosso corpo o que nos ditam nesse campo, alguns
encontram a sua própria paz nesse rotineiro proceder. Resta sabermos que
deveremos sempre estudar as possibilidades de termos o acesso mais amplo à
medicina, com a relação médico-paciente resguardada no humanismo importante e
assaz necessário. Se começarmos a interpretar toda a sociedade com um olhar de
pretensas certezas realmente nada aprenderemos e deixaremos de ser eternos
aprendizes, como saudavelmente o somos desde a infância até o fim de nossos dias,
incluso os profissionais que tentam fazer da ciência material seu único meio de compreensão de sua existência e entornos. Pois que há algo
mágico, algo de místico no pensar dos viventes, como a existência de um
inconsciente que não pode ser descartado como disciplina mais aproximada do
espírito, este que venha a ser fato incontestável, haja vista a matéria e seus
recursos serem os únicos elementos não eternos, posto que em suas
transformações os produtos finais possuem o atraso da poluição e do regresso. É
do regresso que devemos ver a nós mesmos, em cada detalhe do que ingerimos
simbólica e concretamente em nossas vidas para termos no mínimo um arremedo de
consciência, e que o façamos com a ingerência necessária para mudarmos, nem que
seja em um pequeno start, os nossos
hábitos e costumes. Seria demais, além da conta, que o indivíduo dentro de seu
escopo social não possa pensar no contrário do regresso, ou seja, em um
progresso de suas ações no sentido de melhorar a vida no mundo, nem que o seja
começando por achar criticamente, e com embasamento inicial não sem
importância, que é muito injusto uma parcela irrisória da população do planeta
usufruir de quase toda a riqueza que há neste. Essa é uma face em que alguns
poucos usufruem, muito poucos, e muito é o privilégio dessa tíbia camada. Todo
aquele governo que se preocupa mais com a vida daqueles que mais se esforçam em
suas existências, é um governo que se aproxima realmente de um desenvolvimento
de suas populações, como um todo, sendo mais justo socialmente.
Se estamos sendo regrados pelos
nossos desejos, que estes derivem para comportamentos nobres, como tal é a mão
do negro que prega uma estrutura em sua obra, como tal é aquele que trabalha e
leva o pão para seus familiares, vivendo em lugares por vezes hostis, e que se
tornam execrados pela simples posição territorial dentro da urbe, onde os que
possuem mais temem entrar, a não ser para buscar as drogas que em muitas
famílias de posse material fazem parte do cotidiano de seus jovens. Esse é um
olhar que devemos ter para com a sociedade, e convenhamos que um Governo que
obteve empréstimos chamados de pedaladas fiscais não gera motivos legais para
seu impedimento em administrar o país, justamente quando o seu povo mais
carente se beneficiou dessa ação para que melhorasse ou apenas mantivesse a
chama da esperança em dias melhores. Este que vos fala teve sua própria
experiência em lecionar, ainda que em apenas um ano e meio, para pessoas com
graus de vulnerabilidade, e creiam-me, nunca sofri qualquer – inclusive verbal
– tipo de ofensa ou de violência qualquer, sempre me contagiou o espírito
entusiasta dos portadores das enfermidades psíquicas, nos turnos em que me
empreendi a exercer a atividade como professor de artes e informática, em que
parti a ajudar essa população, graças ao Partido dos Trabalhadores e a sua
ingerência tão forte nesses assuntos de teor social. Será que devemos ficar
cegos diante de conquistas que realmente focam na preocupação de melhorar e
incluir esses indivíduos na sociedade? Ou queiramos manter os privilégios e
dividir finalmente o país entre ricos e pobres, enriquecendo cada vez mais um
grupo e segregando na miséria a maioria da população trabalhadora?
Rogo a Deus que enxerguemos melhor a
realidade como ela se apresenta. Não há como engolir essa tentativa de golpe
sujo, em que um bando de lacaios se apresenta como uma questão de chantagens,
manobras pestilentas, orbitando em torno de falsas lideranças, uma oposição sem
propostas a não ser manter a desonestidade e a antiética no Congresso Nacional,
a fim de tentar derrubar uma mulher guerreira com a história muito mais sólida
do que sonha a grande maioria dos quadros dos opositores, oca como uma lata
enferrujada e podre, onde não podemos nem ao menos acondicionar um lixo para
reciclagem. Basta, que resistamos, que façamos todo o possível para não
deixarmos derrubarem a nossa estadista, pois Dilma Rousseff mostra que é uma
mulher muito mais forte do que todos esses porcos chauvinistas, fantasiados com
a maquiagem já derretida de um poder nefasto.
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